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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Le temps des cerises

É realmente o tempo delas. Das cerejas. E o que eu gosto de cerejas. Todos gostamos, tenho a certeza.

Cezanne pintou-as desta forma no seu estilo pós-modernista.


Cá por casa aparecem algumas em formas bem interessantes:

fálicas...




... ou em forma de coração




Todas lembram porém a canção revolucionária da Commune de Paris que deixo aqui para recordar.




sábado, 3 de março de 2018

Aos meus amigos vegan...

Pizza de frutos.


Que tal?

Fresco. Bonito... Cá por mim, prefiro um bom bife da vazia... :))

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Boca de romã perfeita


Boca de romã perfeita
Quando a abres p’ra comer,
Que feitiço é que me espreita
Quando ris só de me ver?


F. Pessoa





quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

São nêsperas, senhor!!

Nêsperas em Janeiro?! 

A nossa nespereira sente-se algo confusa com o Inverno primaveril que se tem feito sentir. E então, depois de se encher de frutos em Novembro, pensando que já está em finais de Março, está a amarelecê-los...

O milagre das rosas pode ter-se dado aqui por Leiria, poiso do nosso Rei-Poeta (que por acaso era um bom "vadio") e da sua paciente Santa Esposa. Então porque não dar-se agora o milagre das nêsperas?!






quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Hoje é que compreendi!

Era uma amiguinha de final de infância, uma aluna da minha mãe no seu primeiro ano em Sintra. Muito doce, muito bonita, muito simpática e muito simples como eram quase todas as miúdas naqueles tempos de 50. As colegas chamavam-lhe «cu de pêra» e eu não gostava, ela era tão querida! Não entendia.

E depois foi com o meu primo-irmão. Moçoilo bem apessoado, cabelo loiro e olho azul numa tez clarinha. (Mais tarde até o queriam para passar modelos numa alfaiataria fina da Baixa) Algo rechonchudo, é certo, nos calções de fazenda que levava para o Colégio lá em Sintra. Alcunha entre as miúdas: «cu de pêra»! E eu não gostava, bolas! Tratava-se do meu primo-irmão, criados juntos...

Hoje entendi! (Vale mais tarde que nunca!!) Ora vejam o que encontrei na frutaria.




quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Que me dizem?

O que me dizem de ter passado o primeiro dia de outono a tratar disto?



No fim de muito descasca, coze, esmaga, faz ponto de pérola e mistura, mistura, mistura...
deu isto.


Uma autêntica «formiga» a «arrecadar» para o Inverno...

Ui o que aquele ex ministro haveria de gostar!!!



sábado, 27 de setembro de 2014

Sabores de outono

Sabores de outono cá da casa:

A habitual tarefa da marmelada...




... e as romãs a tomarem na árvore.







quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Vindima

As cores de Outono num prato de uvas.




segunda-feira, 2 de junho de 2014

Generosidade

Inigualável a generosidade da Natureza!

Brotou lá bem no fundo do quintal no recanto de um canteiro descuidado sem que disso tivéssemos dado conta. Cresceu brava e sem atenções que não fossem as do sol e da chuva. 

No ano passado deu fruto que logo, logo colhemos sem agradecimentos. Poucos frutos e ainda sem dimensão.

Este ano voltou a cobrir-se de belos frutos amarelos e docinhos. Num destes domingos em que por acaso a chuva nos deu tréguas, fez-se a colheita.




O que valeu foi que tivemos uma ajuda preciosa.






quinta-feira, 27 de junho de 2013

Laranjas às metades



Ao meio da manhã cheguei a casa já cheia de calor e cortei uma laranja ao meio, com fazia em garota, e comi ambas as metades às dentadas. Era tão doce e tão sumarenta que cortei outra em metades e fiz o mesmo. É um comportamento infantil e pouco polido daqueles que não se têm à mesa e que só me permito quando estou sozinha ou em privado. 

Adoro laranjas desde que me conheço. Agora já não porque há quase todas as frutas durante todo o ano mas, quando era garota, era uma fruta de inverno. Quando morava em Sintra, a minha mãe era professora e administrava uma escola de beneficência para meninas que pertencia e era mantida por uma senhora muito rica que não tinha filhos e gostava muito de crianças. Era uma pessoa mesmo muito rica, daquelas que já em inícios de 60 conduzia um Porsche Carrera azul escuro, lindo, mas que também tinha um Bentley e outros carritos de serviço. Vinha à escola uma ou duas vezes por mês assistir às aulas das meninas e, embora algumas vezes viesse no seu Porsche e trouxesse vestido o seu vison ou o seu casaco de pele de leopardo, no qual as meninas mais novinhas faziam festinhas como de um gato se tratasse, nunca a vimos com ar de quem fazia a caridadezinha mas muito pelo contrário, tinha sempre um olhar de grande carinho e complacência para com os grupos de crianças – cerca de 40 em cada ano letivo – que ali aprendiam desde as primeiras letras aos bordados sem pagarem um único tostão. De facto, tudo era custeado por aquela senhora que era mesmo muito rica mas que parecia ir ali buscar o sustentáculo para a sua felicidade.


Casa onde era a escola e onde nós vivíamos

As meninas almoçavam na escola onde lhes era servida uma sopa forte e suculenta, pão e fruta e as que podiam traziam o conduto que era aquecido no enorme fogão de lenha onde todos os dias eram feitos dois grandes panelões de sopa. Servia-se também a «sopa dos pobres» a um grupo de cerca de vinte pessoas de idade sem rendimentos que diariamente levavam sopa e um pão de segunda (os mais velhos dos meus amigos sabem do que estou a falar). Uma vez por semana, o motorista da diretora da escola trazia de uma das quintas da senhora sacos de batatas, feijão, couves, cenouras, cebolas e sei lá o que mais e, também para meu regalo, sacos de laranjas grande e deliciosas para os almoços que eram servidos. Escusado será dizer que a senhora professora (a minha mãe) também tinha direito à sopa e à fruta que vinha das quintas e aí me regalava com algumas laranjas. Sabem os que sabem que o clima em Sintra é – ou era – quase londrino, frio e húmido e o casarão onde funcionava a escola e em que nós morávamos era bem gelado e sem aquecimento. Então a cozinheira, a nossa querida amiga Menina Dionísia – naquele tempo, as senhoras de meia-idade que não eram casadas ou que não tinham direito ao tratamento por «senhora dona» eram tratadas por «meninas» - que era como que da nossa família, quando chegava a mais ou menos a hora de eu e o meu primo-irmão chegarmos do colégio, punha algumas laranjas em cima do fogão a lenha a perderem o frio para as podermos comer sem estarem geladas…

Continuei toda a vida a deliciar-me com laranjas chupando-as às metades, ou às rodelas, ou em sumo, ou a sua casca cristalizada, ou em bolo, ou em doce (de laranja amarga a que os ingleses chamam de «marmelade».)

Nas muitas vezes que almocei no refeitório da “minha” escola, uma das cozinheiras que por vezes servia os pratos no self-service, pessoa de feitio difícil mas que me tratava com certa deferência, oferecia-me sobremesas doces, mousse ou pudim ou arroz doce, pedindo eu que mas trocasse por uma laranja. E ela, mulher de esquerda, por graça perguntava: “Gosta dos laranjas, Srª D. Graça?” Ao que eu respondia: “De laranjas, D. (…)! Os laranjas até os comia às dentadas…” 

É mesmo isso: Estes laranjas mereciam mesmo era serem comidos às dentadas!

domingo, 21 de outubro de 2012

Boa semana!



Ofereceram-me estas romãs. Tão bonitas e tão sadias que não resisti a expo-las aqui. E, a propósito, lembrei-me  que as romãs foram desde o princípio dos tempos um símbolo sagrado, oferenda aos deuses, o fruto da fecundidade, do prolongamento da vida, da sensualidade, dos atributos afrodisíacos, da união fraterna pela coesão dos seus grãos.

Deliciosa também esta quadra de Eugénio de Andrade, não?
 
Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor do lume.


É com todos estes sinais de otimismo que desejo a todos 

Uma boa semana!