Mostrar mensagens com a etiqueta Estado de alma. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Estado de alma. Mostrar todas as mensagens
quinta-feira, 23 de julho de 2020
domingo, 28 de junho de 2020
Recado aos amigos distantes
Meus companheiros amados,
não vos espero nem chamo:
porque vou para outros lados.
Mas é certo que vos amo.
Nem sempre os que estão mais perto
fazem melhor companhia.
Mesmo com sol encoberto,
todos sabem quando é dia.
Pelo vosso campo imenso,
vou cortando meus atalhos.
Por vosso amor é que penso
e me dou tantos trabalhos.
Não condeneis, por enquanto,
minha rebelde maneira.
Para libertar-me tanto,
fico vossa prisioneira.
Por mais que longe pareça,
ides na minha lembrança,
ides na minha cabeça,
Etiquetas:
Estado de alma,
Poesia,
S. Pedro de Muel
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Fingir que está tudo bem
fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido
com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas: fingir
que está tudo bem: olhas-me e só tu sabes: na rua onde
os nossos olhares se encontram é noite: as pessoas
não imaginam: são tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam: nós
olhamo-nos: fingir que está tudo bem: o sangue a ferver
sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de
medo nos lábios a sorrir: será que vou morrer?, pergunto
dentro de mim: será que vou morrer? olhas-me e só tu sabes:
ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode
dizer:
amor e morte: fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um
oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.
(José Luís Peixoto, in
‘A Criança em Ruínas’)
Etiquetas:
Autores Portugueses,
Estado de alma,
Poesia
segunda-feira, 20 de abril de 2020
Ainda sobre o tempo, agora em música
Por muito que façamos e que inventemos para fazer escoar o tempo que medeia entre o nascer e o pôr do sol, para quem é e sempre foi muito ativo e para quem está confinado em casa e sozinho há seis longas semanas - sozinho e afastado do seu mundo de todos os dias - não é fácil.
Conhece bem a situação quem está na mesma.
(E depois a vergonha, o remorso por nos sentirmos neste vazio de alma, quando sabemos que há tantos milhares de pessoas que se encontram em situações mil vezes piores... mas que se há de fazer?!
Um dia destes li um cartaz que nos exortava a não nos queixarmos da solidão e do isolamento e que nos lembrássemos que Mandela aguentou isso durante 27 anos. E senti-e envergonhada. mas...)
Nestas e noutras alturas em que ando à bulha com o tempo, lembro sempre esta maravilhosa canção tão bem interpretada pelo infeliz Otis Redding e que, com a sua toada, dá mesmo a sensação da solidão e do isolamento.
Querem ouvir?
As palavras são mais ou menos estas:
«Sentado a apanhar o sol da manhã
Estarei sentado quando o entardecer vier
A ver os barcos a chegar
E depois a vê- los partir outra vez
Estou sentado sobre a baía
A ver a maré a descer
Estou sentado sobre a baía
A passar o tempo
Deixei a minha casa na Geórgia
E dirigi-me para a Baía de S. Francisco
Porque não tinha do que viver
Parece que nada me acontecerá, por isso
Estou só sentado sobre a baía
A ver a maré a baixar
Estou sentado sobre a baía
A passar o tempo
Parece que nada vai mudar
Tudo parece ficar na mesma
Não posso fazer o que os outros me dizem
que faça
Por isso parece-me que vou ficar
Sentado sobre a baía (…)»
Etiquetas:
Estado de alma,
Música Americana,
Opinião
quarta-feira, 1 de abril de 2020
E faz frio!
Primeiro de Abril, mas não é mentira...Chove e está muito frio. Neva na Serra. É uma massa de ar da Escandinávia - dizem.
Da Guarda chegam-me imagens como estas:
Bom para se estar confinado em casa como é de lei... O pior é a melancolia que daí vem. E faz um ano que para sempre partiu o companheiro de uma vida inteira.
Da Balada de todos conhecida, retenho a última estrofe que me trai, que me conforta.
(...)
Da Guarda chegam-me imagens como estas:
Bom para se estar confinado em casa como é de lei... O pior é a melancolia que daí vem. E faz um ano que para sempre partiu o companheiro de uma vida inteira.
Da Balada de todos conhecida, retenho a última estrofe que me trai, que me conforta.
(...)
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.
Augusto Gil
Etiquetas:
Autores Portugueses,
Estado de alma,
Frio,
Terras de Portugal
quinta-feira, 26 de março de 2020
Lonely, lost and sad
Não sei porque tanto me lembro desta canção que era cantada pelos Sheiks.
Quem se lembra dos Sheiks? Dos bons anos 60 musicais. Belos tempos. Musicais.
A formação clássica do grupo contava com Carlos Mendes (voz,
guitarra baixo e depois ritmo), Fernando Chaby (guitarra solo), Edmundo Silva
(guitarra baixo) e Paulo de Carvalho (voz, bateria). Mais tarde, há de sair o Carlos Mendes e, na sua vez, entrará o Fernando Tordo. Tudo boa gente...
Ontem e hoje (e certamente amanhã) tanto me tem rondado a memória esta canção - Lonely, lost and sad - vá-se lá saber porquê...
Mas oiçam. Vão gostar.
Etiquetas:
Estado de alma,
Memories,
Música Portuguesa
quarta-feira, 28 de março de 2018
Crying Time
De facto o astral está um pouco em baixo, talvez por isso me tenha lembrado desta canção das minhas preferidas de sempre.
Sempre me deixei fascinar pelas canções de «fim do amor» - traumas de juventude...
Se puderem, relembrem e apreciem a melodia e a voz.
Etiquetas:
As Minhas Canções,
Canções de Amor,
Estado de alma,
Música Americana,
Sobre mim
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
Em modo de metáfora
Não se pergunta a quem não conseguiu aprender a ler «vês como falta faz saber ler?»
Já lhe chega sabê-lo, senti-lo. Não precisa da humilhação.
Etiquetas:
Desabafos,
Estado de alma,
Pensamentos
sábado, 10 de fevereiro de 2018
Uma bela canção de amor
Como hoje estou com muito mau feitio e porque estamos no mês
do amor e porque não quero ser azeda
para os meus amigos… trago uma bela canção de amor dos meus queridos Fab Four.
E até me atrevi a fazer uma proposta de tradução da letra –
que é tão bonita!
Espero que gostem.
Há lugares de que me lembro
toda a minha vida, embora alguns tenham mudado.
Alguns para sempre, mas não para melhor
Alguns desapareceram, outras permanecem
Com namorados e amigos de que ainda me lembro bem
Alguns já morreram, outros estão vivos
Amei-os a todos durante toda a minha vida!
Mas de todos esses namorados e amigos
Ninguém se compara contigo
E aquelas lembranças perdem o sentido quando penso nesse novo amor.
Embora não perca a afeição por aqueles que te antecederam,
sei que muitas vezes vou pensar neles,
mas, em toda a minha vida, a ti amo-te mais!
|
Etiquetas:
Estado de alma,
Música inglesa,
The Beatles
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
I'm so tired...
Uma das "minhas" canções do Álbum Branco (1968) dos "meus queridos" Quatro Fabulosos. Sempre me vem à memória de cada vez que sinto aquele imenso «Cansaço» de que fala Álvaro de Campos.
E hoje trago-a aqui porque é mesmo assim que me sinto...
«I'm so tired, I haven't slept a wink
I'm so tired, my mind is on the blink» (...)
«I'm so tired, I don't know what to do» (...)
«I can't
stop my brain
You know
it's three weeks, I'm going insane
You know
I'd give you everything I've got
for a
little peace of mind» (...)
Etiquetas:
As Minhas Canções,
Estado de alma,
Música inglesa,
The Beatles
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Hoje não há publicação!
Hoje não há publicação! Estou com muito mau feitio!
Vá-se lá saber porquê... as televisões, as respetivas notícias e os respetivos comentários andam a dar-me cabo do juízo... E mais não digo.
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Um dia não muito longe...
... nem muito perto...
Às vezes sabes sinto-me farto
por tudo isto ser sempre assim
Um dia não muito longe não muito perto
um dia muito normal um dia quotidiano
um dia não é que eu pareça lá muito hirto
entrarás no quarto e chamarás por mim
e digo-te já que tenho pena de não responder
de não sair do meu ar vagamente absorto
farei um esforço parece mas nada a fazer
hás-de dizer que pareço morto
que disparate dizias tu que houve um surto
não sabes de quê não muito perto
e eu sem nada pra te dizer
um pouco farto não muito hirto e vagamente
absorto
não muito perto desse tal surto
queres tu ver que hei-de estar morto?
Ruy Belo – ‘homem de palavra(s)’
Etiquetas:
Autores Portugueses,
Estado de alma,
Poesia
quarta-feira, 5 de abril de 2017
Desculpem-me!
Pois é! Hoje começo por pedir desculpa. Desculpa pela fúria que posso, inadvertidamente, expelir; desculpa por falar de política partidária; desculpa a quem aqui passar e for admirador incondicional dos partidos em questão.
Até certa altura a gente contém-se, mas há decisões superiores que nos fazem ferver e, como os vulcões, vamos aquecendo e acumulando gases até que chega o momento em que sai tudo: pedras, lava e labaredas!
Sabemos que os bancos, nomeadamente o BPN, têm falido devido aos empréstimos/ofertas milionários feitos a determinadas "altas" figuras, sem quaisquer garantias a não ser pertencerem a um certo grupo fechado que sentiam - e sentem, pois então! - ser os "donos disto tudo". Essas ditas figuras ficaram, da noite para o dia, riquíssimas. Para atirar com poeira para os olhos do zé povinho, abriram-se uns quaisquer inquéritos, não sem antes se assegurar que os que mandam na "Justiça" pertenciam ao dito grupo e depois, passados anos em que nada se fez senão deixar cair tudo no marasmo e no esquecimento, arquivam-se os processos por falta de provas, ou então - mais simples ainda - deixam-se prescrever.
Muito conveniente!!
Mas, atenção! É mesmo preciso pertencer-se a esse grupo fechado, o verdadeiro 'gang laranja' para que as coisas funcionem assim. Os outros, os que não têm a cor e o sumo da laranja, por oposição, são espremidos até ao tutano, enxovalhados, enlameados, presos para investigações que nunca mais dão fruto e eu sei lá o que mais.
É a isto que queremos chamar de Justiça? Não! Não me convencem. Por isso, meus caros amigos, estou furiosa e, mais do que isso, apoquentada. De facto, não temos quem nos defenda e nos trate com a retidão do fio de prumo se, alguma vez, tivermos um percalço, uma aflição na vida.
Hoje li uma frase que, breve e certeira, diz tudo: «A corrupção em Portugal não se limpa ... ARQUIVA-SE! »
Etiquetas:
Crítica,
Estado de alma,
Injustiça,
Política
segunda-feira, 13 de março de 2017
No satisfaction
Ui quantas vezes dancei e pulei ao som desta música!! Os "meus" Diamantes bem nos brindavam com esta musiquinha bem louca nos bailes e nas festas e nós pulávamos e gritávamos até o suor e o cansaço tomar conta de nós... Loucuras dos tempos de 60 ...
Mas hoje - como noutros tantos dias - I can't get no satisfaction.... e não sei porquê.
Fica a canção - que é um espanto de vida e de excitação.
Etiquetas:
Estado de alma,
Memories,
Música inglesa
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Só à noitinha
Contava-me a minha mãe que, era eu bebezinha, lá em Algés, teve uma criada (desculpe-se-me a palavra. Nesse tempo "não havia" empregadas domésticas e, muito menos, colaboradoras como agora. Além de que eu não tenho qualquer medo das palavras ...) que tinha tido um grande desgosto de amor. (Tal como a fadista que aqui trago hoje, aliás.) .
Nesse tempo - e estou a falar nos finais de 40/iniciozinhos de 50 - ouvia-se rádio a todas as horas porque não havia mais nada e a música que passava era essencialmente (para não dizer «apenas») música portuguesa e a música portuguesa era fado - a canção do regime.
Ora a dita criada, que ao que a minha mãe dizia tratava muito bem de mim, de cada vez que na rádio passava este fado «Só à noitinha», largava-se num pranto sem fim, além de que, no final da tarde, àquela hora crepuscular que mais nostalgia nos traz, retirava-se para o seu quarto para chorar.
(Assim quase estou eu, mesmo sem o tal desgosto de amor... (muito dada a episódios depressivos, enfim!!)
Vale a pena ouvir este fado de 1945 quanto mais não seja para apreciar a voz ainda tão límpida de Amália Rodrigues.
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Coisas feias!
Hoje só me apetece dizer coisas feias.
Verbalizar pensamentos negros: «eu nunca fiz nada que batesse certo!»
Dizer coisas feias!
Mas aqui não dá. Sou uma senhora...
Tenho uma amiga e ex-colega, menina de boas famílias e de boa educação que, quando lhe apetecia dizer "coisas feias", chegava ao pé de mim e dizia: CFM! CFM! E depois ríamo-nos muito (e nós já entradas nos cinquenta...)
Mas, como sou uma senhora, vou parafrasear aquela menina já mãe de filhos adultos, irmã do meio, patinho algo feio, que, quando os irmãos a faziam zangar e recorria à mãe para a sua queixinha mimada, esta dizia-lhe: «Chama-lhes nomes!!». E ela, queixinho trémulo, virava-se para os safados dos irmãos e gritava: «Nomes!!»
Assim vou fazer eu: «Coisas feias!! Coisas feias!! Coisas feias!!
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
Para um novo ano
(...)
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar
sempre...
Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir o meu
coração!...
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual,
porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei
voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para
sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos
pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Podes até empurrar-me de um penhasco que eu vou dizer:
- E então? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector
domingo, 25 de janeiro de 2015
(No) Satisfaction!
Não eram dos meus preferidos, mas tinham canções muito boas. E esta é uma delas. Daquelas que me/nos fizeram passar belos momentos nas festas dos good, old sixties...
Hoje é assim que me sinto: «I can't get no satisfaction»...
Boa semana (anyway...)
Subscrever:
Mensagens (Atom)