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sábado, 6 de outubro de 2018

Montserrat Caballé (1933 - 2018)




Morreu a Diva!

Duas vozes extraordinárias
que, infelizmente, não se encontram já 
entre nós...



terça-feira, 10 de outubro de 2017

Palacio de la Madraza

A visita à Casa do Alentejo, no Palácio Alverca, fez-me lembrar, pelas influências árabes, o Palacio de la Madraza, em Granada, que visitei este Verão e que é lindíssimo.

O palácio, ou Casa da Ciência, foi a primeira universidade de Granada. Inaugurada em 1349 pelo rei Yusuf I de Granada, tendo funcionado, diz-se,  até cerca de 1500 já depois da conquista castelhana. 

Atualmente, o palácio pertence à Universidade de Granada e é usado para atividades culturais.






















No andar superior está o Salón de Caballeros XXIV, atualmente usado para conferências, cujo teto, uma verdadeira maravilha, (que não dá para ver na fotografia) levou catorze anos a (re)construir.



Resta ainda um oratório da época nazari, a última dinastia árabe que dominou o reino de Granada. De notar as representações das romãs - o símbolo de Granada.



Não é uma pérola esta Madraza (escola)?

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Ermita N.ª Srª de las Angústias

E, um dia em que fomos fazer compras a um supermercado urbano, enorme e super moderno, demos conta de uma pequena igreja ali mesmo ao lado. 

O nome - Ermita Nuestra Sra de las Angústias - trouxe-me à lembrança a minha queridíssima avó espanhola, que me chamava tantas vezes Senhora das Angústias por causa das minhas frequentes quedas de humor...

Tive de entrar.




Uma pequena igreja com um altar-mor tão rico em talha dourada!




E a imagem da Senhora das Angústias tão pesada, tão dorida, tão dentro da tradição espanhola!




Com uma cúpula pintada como se de uma grande catedral se tratasse.




E, na lateral, ainda mais uma imagem da Señora de las Angústias.




Bem dentro da tradição católica espanhola. 

De estilo barroco, a ermita foi fundada em 1720 por Dona Bernarda Maria Alférez da família López de Alcántara de Granada que também possuiam o engenho de açúcar "San Antonio Abad" com cujo rendimento construíram e mantiveram este pequeno santuário até meados do século XIX, quando passou a fazer parte do património do Ayuntamiento de Nerja.


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Hasta pronto!



Me voy a Malaga y sin "interné"....



(Mas nunca sem vos deixar uma das minhas memórias musicais.... Espero que gostem.






Se queden bien...

Hasta pronto.

Besitos


segunda-feira, 10 de abril de 2017

Ainda a viagem de finalistas

A primeira notícia deixou-me consternada. Mil alunos portugueses expulsos de Espanha por terem destruído hotel?! Vergonha!

Depois foi a “discussão” aqui em casa, de cabeça quente: «ai, se fosse filho meu!»; «ai, se tivesse sidos eu viria todo o caminho a chorar com medo do que me iria acontecer!»; «filho meu nunca irá!»; «não se sabem comportar, é o que é!”

É um facto que eles – muitos deles – não se sabem comportar. E nem é preciso serem jovens em final do secundário, nem estarem a quilómetros de casa e longe dos pais. Quando, em Julho, vamos para a Senhora da Rocha para o nosso hotel de sempre, até nos «passamos da cabeça» com o comportamento hooligânico que as criancinhas de nove, dez, onze, doze anos têm na piscina interior e no jacuzzi, local que se supõe ser de calma e de relaxe para os adultos. As criancinhas dão saltos de corça para dentro da piscina, jogam a bola e gritam como se não houvesse amanhã! E nunca são mais do que meia dúzia deles e sabem que os paizinhos estão no quarto ali em cima ou até mesmo ali fora, descansadinhos da vida tomando banhos de Sol.

Mas, pensando bem: quem se lembra de enfiar perto de mil jovens com as hormonas primaverilmente aos saltos num mesmo espaço hoteleiro com bar aberto e mais não sei o quê? Esperavam o quê? Que rezassem o terço e fossem para o quarto ver a novela? E depois ainda me lembrei de uma triste experiência que tivemos em Fuengirola nos inícios de 90 quando, ao comprarmos um determinado carro, nos ofereceram uma semana de férias num enoooooooooorme hotel daquela estância balneária. Fomos tão mal tratados, mas tão mal tratados que pensámos nunca mais voltar de férias a Espanha. Não nos deu para destruirmos o quarto, mas garanto-vos que ‘roubei’ todas as toalhas que pude e … pronto!! Lembro-me que só consegui que me falassem bem quando passei a dirigir-me a ‘eles’ em inglês…

Hoje de manhã, ouvi uma entrevista com a responsável pela agência de viagens que tratou da viagem e do alojamento dos jovens que disse que, para além do valor que cada jovem pagou pela semana cada um teve de disponibilizar mais 50 euros para eventuais danos. Quando expulsaram os jovens, os dirigentes do hotel apoderaram-se do tal fundo, sem disso darem conhecimento à agência e recusaram-se a permitir que os representantes da mesma entrassem para verificarem os danos.

Não pretendo, nem pouco mais ou menos, desculpar os comportamentos dos jovens, mas parece-me que há algo – ou muitos ‘algos’ – que estão muito mal contados. Desde meter mil jovens de férias, loucas férias, num mesmo espaço até porem-nos todos a andar logo no segundo dia da semana já paga!

Mas isto sou eu a pensar…





terça-feira, 16 de agosto de 2016

From Mijas with love!

Quem não se lembra do filme do 007 «From Russia with love» ainda protagonizado pelo sempre atraente Sean Connery?




Pois... mas hoje o tema é «From Mijas with love»... Não há Sean Connery nem as super sexy Bond-girls, mas há as belas vistas da Sierra de Mijas onde passámos uns belos dias.






(La Ermita de la Virgen de la Peña)




(Charretes e loiça típica)


(Descanso de los burritos...)

(com um cheirinho a xixi!... que nem vos digo!)

Toda a minha gente anda de burrito (menos eu...)






As ruas floridas e muito cuidadas.











A vista do apartamento com o Mediterrâneo ao fundo, sobre Fuengirola.




E tudo sempre subordinado ao tema d'el burrito...




Ora digam lá se não é assim...




(Risos e gargalhadas...)

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

25 anos depois...

Fomos para o sul de Espanha estrear o BX...



Eu cá parecia uma «lagartixa»...



Ele era só bigode e sapatilhas brancas...




Elas em pose florida para a fotografia...



Mas não usámos o Burro-Táxi...




Talvez desta vez...

Até breve!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Leituras de férias

Gosto muito de romances históricos – já o aqui afirmei por mais de uma vez. Há uns anos, aí em 2007, quando ainda havia uma livraria em Vilamoura que fazia uma mini Feira do Livro de verão, o jovem e simpático livreiro recomendou-me vivamente a compra de um romance histórico que ele considerava muito bom de um autor espanhol recém-aparecido. Comprei e, como estava de férias, li-o quase de uma esquentada! Chamava-se «A Catedral doMar», de Ildefonso Falcones e tratava da construção pelo povo da catedral de Santa María de la Mar em Barcelona, no século XIV. Um romance violento mas apaixonante que não nos deixa interromper a leitura.

Dois anos mais tarde, saiu outro romance do mesmo autor - «A Mão de Fátima» - sobre o qual me foi dito não ser tão entusiasmante como o primeiro pelo que não o li até por falta de tempo, que ainda trabalhava.

Este verão comprei a sua última obra - «A Rainha Descalça» - que versa a estranha, terrível e difícil vida dos ciganos numa Espanha cruel, intolerante, fanaticamente católica, inquisitorial dos anos de 1700. Apesar de ter lido com bastante interesse (e rapidez: li as suas 700 páginas nas duas semanas de férias no Algarve) este novo romance histórico, não o achei tão apaixonante como «A Catedral do Mar».

Então, para a segunda parte das férias pelo Alentejo, resolvi levar «A Mão de Fátima» mesmo com a menção de «algo chato»… Só vos digo que li as suas 900 páginas nestas duas últimas semanas. Muito bom!

A narrativa decorre no Sul de Espanha, anos de 1500, quando os muçulmanos tinham já deixado de reinar no Al-Andalus e começaram a ser violentamente absorvidos pelos católicos com a força da Inquisição, ou chacinados, ou expulsos, sempre à espera de uma ajuda que nunca chegou de Argel ou do Sultão de Constantinopla, ou da rainha Isabel I, grande vencedora sobre a Armada Invencível ou até da França para se rebelarem contra os cristãos opressores. Entrelaçada com o cruel vaivém de milhares de muçulmanos ferozmente massacrados (e massacrando, conforme as ondas de sorte ou de azar) é-nos contada a vida do herói do romance, Hernando, filho de uma muçulmana que, menina ainda, fora violada por um sacerdote cristão e que é educado em ambas as religiões. Toda a intriga decorre entre as constantes perplexidades de atuação religiosa e de vida que se põem ao herói e o grande amor, a enorme paixão que nutre ao longo da vida – que coincide com o decurso da narrativa – pela bela Fátima, uma jovem mourisca que ele salva acidentalmente de morte certa às mãos dos cristãos. Muito empolgante! E, infelizmente, muito actual de certa forma, já que reconhecemos nas violentas descrições da vida dos mouriscos muitos dos comportamentos que nos são descritos diariamente nos jornais e na televisão a propósito dos muçulmanos que reinam nos países mais fundamentalistas do Islão.

A ler – se tiverem paciência. E tempo, claro! São 900 páginas!




sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sexta-feira Santa

Sexta-feira Santa, dia de não comer carne. E assim foi hoje, uma vez mais: nada de carne! Um hábito, uma tradição que herdámos de outros tempos, que já disse aqui que pouco ou nada tenho a ver com as regras e dogmas da Igreja. Deve ser o único sinal que resta – e não para todos – daquilo que era a Sexta-feira Santa no tempo da minha juventude. Era o dia mais cinzento, mais bisonho, mais enfadonho do ano. E tudo decorrente de uma forma de infundir a superstição, o medo, o terror por parte de um regime clerical e ditatorial a que tínhamos todos de curvar a cerviz.

Toda a gente se vestia de luto carregado: os homens punham gravata preta e até um fumo preto na manga e até as crianças se vestiam de escuro. Todo o comércio estava fechado, os cinemas encerravam, as estações de rádio transmitiam música de câmara todo o dia e, quanto à RTP, o único canal de televisão, só neste dia do ano é que não tinha programação. Um exagero, um verdadeiro fundamentalismo. E, por ironia ou sei lá por que força física ou metafísica, normalmente chovia todo o dia.

O dia em que fiz 18 anos coincidiu com uma Sexta-feira Santa e, como o meu pai nessa altura trabalhava em Sevilha, levou-nos, à minha mãe e a mim, a passar lá uns dias. Sabe quem já assistiu que a Semana Santa em Sevilha é dose e, por isso, o meu pai que não era homem de se meter em apertos, resolveu que iríamos passar o dia dos meus anos que, como já disse, calhou na sexta-feira santa, a Ayamonte, atravessando o Guadiana para o lado português, o que para mim foi uma grande novidade porque nunca antes tinha posto os pés no Algarve.

Tudo bem! O problema é que a minha mãe, ao contrário do meu pai, dava tudo para se meter no meio da multidão e queria muito assistir às procissões. De modo que, regressados a Sevilha e deixado o meu pai descansadinho no apartamento, lá fui atrás da minha mãe meter-me no meio das procissões. Nem quero que me lembrem o de gente nas ruas, a confusão, o movimento, o luxo dos trajes e dos penteados das sevilhanas, o brilho e até uma certa alegria que desconhecia das sextas-feiras santas do nosso país. Agora o que mais me assustou – sério, assustou-me mesmo! – foram as confrarias dos nazarenos (a que sempre chamei de “bicudos”) com as caras e as cabeças tapadas por aqueles carapuços altos e bicudos do tipo Klu-Klux-Klan que se amontoavam na Catedral  para saírem pelas ruas atrás dos andores. Horrível!

(Mas o caricato foi ver alguns deles, certamente atacados pelo calor e pelo cansaço, sentados nos bancos da entrada da igreja, com a cabeça descoberta, o carapuço posto de lado e a fumarem um cigarro…)









(imagens retiradas da net)

domingo, 23 de março de 2014

Aprendamos com os nossos vizinhos!

O que temos a aprender com os nossos vizinhos espanhóis!

O que fazem, fazem a sério! De alma e coração. Não são grandes apenas em tamanho geográfico. São grandes em força, em querer e determinação.

Quando querem mostrar o seu descontentamento pelas políticas do governo, vão para a rua com garra e se for preciso partir tudo, partem tudo.

Não é como nós que nos ficamos pelo folclore das alegres passeatas pela cidade, das cantigas e dos cartazes engraçados para depois publicar no facebook. Sempre a meio gás.














Isto foi uma manifestação! E que não venham os reporterzinhos da RTP 1 dizer-nos que os desacatos foram provocados por um pequeno grupo de desordeiros para que não ganhemos ideias!

Aprendamos com os nossos vizinhos! Façamos tremer estes "nossos" governantes de fazer-de-conta!

Se não vai a bem, tem de ir a mal! 

Custe o que custar! (não foi assim que o outro disse?!)