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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Este país é um ESPANTO!!!

Quem não se lembra daquele excelente programa de televisão do Jô Soares «O Planeta dos Homens» aí pelos anos 70/80! E de tantas expressões que ficaram no nosso ouvido e que ainda hoje repetimos - «perguntar não ofende, oh triqui- triqui», o «tem pai que é cego!», ou o «casa, descasa, casa, descasa», ou ainda o «cale essa boca, sua múmia paralítica!»




Hoje e aqui, lembro a expressividade e o pasmo com que o Jô Soares dizia «Isto é um ESPANTO! Um ESPANTO!

Assim estou eu, PASMADA com este nosso país que é um ESPANTO!

Eu passo a explicar e espero que não pensem mal de mim… Nos quase 48 anos que estivemos casados, eu e o meu marido tivemos contas bancárias separadas. Aliás, apesar da enorme cumplicidade que sempre existiu entre nós e com as filhas – tudo sempre foi falado e discutido à frente delas à mesa do jantar – havia uma enorme liberdade de vida, d vida social, profissional, até cultural – tudo enfim! – e foi assim que nos demos bem. Muito bem!

Ora com a sua morte algo inesperada – por tão breve ter acontecido – desconhecia por completo que deveria fazer um determinado pagamento nesse mês. Assim, deixei passar a data limite e só depois o banco me avisou da minha falta. Não chegou a uma semana a falha do pagamento que fiz assim que me informaram. Aconteceu isto no mês de abril.

Para grande espanto meu e até algum constrangimento, há umas duas ou três semanas fui para pagar, como habitualmente, as minhas compras semanais no Continente, do qual possuo o chamado e muito anunciado Cartão Universo que é um cartão de registo de descontos das compras e, ao mesmo tempo, funciona como cartão de crédito – faço as compras semanais e pago no fim de cada mês. Há anos que assim é – fui para pagar com o dito cartão, dizia eu, e a máquina diz, sem apelo nem agravo: «o seu crédito está temporariamente bloqueado. Contacte o número tal e tal…»

Assim fiz. Falei com uma senhora de um qualquer call centre a quem disse que nunca tinha falhado qualquer pagamento nem sequer alguma vez tinha alcançado o plafond do cartão. Depois de consultar o meu registo, disse-me amavelmente que não tinha nenhuma dívida com eles, mas tinha falhado um pagamento num outro organismo e até me disse o montante exato do dito.

Fiquei sobre brasas, como devem calcular e dirigi-me ao “simpático” banco onde o chamado “gestor da conta” me esclareceu que assim que há uma falha de qualquer pagamento, eles (uns queridos!)  avisam não sei que entidade nacional que, de imediato, passa a notícia a todos os bancos. Mas que não me preocupasse porque isso rapidamente se trataria. Seria uma questão de dias.

Só que, em finais de junho, o meu cartão Universo continua bloqueado. De novo me dirigi ao “simpático” banco e queixei-me alto e bom som que estava a ser tratada por eles como a maior das caloteiras do país. E perguntei se fazem o mesmo a um Berardo, ou a um Dias Loureiro, ou a um Duarte Lima! A funcionária “amavelmente” respondeu que esses senhores não eram clientes deles e, receosa de que eu me comportasse mal, passou-me ao dito “gestor de conta”. Este consultou o computador, fez uns tantos telefonemas e voltou a dizer-me que a situação se resolveria em alguns dias.  Só que me anda a falar em “alguns dias” desde abril…

Dá para entenderem a minha fúria?! Porque é que o Berardo – que esse sim, é um caloteiro de papel passado – e outros, enfim, não têm os seus cartões bloqueados?!

E eu que sempre fui cumpridora e certinha em tudo, sinto-me ... sei lá... enxovalhada - ou pior!

 Não me digam que este país não é um ESPANTO!!!!     




quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019



Faz hoje anos, muitos - 54 para ser exata - que os esbirros de Salazar assassinaram o general Humberto Delgado.

Depois de lhe roubaram a eleição para a presidência da República em 1958 da forma mais infame, mataram-no apenas porque era uma ameaça ao regime.

Mais infame foi que, depois da Revolução nada aconteceu a esses e a outros esbirros que atormentaram o povo, prenderam, julgaram e torturam tantos homens e mulheres - e nada de mal lhes aconteceu...

Que povo este...


«Que povo este! Fazem-lhe tudo, tiram-lhe tudo, negam-lhe tudo, e continua a ajoelhar-se quando passa a procissão.»  Miguel Torga


sábado, 9 de fevereiro de 2019

Ai estes nossos magistrados!


Que muitos dos juízes e dos magistrados da nossa praça têm um enorme défice de competência e de formação pessoal não é novidade para ninguém!

Têm dado provas disso às dezenas: no que toca aos políticos então têm sido de uma parcialidade discricionária assustadora e quanto ao binómio homem – mulher, isso então nem é bom pensar! Basta referirmos o hediondo caso do juiz Neto de Moura…

Muito por isso, vamos em início de fevereiro e já foram dez – DEZ – as mulheres assassinadas pelos companheiros ou ex-companheiros.

Este caso do homem do Seixal que assassinou a sogra e a filhita de dois anos é mais um e dos mais horrendos!

Mais doloroso é sabermos que a ex-companheira apresentara queixa na Polícia que, depois de ter feito a sua investigação, se pronunciou como sendo um caso muito grave e deu estatuto de vítima à mulher e à menina.  Só que,  quando o processo chega ao Ministério Público, não sei que magistrado, formado não sei em que escolas e em que família, considerou o caso pouco grave a acabou por arquivá-lo!

Os agressores que perpetram os crimes não deveriam sequer ser considerados pessoas já que carregam toda a espécie de falhas e frustrações psíquicas, comportamentais, sociais e sei lá que mais e, se se deixarem viver, são – ou deveriam ser – judicialmente punidos. Mas estes senhores magistrados não deveriam ser seriamente responsabilizados por, por inépcia ou desmazelo ou seja lá por que for, permitirem que estes crimes aconteçam?!

Vi hoje num telejornal que o MP, no ano de 2018, arquivou 21 mil queixas de violência doméstica!

Assim, bem podemos contar com muitos mais assassinatos de mulheres…




sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Sindicato? Que sindicato?

A jovem que me atendeu no balcão do pão foi a mesma que me atendeu na charcutaria. Tão mal-humorada! Não indelicada, mas de cara tão fechada (diria “com umas trombas!”, mas o respeito por ela não mo permite) um ar tão aborrecido! Entende-se – deve ser um daqueles trabalhos temporários que explodem para o ar no verão, especialmente no Algarve.

Sabemos como os jovens são explorados, violentamente explorados nos empregos e não apenas a nível da restauração ou dos supermercados, mas também os jovens engenheiros, os jovens escriturários, os jovens advogados, os jovens economistas, os jovens… Explorados de facto porque a procura é inferior à oferta, porque não há quem os defenda, mas especialmente os “nossos” empregadores são meros patrões(zecos), muito longe que estão, com raras exceções, de serem verdadeiros empresários.

Quando cheguei à caixa para pagar as compras, a joven(zinha) deitava lume pelos olhos e vociferava para a colega da caixa ao lado «adoro estas cenas! Quantas horas mais tens de dar? Das nove às sete não lhe chega…» etc. etc.

O cliente que estava atrás de mim entrou na conversa, que eram realmente muitas horas seguidas e “sempre a bombar”. Aí a joven(zinha) rebentou: «e não temos ordem de ir à casa de banho, nem de parar para beber água, só na casa de banho é que não temos câmaras de vigilância, o almoço é na cave no meio das mercadorias e a correr, não temos direito a receber horas extraordinárias,,, e interrompeu-se porque a senhora que estava a ser atendida já se tinha enganado no código do multibanco.

Quando começou a atender-me, eu apenas lhe disse: «Sindicato, minha querida, sindicato!» E ela, rápida: «Que sindicato?!»

De facto, que sindicato? Sindicatos, agora, só mesmo o das enfermeiras com aquela senhora bem escavacada que grita GREVE! GREVE! Enquanto aumenta o seu ordenadito lá no partido. Sindicatos só mesmo os dos médicos que vêm às televisões apregoar pelo SNS que, pela calada, ajudam a enterrar. Sindicatos só mesmo aquele, inefável, dos professores a gritar GREVE! GREVE! Vamos destituir o ministério como da outra vez…

E eu, tão tonta, de repente, a sentir-me no tempo em que ainda acreditava no Pai Natal e na Fenprof-pré-Mário. Eu a sentir-me orgulhosa por a minha mãe, anos 60, ser professora em colégios e ser sindicalizada… Tão parva! A falar à joven(zinha) em sindicatos…

De facto, agora, que sindicatos? Apenas os do setor público. Os do setor privado não podem, não têm força para regatearem nas televisões a queda de ministros, a queda de governos.

E os trabalhadores do privado, temporários, a recibos verdes, a prazo, se refilam e falam no sindicato, vão para a rua ou para onde os patrões(zinhos) os quiserem mandar…




quinta-feira, 5 de abril de 2018

Que nojo que eu sinto!

Que me desculpem os meus amigos que por aqui passam, mas isto hoje vai muito fora do que se instituiu chamar de «politicamente correto» - seja isso o que for.

Foi logo de manhã que li na capa do jornal: «“Atos sexuais relevantes” com criança de 10 anos dão pena suspensa». E depois, lá dentro, o título da notícia era: «Um ano de abusos sexuais de criança punido em tribunal com pena suspensa», enquanto o respetivo subtítulo, despudoradamente, dizia: «Tribunal de Braga deu como provado que explicador de xadrez praticou “atos sexuais relevantes” com aluna de dez anos.»

Que nojo senti!

Então o “senhor professor” de xadrez, de 38 anos de idade, abusou de uma menina de dez anos durante um ano inteiro e o Tribunal condenou-o por um crime de abuso sexual agravado da criança. Apesar de o “senhor professor” negar sempre os crimes – pois claro! – o acórdão deu como provado que o homem forçou a vítima a “atos sexuais de relevo” ao longo de um ano, desde junho de 2015 até perto de o arguido ser detido pela Polícia Judiciária em julho de 2016.

O tribunal deu como provado que os abusos aconteceram na casa de banho do clube onde o arguido dava explicações e na sua própria casa.

Ora depois de isso tudo, o Tribunal condena o “senhor professor” a quatro anos e meio de prisão com pena suspensa e dez mil euros de indeminização à criança.

A notícia ainda refere que “cerca de 75% dos autores de crimes de abuso sexual de menores foram condenados a penas suspensas de prisão em 2015 e 2016.” (…) “Nestes dois anos houve um total de 696 condenações, em que os juízes puniram com penas suspensas em 523 processos.”

E se alguma dessas infelizes crianças fosse filho/a de um dos senhores juízes, será que agiriam da mesma maneira?

Então, juntando a estas situações vergonhosas, as muitas outras em que os “senhores” juízes e as “senhoras” juízas perdoam os casos de violência doméstica contra as mulheres e mais aqueles casos em que aqueles supracitados “senhores” arquivam as poucas vergonhas de uma determinada área partidária como foram os casos dos submarinos e das Tecnoformas e das universidades portucalenses e do inexorável BPN com toda a “fauna” partidária que lhe está inerente e mais aquele caso em que um ex primeiro ministro esteve/está refém político dos ditos “senhores”, o que eu advogaria sinceramente e fazendo minhas as palavras do grande feitor de Abril, seria:

Esses “senhores e essas “senhoras” todos para o Campo Pequeno! Já!


(para ler mais:)




segunda-feira, 5 de março de 2018

Se rido se piango

Não, não vou comentar os resultados das eleições de ontem em Itália porque, apesar dos resultados que Berlusconi, a entrar na 4ª idade, possa ter e apesar de os italianos virem a ter um chefe de governo com idade e carinha de bebé, não sei o suficiente para o fazer.

A expressão italiana tem a ver como uma qualquer canção que me veio à lembrança porque, de facto, não sei se ria, se chore.

E porquê? É que não me sai da cabeça uma das notícias domésticas mais escandalosas dos últimos dias. Um senhor que completou uma licenciatura tarde e a más horas (e não por ter sido trabalhador-estudante) ministrada por uma qualquer universidade privada, com uma qualquer média final; um senhor sobre o qual pende uma fraude escondida pelos amigos pátrios mas descoberta pelas contas europeias; um senhor que manteve no seu governo um outro senhor que se disse licenciado por aquela mesma universidade sabendo que nem o primeiro ano tinha completado; um senhor que mentiu todo o tempo ao país e o estraçalhou enquanto governou; um senhor que sempre mostrou uma enorme falta de cultura de toda a ordem, a começar pela linguagem que utilizava e grande falta de cidadania; um senhor que não estudou, não investigou, não pesquisou, não escreveu…

… esse senhor vai dar aulas em três universidades públicas e privadas?

… esse senhor vai dar aulas no mestrado e no doutoramento de Administração Pública, devendo fazê-lo na categoria de professor convidado catedrático?

… esse senhor vai ter uma espécie de equiparação salarial à de professor catedrático, o topo da carreira no ensino universitário?

Às primeiras impressões dá vontade de dar umas enormes gargalhadas. Mas depois, quando penso na deceção dos “alunos” e na fúria dos catedráticos de carreira que tanto tiveram de estudar e de se sujeitar a constantes avaliações e concursos para lá chegarem… ah! Aí dá-me cá uma vontade de chorar que nem vos digo.

Pobre país este.





sábado, 30 de dezembro de 2017

Paradoxo

Chamo-lhe paradoxo porque não quero parecer mal educada. Mas na época de ser bom, parece que ainda custa mais saber disto:


Notícia 1

A filha do ex presidente de Angola é a primeira mulher bilionária africana (1000 milhões de dólares).

Notícia 2

A UNICEF precisa de 4 milhões de dólares para salvar as crianças angolanas subnutridas.




terça-feira, 11 de julho de 2017

Dois pesos, duas medidas...

Sei que não são muito apreciadas as minhas publicações sobre a atualidade política. Porém, este é um blog multifacetado, daqueles que pretendem transparecer o que vai acontecendo no dia a dia, naturalmente pela minha visão.

Assim, não há forma de ficar indiferente perante toda esta forma dolosa do chamado Ministério Público avaliar a realidade conforme tende para determinada fação político-partidária - a sua - ou para a oposta. 

Para ilustrar esta falta de imparcialidade, fica aqui o texto do meu facefriend Carlos Esperança que é bastante mais equilibrado do que qualquer outro que eu pudesse escrever sobre o assunto.

A Galp, os secretários de Estado e a ética republicana

«A aceitação de uma viagem pública, para ver um jogo de futebol da seleção nacional, pode ter sido uma imprudência ingénua de quem a aceitou, talvez mesmo ingenuidade política, mas não o foi certamente de quem a ofereceu.

A ética republicana é incompatível com a aceitação de almoços, e o ato dos secretários de Estado é politicamente censurável. É pena que pessoas de excecional competência técnica não tenham sensibilidade política equivalente.

Exonerados a seu pedido, é aos Tribunais que cabe decidir se há lugar a sanções penais.

Mas não deixa de me surpreender a investigação tardia de um ato público amplamente divulgado, há mais de um ano, e o conjunto de coincidências que estão a acontecer.

E surpreende-me, sobretudo, por não ter sido averiguado o suborno comprovado pelas autoridades alemãs no caso dos submarinos e a falta de desmentido do desaparecimento dos papéis, bem como o desinteresse sobre 61 mil fotocópias que Paulo Portas levou do ministério da Defesa, quando cessou funções. (Pagando-as, claro).

Surpreende ainda o contraste entre a vigilância às viagens dos ex-secretários de Estado e a indiferença sobre a viagem familiar ao Brasil, em jato privado, para uma estadia numa ilha paradisíaca, de um primeiro-ministro a convite do amigo que tinha negócios com o Estado. E, surpresa maior, o generoso anfitrião protagonizaria, a seguir, o escândalo da compra da Quinta da Falagueira, que um partido da oposição denunciou, com o referido PM a referir-se ao amigo, que lhe hospedara a família e lhe proporcionara a viagem em jato privado, por «conhecido»: “É uma difamação estar a pretender que por ser meu conhecido, isso à partida envolve uma participação que não é correta” – diria o PM Durão Barroso.

Se esta investigação é uma mudança de paradigma, seja bem-vinda. Se é coincidência temporal com a campanha orquestrada pela direita salazarenta contra o atual Governo, é um azar circunstancial. Mas se o atual PR viesse a comprar ações não cotadas em bolsa e as vendesse com mais-valias substanciais, sem a investigação que apurasse a licitude, era motivo de desconfiança.»

A Justiça também está sob escrutínio.»




quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Insultos

Os órgãos de comunicação e as redes sociais não se cansaram de divulgar ontem o insulto que uma senhora Pamela qualquer (não, não é essa das mamas grandes das Marés Vivas – é outra que deve ter os miolos ainda mais pequeninos do que os da nadadora-salvadora da série) decerto uma das tantas apoiantes de Trump, escreveu no facebook:  “Vai ser tão revigorante ter uma primeira-dama elegante, bonita, digna primeira-dama de volta à Casa Branca. Estou farta de ver um macaco de saltos altos”.

Não é preciso acrescentar mais nada, pois não?! Esta é uma pequeníssima amostra do estilo de pessoas – não vou chamar-lhes “macacos” porque isso poderia parecer um enorme insulto aos pobres símios – que apoiaram e votaram naquele homenzinho de melena oxigenada que se tornou no próximo presidente dos Estados Unidos.

A propósito, transcrevo um texto do passado dia 10 que li no blog Aspirina B e que considero muito bom para o caso de o quererem ler.

United Deplorables of America

«Os EUA escolheram ser governados por quem se gaba de fugir aos impostos, ser trapaceiro nos negócios, prejudicar minorias, reduzir as mulheres à condição de fêmeas à disposição do macho e mentir sistematicamente. Podemos concluir com algum grau de certeza que a escolha não foi feita apesar destas características mas por causa delas. A explicação, como já disse o Eduardo Lourenço, está na televisão.

Tal como num outro país numa galáxia distante onde também uma super-vedeta da televisão foi escolhida como presidente principalmente por causa do seu poder mediático, o que a levou a manter esse estatuto quase até ao período eleitoral e a ter feito uma campanha despolitizada e despolitizante de forma a usar a sua fama para levar a luta eleitoral para o terreno da popularidade, assim nos EUA uma vedeta mediática de primeira grandeza entregou-se a um exercício donde sairia sempre vencedora, especialmente se perdesse as eleições ou nem sequer fosse nomeada candidata. O que tinha a fazer era só aparecer no circo da política a fazer o que já estava fartinha de fazer no circo do show business: dar espectáculo. Um tipo de espectáculo que há décadas, séculos e milénios tem ubíqua prática, e que podemos ver perto de nós na sua industrialização máxima com as seitas religiosa de bandeira cristã. O discurso dos pregadores obedece a esquemas testados com milhões de pessoas e apenas tem de se ser adaptado a outro conteúdo caso se pretenda usar a fórmula para obter uma audiência no campo político. Foi isso que fez Trump, usando uma retórica maniqueísta e alucinada onde o ódio foi instrumental para o tipo de marketing em causa. A iliteracia e alienação cívica da plateia que se formou para assistir ao seu número alimenta-se de fantasias para consumo imediato, seja um mar que se abre para fugir aos egípcios ou um muro que se levanta para fugir dos mexicanos. Porém, ao contrário de Hitler e quejandos, em Trump não há um pingo de ideologia, antes tudo se limitando ao simulacro, oportunismo e fruição. Ou seja, tudo se oferecendo à descodificação pelos instrumentos cognitivos do seu público, um público que em vez de um político a quem responsabilizamos pelos seus actos e palavras estava mesmo interessado em continuar a ver um palhaço na TV que tem licença para brincar aos racistas, xenófobos, misóginos, tiranos e crápulas. Porque nele tudo é simples, divertido, de final feliz e com repetição garantida semana a semana.

Estas eleições serão estudadas durante anos. Há tantos pontos de vista à disposição quantas as cabeças interessadas em explicar um fenómeno verdadeiramente maravilhoso. Algo equivalente a termos visto Roma invadida pelos bárbaros. Só que aqui a barbárie nasceu da civilização, da democracia, da liberdade, do voto. Essa a maravilha das maravilhas, pois a nação de Lincoln e de Roosevelt tem todo o direito a inscrever Trump na sua História como representante de um certo tempo e de um certo modo de conceber a comunidade. Trump não é menos legítimo do que Obama. E não é mais legítimo do que quem lhe suceder, quem sabe se já daqui por 4 anos ou menos.

Correu tudo ao contrário do que os Democratas esperaram: a sua celebrada máquina no terreno foi incrivelmente insuficiente, os afro-americanos não se preocuparam em garantir o legado de Obama, os hispânicos não se assustaram com Trump, e as mulheres americanas talvez gostem de tipos com a pinta e os modos dos patos-bravos. Para além disso, a operação russa através do Wikileaks e, em especial, a golpada do FBI mostram que foi preciso reunir este mundo e o outro para derrotar Hillary.»



segunda-feira, 18 de abril de 2016

Não me conformo!

Não me conformo com o que se está a passar no Brasil, nosso país irmão. Um brutal ataque à Democracia.

Uma vergonhosa votação da Câmara dos Deputados de 367 votos a favor contra apenas 137 contra a destituição da Presidente a propósito da qual transcrevo um cometário-lamento com que concordo em absoluto.

«Brasil – A destituição de Dilma Roussef

Foi a primeira vez que vi a justiça popular, no que tem de mais irracional e execrável, a funcionar por interpostos deputados brasileiros.

O mal-estar, a que a corrupção não é alheia, nem nova, deve-se à crise do capitalismo e à queda brutal dos preços das matérias-primas, especialmente do petróleo, provocando a recessão que impediu a continuidade do ‘milagre brasileiro’ que retirou da miséria milhões de pobres.

A ansiedade e a revolta, essas, foram estimuladas e ampliadas nas ruas pelos que nunca perdoaram as medidas sociais e o êxito dos governos de Lula, pelos que detêm os meios de comunicação social, pelos que, através de ditaduras militares, fruíram privilégios que procuram recuperar.

O absurdo e imoral processo de destituição de Dilma Roussef foi conduzido por muitos deputados arguidos em processos de corrupção contra uma das raras personalidades da política brasileira que não aparece como suspeita em é alvo de qualquer investigação – a PR.

Não podendo a PR eliminar os corruptos, destituíram-na estes.

O Brasil entrou num processo estranho onde se confundem interesses pessoais, luta de classes, ódios velhos e vinganças mesquinhas, com o país a encaminhar-se rapidamente para o abismo da guerra civil e/ou da ditadura.

No descalabro de um país de ‘portugueses à solta’, vejo a alegria esfuziante de um povo a transformar-se em medo, revolta e desespero, com os velhos demónios despertos.»


Carlos Esperança, facebook, 16/4/2016




terça-feira, 22 de março de 2016

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Cuidado com o ego...



Recebi por mail esta imagem algo divertida e lembrei-me do senhor presidente que, na sua deslocação à Bulgária, deu em fazer desabafos no avião.

Primeiro que estava "mais aliviado" com a venda da TAP que fora assinada no dia anterior. E depois, confrontado pelos jornalistas com as críticas da oposição ao seu discurso do Dia de Portugal, o senhor presidente afirmou impante: «depois de ter ganho quatro eleições com mais de 50 por cento dos votos, o meu ego está satisfeito, está no máximo.»

Depois ainda disse mais uma mentirinhas do tipo: cede "zero a pressões venham elas da direita ou da esquerda do centro ou das costas" e que só fala "no superior interesse nacional." - mas isso já nada tem a ver o o seu enorme ego... Digo eu!!

sábado, 6 de junho de 2015

A "nossa" Justiça

Mais uma absolvição - por nada se ter provado - para outros elementos deste laranjal à beira-mar plantado! Mais uma vergonha por que nos fazem passar estes "nossos" juízes que, no meu modesto entender, ou não conseguem desligar-se da educação clerical e subserviente que receberam em pequeninos ou então baixaram completamente a cerviz ao poder político. O que, em qualquer das hipóteses é muito mau.

Isto vem a propósito da notícia (mais uma «bomba») de ontem. 

«João Rendeiro, antigo presidente do BPP, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital foram hoje absolvidos da acusação de burla qualificada em co-autoria. Rendeiro nem se deu ao trabalho de ir ao Campus da Justiça. Está em Miami, como confirmou o seu advogado, José Miguel Júdice.» - escrevia ontem Eduardo Pitta na sua página do facebook.

Absolvidos por um coletivo de juízes liderado por Nuno Salpico. Em comunicado, João Rendeiro fez saber que, "neste momento de satisfação", o seu pensamento "vai para os clientes do BPP" que, diz, "felizmente, em mais de 90 % dos casos já receberam a totalidade dos seus patrimónios". Além disso, afirmou ainda que o Estado "tem coberto o seu crédito de 450 milhões na massa insolvente do BPP. “. [PAGA, ZÉ!!! - digo eu!]

Grande amargo de boca nos deixam estas e outras (in)Justiça(s). Amargo de boca muito bem descrito por um sempre atento facefriend meu  e cujo texto passo a transcrever.


«O Rendeiro que faz parte dos grandes burlões do país e deixou centenas ou mais de um milhar de clientes sem nada, enquanto fazia uma vida faustosa numa vivenda de grande luxo e área coberta e de jardim na antiga quinta do Patinho, foi ilibado de qualquer crime de burla. Roubou centenas de milhões de euros e ficou livre, podendo gozar o produto do roubo nas Caraíbas ou noutro lugar paradisíaco.

O dono de uma pensão no Porto ASSASSINOU um cliente com facadas no pescoço e na cabeça seguido de profanação de cadáver levou apenas 12 anos de prisão que poderá ser reduzida para metade se tiver bom comportamento prisional.

O Godinho das sucatas que não matou nem feriu alguma pessoa, mas deu uns robalos ao Varas do PS e qualquer coisa ao filho do Peneda, tendo sido provado que uma primeira acusação de oferecer viaturas Mercedes de luxo era mentirosa, não adquiriu, não ofereceu e as viaturas referidas não saíram nunca da Mercedes, mas como estava ligado ao PS levou 17 anos de prisão, mais que o Vitor Jorge que matou sete pessoas na praia do Osso da Baleia, incluindo a sua própria mulher e a filha, tendo ficado apenas 14 anos na prisão e hoje é criado de restaurante em Nice.

Há juízes que deviam ser condenados a penas de prisão por falta de imparcialidade e equilíbrio que roça a patologia neuronal. A esquizofrenia anti-PS é tal que leva aos maiores absurdos jurídicos nas sentenças lavradas.

E não esqueçamos que enquanto uns são ilibados, outros condenados a penas menores por crimes gravíssimos, há um preso sem acusação e que não é arguido há quase sete meses, José Sócrates.»

(DD, in facebook,ontem)

(


quarta-feira, 18 de março de 2015

O PET

Não, não se trata de falarmos de animais de estimação! É mesmo daquela invenção do ministro (C)rato: o Preliminary English Test (PET) que os alunos do 9º ano vão, pelo segundo ano consecutivo, ter obrigatoriamente de realizar e que, por acaso, não tem nada a ver nem com os conteúdos programáticos do inglês do 3º ciclo nem com o estilo de testes escritos a que os alunos estão acostumados. Os resultados não contam para a nota final dos alunos e se quiserem ficar com um qualquer certificado de Cambridge para encaixilharem e exibir numa parede da sala, terão de pagar 25 euros.




Não serve para nada a não ser para trazer mais sobrecarga de trabalho para os professores, constituindo mais uma forma de os achincalhar. Os professores corretores são sujeitos a uma formação (para a qual foram dispensados das aulas, ficando os alunos prejudicados) dada pelos professores ingleses e a prova oral é realizada pelos professores ingleses. Além disso agora, de Cambridge, vêm uns livrinhos para os alunos comprarem (não sei se serão os professores a venderem-nos...) e poderem praticar, certamente nas aulas de inglês, o tipo de exercícios que vão sair no dito exame...  (uma palhaçada, digo eu!)

Numa crónica do JN muito bem escrita por Francisco Teixeira, este diz a certa altura: «Nuno Crato manda que seja uma empresa privada planetária, de marca Cambridge, a regular e certificar o ensino do Inglês na escola pública portuguesa, para o que não só lhe paga o que um contrato, sem concurso, decidiu, mas, mais ainda, para o que disponibiliza os professores do ensino público de inglês, funcionários públicos, como base operacional e científico-pedagógica do instrumento de regulação privada. Tudo isto é ficção hollywoodesca, como vê. Só num mundo de ficção excelentíssima o ensino público seria regulado e certificado por uma empresa privada que, para tal, usaria os recursos do próprio ensino público a certificar, fazendo-se pagar por essa suposta regulação e certificação.»

A propósito lembrei-me de uma anedota muito antiga, do tempo em que andava no liceu (e não tinha de fazer esta espécie de exame de Cambridge) à qual achei muita piada à época. Era assim: 

«Um promotor da Coca-cola queria à viva força que o Papa autorizasse que os padres, no fim de cada missa, dissessem “Bebam Coca-Cola!” E, com esse intento, dirigiu-se ao Vaticano e pediu uma audiência ao Papa. Foi recebido pelo secretário de Sua Santidade que o demoveu de semelhante pedido afirmando que isso nunca lhe seria permitido. Sem entender os motivos da recusa, o homem saiu do gabinete do secretário muito desgosto e, chegando cá fora, teve o seguinte desabafo: “Quanto é que o gajo da Fiat terá pago para os padres todos dizerem nas missas fiat voluntas tuas?!»

É o mesmo que eu penso: quanto é que a Cambridge terá pago ao ministério do (C)rato para fazer baixar este decreto?

E concluo: é mau de mais!!!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Encontrem as diferenças

... ou as semelhanças...






(mesmo que o nosso amigo Rogerito diga que "pô-los" aqui é dar-lhes visibilidade, mas eu não aguento... é mau de mais para calar... Até mete nojo!)



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Méfie-toi, Europe!

Em jeito de homenagem aos infelizes que tombaram ontem inocentemente às mãos de uns fundamentalistas loucos em Paris, mas também aos muitos outros que caíram sob as Torres Gémeas, aos que morreram em Atocha, Madrid, em Londres, em Boston e em outros muitos locais também vítimas de outros tantos elementos do Islão.

Não nos deixemos porém embalar pelas homenagens, pelas vigílias, pelas manifestações folclóricas,pelos simbólicos desenhos e frases pacifistas.

Há que fazer muito mais a todos os níveis da sociedade para travar os fundamentalismos e as minorias - a começar pelo retomar seriamente os verdadeiros valores da democracia, virando de vez as costas ao liberalismo puramente económico.




sábado, 6 de dezembro de 2014

Enigma...

O enigma de hoje é de fácil descoberta - as dicas são por de mais evidentes. Só não vê quem não quer ver...

... que é o caso da nossa (in)Justiça...

Ora aí vai:

VIVE NO ESTORIL...  
E a "justiça" nunca mais o encontra...

Como a memória de alguns portugueses é MUITO CURTA, só se lembra do que se passou ontem, é conveniente que leiam e divulguem! Para avivar as memórias dos mais distraídos...

VIVE no ESTORIL, NUMA DAS CASAS QUE ERA DO EMPRESÁRIO JORGE DE MELO
(na Quinta Patino) e, ao que consta, é também proprietário de mais um lote anexo (tudo em nome de sociedades offshore).

VIVE, SEM SE ESCONDER, numa mansão no Estoril, bem perto da escola de hotelaria: uma excelente piscina sempre aquecida, um jardim, casa de bonecas para a neta, ar condicionado (vindo de um pais nórdico) e um casal de caseiros, vindos da Colômbia expressamente para o cargo (muito úteis, pois não sabem uma palavra de português).
A esposa atual (durante muitos anos, uma das muitas amantes que tinha e a quem oferecia carros topo de gama) esbanja em compras para ela e amigos (botas, roupas, animais - cada coisa na ordem dos 600 euritos, simples prendinhas numa tarde de ida às compras).

Oferece jantares em restaurantes «in», caça no Alentejo com amigos, passeia às descaradas por Cascais e pelo Estoril.

Tem um bruto empreendimento em Cabo Verde, na ilha do SAL
(O Sal é aquela ilha, onde o BPN criou umas "sucursais" e um banco mais ou menos virtual, com que se faziam umas operações de lavagem de dinheiro e fugas ao fisco..).

Esteve, pois, ligado ao BPN, aquele banco que estamos a pagar. E possui uma editora à frente da qual está a excelsa Zita Seabra. Gente ilustre é outra coisa.

MAIS UMAS DICAS:

0 - Tem um processo de investigação em curso
1 - Negou coisas que o seu chefe disse
2 - Esteve muito ligado a um grande partido
3 - Sabe fazer umas cantarolas
4 - Também sabe jogar golfe
5 - Desde há uns meses nunca mais se ouviu falar dele

De quem falamos?

(...ver resposta abaixo...)

Mais umas  para refrescar as memórias:

Há trinta anos, um simples advogado "pé rapado" de Coimbra, a viver atualmente à grande e à fartazana, à custa da impunidade que grassa neste Portugal.

Alguém dá por ele na nossa imprensa?

É fácil fazer esquecer um roubo superior a mais de 5 mil milhões de euros, quando se tem amigos bens instalados.


Trata-se de um dos presentes da foto abaixo. Quem é? Quem é?




sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Portugal tem mulheres bonitas e cavalos...



Se não (ou)viram ainda, convido-vos a ver ou a rever.

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2014-11-27-Cavaco-Silva-desafia-arabes-a-visitarem-Portugal

(Faz-me lembrar aquela anedota que se contava na época em que Salazar já tinha sofrido o AVC que o afastou da governação: por vezes, levavam o velho ditador debilitado a dar uma volta de automóvel por Lisboa. Ora um dia atravessaram a ponte sobre o Tejo e disseram-lhe que aquela tinha sido uma das suas grandes obras de que se podia orgulhar; ao que ele terá respondido batendo palminhas: - Ai, tantos popós!!) 

Só que este ainda não sofreu um AVC (que se saiba...) nem está afastado da vida política.

Que vergonha!!!


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Revivescências de um dia

  1. Baptista-Bastos, o intrépido comentador da realidade do país às 4ªs feiras no DN, foi, ao fim de sete anos de belas e intensas crónicas semanais, mandado calar. «Fui posto fora» - escreveu ele hoje. «Mas não posso calar o que me parece um acto absurdo, somente justificado pelas ascensões de novos poderes. Porém, esses novos poderes são, eles próprios, transitórios pela natureza das suas mediocridades e pelo oportunismo das suas evidências.»
  2. Mas entretanto, os «juízes são os primeiros a ter aumentos no pós-troika» - porque será? Serão os trabalhadores (recuso-me a usar o neologismo laboral de “colaboradores”) mais mal pagos do país, ou haverá outra razão um pouco mais profunda?!
  3. A ministra-sinistra das Finanças e o super-competente  governador do Banco de Portugal (que hoje também reviu em baixa o crescimento da economia previsto pelo governo) depois de jurarem a pés juntos, desde Agosto, que os contribuintes não poriam um cêntimo do seu bolso no desastre do BES, vieram agora dizer que, se calhar, não poderá ser bem assim… Enganaram-se, pois então! Mas estes nem pedem desculpa.
  4. A ministra da Justiça, essa pediu desculpa, mas foi sempre dizendo que não houve caos nos tribunais. Hoje, em entrevista informal a alguns repórteres em que deu conta que os tribunais vão, aos poucos, recuperando a plataforma e tal, pediu-lhes, tão humilde (!!) «Não me façam mentir…»
  5. Quem não se enganou, nem mentiu, nem nada, foi o inefável ministro (C)rato que, na semana passada,  afirmou no Parlamento que «nenhum professor seria prejudicado» por causa do erro nas colocações, vem agora dar o dito por não dito, declarando que não prometeu aos professores a manutenção no lugar. Ele disse tão-somente «mantêm-se» e não «manter-se-ão»! «Todas as minhas afirmações na altura têm de ser lidas com atenção e interpretadas dentro do quadro legal. Os professores mantêm-se, disse. Mantêm-se até às novas listas de colocação corrigidas, que tacitamente revogam a anterior. É a lei», declarou. – o senhor ministro sabe gramática…
  6. A comissão de inquérito aprovou no Parlamento o encerramento do caso dos submarinos com os votos favoráveis da maioria PSD/CDS e com os votos contra de toda a oposição que apresentou uma declaração conjunta Relatório viciado, inquérito inacabado.” Nesse documento, PS, PCP e BE acusam o relatório de Mónica Ferro de “branqueamento”, “vontade de abafar o debate”, “selecção tendenciosa de depoimentos”, “tentativas de encobrimento” e “dúvidas graves”. Apesar de tudo isto, os senhores Durão Barroso e Paulo Portas podem continuar a dormir descansados...
  7. Frase do dia encontrada no facebook:
    «Este desgoverno é versado em cobardês, desavergonhês, e passa-culpês. Obviamente, prefiro o eduquês!!»
  8. Mais revivescências haveria a registar, mas fico-me por estas – que não são nada poucas, nem boas – não sem antes referir a última:
    Faz hoje quarenta anos que vim viver para Leiria.  E esta não comento...




domingo, 3 de agosto de 2014

A Guerra

O Padre António Vieira descreveu-a assim:  

«É a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e quanto mais come e consome, tanto menos se farta.
É a guerra aquela tempestade terrestre que leva os campos, as casas, as vilas, as cidades, os castelos, e talvez em um momento sorve os reinos e monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as calamidades, em que não há mal algum que ou não se padeça ou não se tema, nem bem que seja próprio e seguro (...)»

Que diria o grande senhor da língua portuguesa se, por uma qualquer ironia do tempo, pudesse assistir à dizimação vingativa que Israel está a levar a cabo na faixa de Gaza?


(Imagem retirada do facebook)