domingo, 30 de novembro de 2014

O Maneli de Serpa



Uma rua de Serpa
Agora que o Alentejo está em alta e para começarmos a semana com um sorriso, deixo aqui esta história do Maneli de Serpa que dedico em especial à nossa amiga Janita.

«O Maneli, alentejano de gema, adormeceu na praia sob um sol escaldante e sofreu graves queimaduras nas pernas.

Foi transportado para o hospital de Beja, com a pele completamente vermelha, cheio de bolhas, e as dores eram horríveis.

Qualquer coisa que lhe tocasse na pele, era a mais completa agonia!

O médico, um alentejano de Serpa, foi ver o Maneli e prescreveu que lhe fosse administrado soro, por via intravenosa, um sedativo leve e 3 comprimidos de Viagra de 8 em 8 horas.

Antonieta, a enfermeira de serviço também ela alentejana, da Vidigueira, completamente boquiaberta perguntou:

- Oh Doutori, vomecê desculpe, mas vomecê receitou Viagra?!!!

Responde o médico:

- Si senhora, recetê Viagra e muito bêm.

A Antonieta volta a perguntar:

- Mas atão pra que serve ao Maneli o Viagra nas condições em quele tá?

Ao que o médico respondeu:

- Atão nã se tá memo a vere? É prós lençois nã tocarem nas quêmaduras das pernas !!!»


Atão passem vossemecês muito bêm!! 



sábado, 29 de novembro de 2014

Um dia de Sol!

Que bênção, depois de dias e dias de chuva, acordarmos com um dia de Sol!

Já aqui deixei dito que muitas vezes me vêm à cabeça clarões de músicas da minha juventude e foi o que aconteceu hoje de manhã: le soleil... Gilbert Becaud - inícios de 60. Linda, linda a canção!

Felizmente há YouTube ... e olhem só o que encontrei: uma passagem de um filme de 1960, de nome Plein Soleil, protagonizado pelo meu muito apreciado Alain Delon , novinho, novinho e lindo! Não sei qual o nome do filme em português nem me lembro de o ter visto. 

Mas lá estava a bela canção de Becaud... 

Querem ouvir?




A lindíssima "moçoila" que contracenava com o menino bonito do cinema francês da época era a Marie Laforet que também era cantora. 







sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Portugal tem mulheres bonitas e cavalos...



Se não (ou)viram ainda, convido-vos a ver ou a rever.

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2014-11-27-Cavaco-Silva-desafia-arabes-a-visitarem-Portugal

(Faz-me lembrar aquela anedota que se contava na época em que Salazar já tinha sofrido o AVC que o afastou da governação: por vezes, levavam o velho ditador debilitado a dar uma volta de automóvel por Lisboa. Ora um dia atravessaram a ponte sobre o Tejo e disseram-lhe que aquela tinha sido uma das suas grandes obras de que se podia orgulhar; ao que ele terá respondido batendo palminhas: - Ai, tantos popós!!) 

Só que este ainda não sofreu um AVC (que se saiba...) nem está afastado da vida política.

Que vergonha!!!


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Alentejo

Amo o Alentejo desde a primeira vez que o meu pai lá nos levou nos idos de 60. A imensa planura, o amarelo dos campos, as aldeias brancas, as cidades quentes, as pessoas de rosto fechado.Vem desse tempo o meu gosto por uma velhinha canção cantada por aquela voz portentosa de Luís Piçarra que ainda trauteio muitas vezes e que era assim:




Hoje, porém, é dia de homenagear o Alentejo e as suas gentes não com estas canções ligeiras, mas com aquela música vigorosa, dolente  e cheia que os homens cantavam na taberna, no largo da aldeia, quando se juntavam no fim do trabalho e que, muito justamente foi hoje considerada pela Unesco Património Imaterial da Humanidade.

Parabéns, Alentejo! Parabéns, povo alentejano! Parabéns, Portugal!!

Vamos ouvi-los como cantavam genuinamente.









quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Frases soltas

O Rei vai nu!!!

«Ninguém está acima da lei(Ministra da Justiça)

(Exceto o Ricardo Salgado, o Paulo Portas, o Dias Loureiro, o Oliveira e Costa, o Duarte Lima, o Arlindo entre muitos outros)

«As instituições estão a funcionar com normalidade.» (PR)  

(Pois estão, mas apenas para o lado oposto de quem proferiu esta sábia frase.)

«Os políticos não são todos iguais.» (PM) 

(Ainda bem! Olha se fossem todos como ele…)

«As declarações do antigo chefe de Estado português de absolutamente lamentáveis e são uma vergonha para o país.» (presidente do Sindicato dos Magistrados do MP)

(Todos nos habituámos já às irreverências e frases emotivas do antigo presidente da República. Ai de nós se não tivesse havido gente irreverente e emotiva, a começar por ele próprio, desde o dealbar da nossa ainda jovem democracia!)

«Se António Costa ganhar as eleições com processo Sócrates às costas é um génio.» (Marcelo Rebelo de Sousa)

(O habitual arauto da desgraça, comentadeiro da TVI dos degredos, visionária pitonisa do templo laranja lança o mote que convém e que deverá ser repetido até à exaustão por todos os jornalistas e comentadeiros do regime.)

«Aleluia, a malta de Mação não perdoa.» (deputado do PSD que é natural de Mação tal como o “super-juiz” da moda.)

(Da moda e também do regime, digo eu! )  


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Lá vamos...

... cantando e rindo
carregando o Coelho ao colo...


Que raiva!!!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Verão de São Martinho

Tudo ao contrário, tudo diferente este ano no que toca a clima...

Hoje foi um dia de verdadeiro verão de São Martinho! Sol e temperatura amena - que maravilha!! 

Que o digam os meus gatos...










Dorme.Rebola para cá. Rebola para lá!
Põe os pés à parede...

Isto sim, é que é vida!!

domingo, 23 de novembro de 2014

Árvores de Leiria

O outono foi chegando carregadinho de chuva. É que o ano "deu em chuvoso"...
Tenho saudades do friozinho seco e soalheiro que nos faz vestir as camisolas de lã e acender a lareira...
As árvores, porém, vão-se vestindo com os seus tons amarelos, castanhos, encarnados. Lindas todas!






















"Eu estou só.
O gato está só
As árvores estão sós.
Mas não o só da solidão: o só da solistência"

(João Guimarães Rosa)

sábado, 22 de novembro de 2014

Pensamento do dia

Enquanto o gato respirar, as 7 vidas não lhe foram ainda tiradas.
(retirado do mural de um facefriend)




sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Aos meus amigos homens

Aviso importante aos amigos homens que passem por aqui: 
  • Amanhã é, para muitas famílias, dia de ir às compras;
  • se as vossas mulheres vos pedirem para ir ao supermercado, por favor evitem fazer esta figura...


Bom fim de semana!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

E um dia...

Um dia acordamos e vemos que aos poucos fomos ficando mais sós. São os avós que partem e os tios mais velhos e nós, na voragem fulminante da adultez nem tempo temos – e se calhar ainda bem – para reparar no menos brilho que nos ilumina a vida.

São os pais que nos deixam – alguns ainda bem novos – e a dor torna-nos a realidade quase translúcida. Mas ainda resta um irmão mais velho, um tio, uma tia, que se vão perdendo no virar de cada uma das esquinas do tempo. Até que chega o momento em que se despede o último dos mais velhos e passamos a ser nós os mais velhos. Apagam-se-nos as últimas velas que nos guiavam e é chegado o momento de, quase opacos, servirmos de velas aos que vieram depois de nós.

Não se trata de tristeza. A dor já não nos consome. (Ai os que saltam a ordem e partem antes do tempo, do seu tempo, do nosso tempo – esses doem mais!) É tão só o sentimento de passarmos a ser nós os mais velhos.


Hoje, sem que se esperasse, serenamente partiu a mais velha da família. E é como já disse: é o sentimento de passarmos a ser nós os mais velhos.


Último grande momento em família quando, em Maio último, completou 86 anos
a mãe do meu marido.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Antes que me esqueça...

Um estudo recente da Universidade de Harvard sobre o que fazem os Reformados e Pensionistas chegou às seguintes conclusões.
                                                         
Dedicam-se basicamente a 3 coisas:

· O BANCO;
· A BOLSA;
· A INVESTIGAÇÃO;          

O BANCO em centros comerciais, parques e jardins, onde passam parte do dia.

A BOLSA das compras no supermercado que têm que carregar, e a bolsa da reciclagem para deitar fora o lixo.

A INVESTIGAÇÃO DIÁRIA: Onde raio deixei as chaves? Onde pus a carteira? Onde larguei os óculos? Como se chama este gajo? De que é que estávamos a falar?!

Malta, mando-vos um abraço mas, como não me lembro que dia é hoje, nem sei se posso desejar a todos um Bom Fim de Semana!!!






segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Vamos contar mentiras

No seu início, lá para os idos bem idos dos anos 60, a RTP transmitia semanalmente uma peça de teatro. Nunca fui grande amante de teatro, até porque nesse tempo, o teatro era muito declamado – geralmente dramas de autores russos e outros do género – o que tornava os espectáculos muito pesados e muito aborrecidos.

De vez em quando, lá davam uma boa comédia com bons atores portugueses e essas eu não perdia. Lembro-me particularmente de uma que se chamava “Vamos contar mentiras” com os meus queridos atores Henrique Santana (filho do grande Vasco Santana) e Armando Cortês em que a protagonista representada pela ainda jovem Florbela Queirós tinha o hábito de estar sempre a dizer mentiras e dizia tantas que se convencia de que eram verdades em que todos acreditavam. Uma das mentiras recorrentes era telefonar para a mãe a fazer queixas do marido e a dizer que era muito infeliz. Depois de choramingar o habitual «Ai, mãezinha, sou tão infeliz!», desligava o telefone e, ato contínuo, começava a cantar e a dançar o Perompompero…

É esta cena que sempre me vem à cabeça de cada vez que me acontece ouvir na televisão estes pantomineiros – que não atores formados no Conservatório – do “governo” e os seus acólitos a debitarem mentiras em cima de mentiras pensando que o pessoal, a quem consideram como papalvos, come todas as suas trapaças. Quando desligam os microfones, talvez não cantem o Porompompero, mas devem ficar muito contentes a pensar: «Pronto, já os enganámos outra vez!»

Lembrei-me uma vez mais da boa da comédia hoje, ao ouvir as palavras tartamudeadas pelo governador do Banco de Portugal sobre o caso BES.

E já agora, lembram-se do Perompompero? 




domingo, 16 de novembro de 2014

Dia do Mar

Para celebrar aqui o Dia Nacional do Mar, roubei umas fotos aqui, uns poemas ali e uma canção além e pronto! Já está!




(roubadas ao meu amigo António Filipe Matias)


MAR SONORO
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que suponho
Seres um milagre criado só para mim.


LUSITÂNIA
Os que avançam de frente para o mar
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus barcos
Vivem de pouco pão e de luar.

(roubados a Sophia de Mello Breyner)



(roubado à Dulce Pontes)


Se bem que goste muito mais da versão original (quem diria, não é?!)




sábado, 15 de novembro de 2014

Notícia da semana!



Encontrei no mural de um facefriend e não resisti... É que, tirando as habituais trapaças do "governo", a "galinha dos ovos de ouro" do irrevogável ministro e das detenções no caso dos vistos gold que nos põem os olhos em bico, esta foi, sem sombra de dúvidas a notícia da semana (que fica aqui para os mais distraídos...)

«Deu entrada no Ministério Público (MP) uma queixa contra António Albuquerque, marido da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. Em causa estarão alegadamente ameaças feitas a um jornalista do Diário Económico.

A queixa que deu entrada no MP, conta hoje o jornal i, diz respeito a uma troca de SMS que terá sido feita entre o ex-editor executivo daquele jornal, em que António Albuquerque reage a um artigo de opinião do jornalista e colega à data Filipe Alves.

António Albuquerque terá considerado que o jornalista em causa era “um calhau” e um “ser sem coluna”, revela o jornal i, que adianta também que, numa SMS, terá surgido a ameaça de enviar Filipe Alves para o hospital: “Metes a minha mulher ao barulho e podes ter a certeza que vais parar ao hospital”, pode ler-se.

Também o diretor do Diário Económico, António Costa, terá sido visado nas SMS: “Tu e o teu diretor [António Costa] são uns cabrões fdp", cita o jornal i de uma das SMS enviadas pelo marido da ministra.

Na sequência destes factos, o jornalista Filipe Alves terá exigido um pedido de desculpas formal ao antigo colega, tendo como resposta uma ameaça de processo, supostamente por ter descoberto a morada de António Albuquerque. Da parte do gabinete da ministra não terá havido comentários sobre o caso.

Da redação do Diário Económico terá surgido a confirmação de que António Albuquerque mudou o seu comportamento a partir de 2011, altura em que Maria Luís Albuquerque integrou o Governo, na altura como secretária de Estado do Tesouro, próxima do então ministro Vítor Gaspar.

O texto que terá suscitado as ameaças do marido da ministra foi publicado a 22 de setembro último e aborda a possível venda do Novo Banco. Ao jornal i, Albuquerque terá confirmado o teor das mensagens, acrescentando que não pedirá desculpas e que na sua vida "só [tratou] mal duas pessoas, precisamente Filipe Alves e António Costa, diretor do Diário Económico.

Recorde-se que, Albuquerque esteve também na EDP mas saiu de lá depois de a sua contratação ter sido conhecida do público.»

(in jornal Público)

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Carlos do Carmo

Ouvi hoje na rádio parte de uma entrevista dirigida pela melhor entrevistadora portuguesa da atualidade – eu diria mesmo a única – Maria Flor Pedroso ao fadista-cantor Carlos do Carmo que, como todos sabem, foi distinguido com um Lifetime Grammy, o primeiro Grammy Latino a ser atribuído a um cantor português. O prémio será entregue no próximo dia 19 em Las Vegas e o cantor falou, entre muitas outras coisas, da alegria e do orgulho em ter sido agraciado e do que vão, ele e a mulher, fazer naquela louca cidade americana. Vão, disse ele, fazer coisas loucas como, por exemplo, submeterem-se a um (re)casamento daqueles à moda de Las Vegas.

Sabemos o bom comunicador que é Carlos do Carmo como sabemos o homem de esquerda que é. Falou, feliz, de todas estas alegrias e divertimentos e da família; falou, orgulhoso, do seu contributo e de outras entidades para a elaboração da candidatura do Fado a Património da Humanidade, um trabalho sério e profundo que se prolongou por seis anos; e falou de outros assuntos ligados à situação do país.


Mas a frase que me ficou mesmo no ouvido foi a seguinte: «Que estúpida esta esquerda que temos, que se recusa a unir-se, permitindo assim que a direita vá ganhando!» E não se deteve em mais explicações. Eu também não o farei, naturalmente.


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Homens!



Nem é preciso dizer mais nada, pois não?!...

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Anedota do dia


Perguntaram à querida Maria Luís Albuquerque por que razão continua, ao fim de três anos, a martirizar a classe média no que toca ao Orçamento de Estado para o próximo ano. E, com a habitual simpatia com que a divindade a bafejou, a loira senhora respondeu sorrindo: «De facto, tem sido a classe média a mais castigada porque temos a preocupação de poupar os que têm menos possibilidades e, por outro lado, os ricos que temos são poucos para pagarem. Se tivéssemos muitos, seriam eles a pagar.»

A propósito desta verdade absoluta saída da boca da financeira senhora que ouvi no telejornal das oito, lembrei-me de uma fábula da atualidade que ouvi há poucos dias. Chama-se «O coelho cego e a víbora cega». 


«Numa manhã, um coelho cego ia a descer para a sua toca quando dá um encontrão numa grande cobra que ali estava.

- Desculpe-me - disse o coelho - não tinha a intenção de ir contra si, é que eu sou cego!

- Não há problema - responde a cobra - a culpa foi minha, não dei conta que tivesse chegado; é que eu também sou cega! Mas, pensando bem, que tipo de animal é você?

- Bem, não sei muito bem, sou cego, nunca me vi! Talvez você me consiga examinar e descobrir que tipo de bicho sou eu...

Então a cobra examinou o coelho e disse: - Bem, você é macio, tem longas e sedosas orelhas, uma cauda que parece um pompom e um pequeno nariz. Você deve ser um coelho muito bonito! 

O coelho ficou tão contente que dançou de alegria.

Então a cobra disse que também não sabia que tipo de animal ela era e o coelho concordou em tentar descobrir.

Após ter examinado a cobra, o coelho respondeu:

- Você é dura... fria... escorregadia... é viscosa... anda sorrateiramente... inspira medo... e não tem testículos, mas parece masculina... você deve ser a Maria Luís Albuquerque...!»

Cratinices

A nossa neta Elisa, que está no 2º ano e só tem aulas no turno da tarde (agrupamento de enorme dimensão que ainda não conseguiu pôr todas as turmas do 1º ciclo a funcionar em regime normal) passa as manhãs em nossa casa e cá faz os trabalhos de casa.

Eu sei que sou e sempre fui de Letras, mas capaz que fui de completar uma licenciatura daquelas de cinco anos e três pós-graduações, sempre pensei que também seria capaz de a acompanhar nos trabalhinhos de Matemática, nomeadamente a fazer umas meras contas de somar e de subtrair. Pois. Mas o certo é que tenho-me visto à nora! É que a moda (C)rato manda que, para se ensinar aquilo a que tradicionalmente se chamavam com tas com transporte, se faça um algoritmo, uma complicação do caraças que não sou capaz de entender e, pelo que se tem visto com a vergonhosa colocação de professores no presente ano, o senhor ministro, que até é doutorado em Matemática, também parece não entender. Vale-me que a garota até tem facilidade para os números e lá me vai dando umas orientações para fazer os benditos dos algoritmos… Mas será que essa complicação será de fácil entendimento para todos os miúdos?

Cratinice de muito maior monta – ou talvez não, sei lá! – é a que fazia manchete (não confundir com Machete, que esse é outro que tal) um dia destes no jornal e que dizia que  «Por cada professor que dispensarem câmaras recebem 13 600 euros»! Na sanha de fazer implodir o ministério – e o país! – o querido (C)rato, de quem a grande maioria dos meus (ex)colegas esperava que “pusesse o ensino e os alunos no lugar” e lhes “devolvesse a autoridade” (!!!), quer agora sacudir a água do capote e mandar os professores para a dependência das autarquias, que os contratará e despedirá a seu bel-prazer e que – espanto dos espantos – poderá reduzir o número deles em cada escola, o que trará mais fundos para aqueles organismos.

Que o número de assistentes operacionais, vulgo “pessoal auxiliar”, (classe já na dependência das autarquias) é por de mais exíguo e substituído por tarefeiros a quem pagam dois euros e tal à hora, num máximo de quatro horas diárias, já é mau de mais. Agora diminuírem o número de professores, só aumentando o número de alunos por turma (lembro-me que no meu 6º ano de Liceu no Maria Amália éramos 48 alunas na turma de Letras…) e aumentando o número de horas semanais dos professores, o que é bárbaro. Ou será que para obviar esse encolhimento de docentes as escolas poderão contratar “regentes” – talvez semi-graduados com aquelas meias licenciaturas que o (C)rato também inventou [o fulano é cá um inventão!!] – a quem se poderá pagar talvez três euros e tal à hora?

Sabemos há muito que o charmoso ministro das falinhas mansas e da barba de três dias quer baixar a qualidade da escola pública para poder enricar a escola privada. Sabemos que o ministro quer criar uma escola para ricos e uma escola para pobres – a sua (do “governo” em geral) mentora Merkel – fiel herdeira dos genes hitlerianos – até já disse que em Portugal há licenciados a mais. Sabemos que o (C)rato não é sério, nem pessoa de bem (como, aliás, todos os seus companheiros de “governo”). Mas perante todas estas barbaridades e outras que possam ainda vir ainda a lume, onde está a bravata dos professores que só porque os queriam avaliar – processo que estava já em curso para com os restantes funcionários do Estado – vieram para as ruas aos magotes e aos pinotes para as ruas por todo o país gritando e vociferando como se lhes estivessem a arrancar a pele? E onde anda o sr. Mário Fenpof, grande agitador das massas docentes e grande empreendedor de manifestações de milhares e milhares de professores pelas avenidas de Lisboa?


Não será tudo isto muito mais grave do que uma mera avaliação do desempenho?



domingo, 9 de novembro de 2014

A crise é no que dá...




Um cearense que foi tentar a vida nos EUA escreveu para a sua mulher, que ficou no interior do Ceará:

"Querida Maria Severina, eu não posso enviar-lhe parte do meu salário este mês porque a crise de mercado mundial tem afetado o desempenho da empresa em que trabalho, por isso estou te enviando 100 beijos.

Você é minha querida, por favor entenda."

Seu marido amoroso,

Zé Ribamar

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Sua esposa respondeu:

"Meu amado Zé, obrigada pelos 100 beijos!

Abaixo está a lista de despesas que paguei com eles:

1. Cícero, o homem que traz o leite, aceitou 2 beijos para me fornecer o leite durante um mês.
2. O homem da empresa de energia, Bráulio Raimundo, aceitou não desligar a luz por 7 beijos.
3. Nosso senhorio, Chico Pé de Mesa, vem todos os dias para levar 2 ou 3 beijos em vez do aluguel mensal.
4. O proprietário da vendinha, o Oswaldão Bengala, não aceitou somente beijos, então eu dei-lhe outras coisas também, espero que você entenda...
5. Despesas diversas: 40 beijos.

Por favor, não se preocupe comigo, eu ainda tenho um saldo positivo de 35 beijos e espero que eu possa sobreviver o mês com esse balanço.

Devo fazer a mesma programação para o próximo mês?... "

Seu doce amor,


Maria Severina


Tenham uma boa semana!

sábado, 8 de novembro de 2014

Mudjer


Nova exposição de trabalhos da nossa amiga Clotilde Fava, eterna apaixonada por África e pela mulher africana, inaugurada ontem no átrio da biblioteca José Saramago, no Politécnico de Leiria.





Houve cantares e danças africanas.





E agora algumas das obras.






E os chamados ensaios.









Ah! E são para vender...

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Elevando o ego dos homens

E se nas casas de banho públicas dos cavalheiros houvesse este tipo de decoração?
Passaria a haver filas mais longas nas deles do as que normalmente se vêem nas das senhoras....



Bom fim de semana!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Notícias e comentários

«(…) Rui Machete é apenas mais um que não sai pela porta pelo seu pé nem é defenestrado porque Passos Coelho não vê, Paulo Portas não ouve (está sempre muito longe, desesperado a tentar ouvir a chegada dos sapatos milionários de Carlos Slim nesta sua viagem ao México de "sucesso e pêras"... e esperas, acrescento eu). E Cavaco Silva não fala, penando, em fim de carreira, como uma maldição, a autoria da frase mais descortês e cruel que foi dita nos últimos 40 anos sobre um Presidente da República, no caso, Mário Soares: "Vamos ajudar o senhor Presidente a terminar com dignidade o seu mandato." Deus não dorme, dizem os crentes. Mas seja Deus, Osíris ou a Ísis de Machete, alguém está a fazer Cavaco Silva beberricar em colherezinhas o seu próprio veneno: ninguém o ajuda a terminar com dignidade o mandato; não fala, tartamudeia, mastiga em seco, engrola palavras e ideias, dá-se a fanicos, enfim, quem com ferros mata...» (Óscar de Mascarenhas, 1/11/2014)

«Desde que as aulas começaram, pelo menos 5140 professores já mudaram de escola. E a dança das cadeiras parece estar longe do fim.» (2/Nov/2014)

«Os concertos do Tony são a única coisa que me move para sair de casa!» (3/Nov/2014)

«Durão Barroso recebeu a mesma condecoração que Mandela, Walesa e Xanana. E Salazar.» (4/Nov/2014)

«Merkel diz que Portugal tem licenciados a mais.» (5/Nov/2014)

«(…) Vim falar desta frase: “Acreditar que os estudos superiores são o caminho de uma carreira de sucesso é uma ideia errada, da qual devemos continuar distantes, senão não conseguiremos convencer países como Espanha e Portugal, que têm demasiados licenciados, quanto aos benefícios do ensino profissional.” E vim falar de quem a disse: a chefe do governo alemão. E onde: às associações patronais alemãs. O quê, quem e em que circunstâncias – é disso que falo. Ora, a percentagem europeia de licenciados é de 25,3 e a da Alemanha ligeiramente inferior, 25,1. Para defender os méritos do ensino superior, Merkel diria: “Patrões alemães, temos de fazer um esforço.” Se fosse o contrário, ela diria: “Patrões alemães, já temos licenciados que cheguem.” Mas não, ela trouxe portugueses (17,6 % de licenciados) para a conversa. Só há uma explicação, ela estava a dizer aos seus: “Com essas ilusões das universidades, os cafres não andam a mandar os serralheiros de que vocês precisam.”» (Ferreira Fernandes, 5/Nov/2014)

(sublinhados meus)