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Bom, mas a notícia dizia assim:
"O Luís, de 14 anos, conta-me como foi ser vítima de acosso por parte de um colega. E de como foi ainda mais difícil denunciar a situação perante os responsáveis do conselho directivo ou junto dos auxiliares de educação da sua escola. Só os pais lhe valeram após terem compreendido que a vontade de ir para as aulas, todas as manhãs, começava a ser um verdadeiro pesadelo. A intervenção da família foi imprescindível para que o problema fosse resolvido e a partir de então o Luís já não teve que sofrer ataques de pânico de cada vez que passava o portão do liceu.
As atitudes dos agressores são na maioria das vezes silenciosas. Cercam os mais pequenos e mais frágeis e pedem-lhes favores ou dinheiro e caso estes não acedam às suas exigências ameaçam com pancada ou humilhações. Dentro ou à saída da escola. O Luís era diariamente vítima de um rapaz mais velho, mau aluno, repetente, o qual aproveitava os intervalos para lhe pedir todo o dinheiro que tivesse. Como o Luís apenas levava uns trocos para comprar um bolo ou a senha do almoço, ficava todos os dias sem comer e era obrigado no dia seguinte a levar mais para dar ao seu carrasco. Queria contar aos pais o que se estava a passar, mas tinha medo que esse desabafo resultasse na concretização da ameaça que pesava sobre a sua cabeça: "Se dizes alguma coisa lá em casa, e se os teus pais vêm à escola, ficas a saber que levas uma tareia na casa de banho ou quando te apanhar lá fora."
Um dia não aguentou mais e revoltou-se. Disse que não dava o dinheiro, que tinha fome e que precisava de comprar algo para comer. O outro bateu-lhe. Deu-lhe um pontapé num braço e deixou-o sem respirar. Ficou a chorar no chão e uma auxiliar levou os dois ao conselho directivo. O Luís contou o que se estava a passar desde há várias semanas e apontou o dedo ao seu agressor, explicando com desespero que já não aguentava mais tanta violência e que por isso tinha decidido reagir. O outro disse que era tudo mentira. O resultado foi que tanto o Luís como o colega foram alertados de que seriam suspensos das aulas caso situações como estas se voltassem a verificar. Uma verdadeira desilusão! Ninguém o defenderia naquele sítio detestável, onde tinha que ir diariamente para aprender... e ser agredido. Encheu-se de coragem e uns dias depois mostrou aos pais a marca no braço. Libertou todo o seu sofrimento. O pai ouviu-o, levou-o à escola, reuniu-se com os professores e procurou o seu agressor. Para o Luís, o pesadelo terminara. E para tantos outros?"
As atitudes dos agressores são na maioria das vezes silenciosas. Cercam os mais pequenos e mais frágeis e pedem-lhes favores ou dinheiro e caso estes não acedam às suas exigências ameaçam com pancada ou humilhações. Dentro ou à saída da escola. O Luís era diariamente vítima de um rapaz mais velho, mau aluno, repetente, o qual aproveitava os intervalos para lhe pedir todo o dinheiro que tivesse. Como o Luís apenas levava uns trocos para comprar um bolo ou a senha do almoço, ficava todos os dias sem comer e era obrigado no dia seguinte a levar mais para dar ao seu carrasco. Queria contar aos pais o que se estava a passar, mas tinha medo que esse desabafo resultasse na concretização da ameaça que pesava sobre a sua cabeça: "Se dizes alguma coisa lá em casa, e se os teus pais vêm à escola, ficas a saber que levas uma tareia na casa de banho ou quando te apanhar lá fora."
Um dia não aguentou mais e revoltou-se. Disse que não dava o dinheiro, que tinha fome e que precisava de comprar algo para comer. O outro bateu-lhe. Deu-lhe um pontapé num braço e deixou-o sem respirar. Ficou a chorar no chão e uma auxiliar levou os dois ao conselho directivo. O Luís contou o que se estava a passar desde há várias semanas e apontou o dedo ao seu agressor, explicando com desespero que já não aguentava mais tanta violência e que por isso tinha decidido reagir. O outro disse que era tudo mentira. O resultado foi que tanto o Luís como o colega foram alertados de que seriam suspensos das aulas caso situações como estas se voltassem a verificar. Uma verdadeira desilusão! Ninguém o defenderia naquele sítio detestável, onde tinha que ir diariamente para aprender... e ser agredido. Encheu-se de coragem e uns dias depois mostrou aos pais a marca no braço. Libertou todo o seu sofrimento. O pai ouviu-o, levou-o à escola, reuniu-se com os professores e procurou o seu agressor. Para o Luís, o pesadelo terminara. E para tantos outros?"
O meu espanto não vai tanto para o caso de violência porque esses, infelizmente, conhecêmo-los nós muito bem dentro das escolas. O meu espanto vai para aquele conselho executivo que não entendeu nada e, certamente para ficar bem visto perante todos, pais e professores, e para não ter de se maçar muito, nivelou os lados, o do agressor e o do agredido e pronto! É de bradar aos céus! Para se estar na direcção das escolas não basta ter mestrados e pós-graduações em administração escolar, nem ter muitos projectos em TIC, nem ter muitas estatísticas, gráficos e reflexões para mostrar à Inspecção! É preciso, antes de mais, saber lidar com as pessoas, conhecê-las, conhecer os processos de interacção entre os agentes, ter visão! E quando falo em ter visão, não é ter uns textos muito bem escritos sobre a visão estratégica da escola, nem da missão, nem do planeamento estratégico e esses conceitos pós-modernos que agora foram buscar às organizações das empresas e colaram à organização das escolas!
Que revolta a do Luís, depois de ter sido extorquido e violentado durante semanas, arranjar coragem para se dirigir a quem ele pensava que e a quem tem a obrigação de proteger os alunos e ser tratado da mesma forma que o agressor!
Direcções destas deveriam ser afastadas com o registo nos seus processos de não poderem voltar e ser direcções!
Podes crer que há Presidentes de Agrupamentos muito atentos a toda a problemática da indisciplina na escola.
ResponderEliminarÉ só ler a imprensa regional e as soluções vão aparecer com a ajuda da comunidade educativa que, entretanto, esteve a dormir! :-))
Abraço
Pois! É o caso do novo director da D. Dinis que vem agora para o jornal com estudos de 2003/2004 dizer que há graves problemas de indisciplina lá na escola ...
ResponderEliminarSenhores (as) professores (as)... O bullying não é novidade... Foi um comportamento tipificado e presente nas nossas escolas desde sempre. Eu tenho 28 anos e quando andava na escola havia bullying. Só que não se dava esse nome. O que pode ter mudado é a intensidade com que ele acontece e a sua frequência. Agora não é um fenómeno, é uma realidade presente nas escolas do nosso país há muito tempo.
ResponderEliminarPenso que a escola actual tem que estar nmais atenta, mas não o pode estar, pois não tem meios humanos para o fazer, nem os professores têm formação competente para lidarem com este problema. Penso que estão a atirar a batata quenta para as mãos dos professores e directires da escola sem que lhes sejam fornecidas ferramentas para lidarem com este problema.
Apesar disso sempre sento que a D. Dinis era uma escola aberta à segurança e onde os alunos se sentiam protegidos e onde tinhamos vontade de estar.
Beijinho
António Filipe Chambel