quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Currículo do governo

Fez emigrar mais de 300.000 portugueses;

destruiu mais de 500.000 postos de trabalho;

encerrou mais de 250.000 Empresas;

favoreceu descaradamente o Ensino Privado pago por nós;

despediu mais de 30.000 professores;

paralisou a construção civil;

distribuiu dinheiro como nunca pela banca e por escritórios de advogados;

recusou decisões do Tribunal Constitucional;

elaborou todos os OE inconstitucionais;

nomeou mais de 10.000 apaniguados para lugares de confiança política;

roubou pensões e retirou subsídios a velhos, a crianças e a minorias;

fez aumentar o desemprego de forma descontrolada;

lançou 20% da população na pobreza;

encerrou Tribunais e Indústrias fundamentais
;
privatizou uma larga centena de Empresas, algumas fundamentais à nossa soberania enquanto Nação;

submeteu o País a toda a casta de humilhações da UE, do FMI e do Comissão Europeia;

fez representar o País por esse Mundo, por gente desqualificada e sem escrúpulos;

interferiu no curso da Justiça na desqualificação do SNS e da escola pública;

 fez subir o Abandono Escolar e impôs exames a crianças de 9 anos;

mandou os jovens emigrar e insultou os portugueses por viverem acima das suas possibilidades e tratando-os como piegas;

conseguiu que médicos e outros profissionais de saúde desertassem para a reforma, para os hospitais privados e para o estrangeiro;

manipulou percentagens e taxas para iludir o país;

mentiu, mentiu, mentiu;

recebeu e fez desaparecer mais de 100 milhões de euros que recebeu da troika;

E agora quer ser reeleito?


E o povo vai fazer-lhes a vontade?




terça-feira, 29 de setembro de 2015

Maldito equinócio!

Ando irritada, enervada, com a sensibilidade verdadeiramente à flor da pele. Acordo às tantas da madrugada e não consigo mais conciliar-me com o sono. Sinto-me angustiada. Razão tinha a minha avó espanhola - que me criou e que faria hoje 120 anos a acreditar nos «papeles» que a Embaixada lhe forneceu nos idos de 50 do século passado já que o seu assento de nascimento ardeu na Guerra de Espanha – quando, miudinha ainda, me chamava «senhora das angústias». Lembro-me bem que sofria desmedidamente com a ausência dos que me eram queridos, ou quando previa ausências ou mudanças de meio – o que era habitual lá na família. Lembro-me bem de me rebentarem as lágrimas sem motivo aparente e do nó que se me formava na garganta que não me deixavam parar de chorar. Isto mesmo em muito miúda. A minha mãe, uma mulher-de-armas da cepa transmontana (e Escorpião e professora primária…), que não tinha a paciência nem a doçura de sua mãe – aquela querida avó que faria hoje 120 anos – perguntava-me porque chorava eu e eu, na minha ingenuidade de criança, dizia que não sabia. Aí, muitas vezes, levava uma bofetada e a minha mãe concluía: «Pronto, agora já sabes!» Tratamento de choque que acabava por … não dar resultado. Outros tempos.

Sempre tive um temperamento algo depressivo alimentado por um qualquer medo interior que me vem do mais recôndito do meu ser e do qual pouco ou nada sei dizer. (A psicanálise teria aqui muito a dizer, mas…)

Este sentir (portuguesmente) melancólico – apesar de ser uma pessoa especialmente alegre e divertida quando em (boa) companhia – agudiza-se na Primavera com a minha habitual propensão para a astenia e no Outono que me traz uma saudade louca de tudo – acho que até do futuro! – dos meus mortos (precoces), e outras realidades, de outras vidas, de outros espaços. Apetece-me fugir (de mim, talvez…)

A culpa é do equinócio – só pode…

Assim me sinto agora: muito angustiada sem saber exactamente porquê. Maldito equinócio!

E para tentar expurgar este mal que tenta desgastar-me, lanço mão e deixo aqui um fado- canção que recorrentemente me tem vindo à memória nestes últimos dias.



segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ou isto ou aquilo

«Ou isto ou aquilo» diz a poeta e eu, na minha pequenez, gosto, concordo. Mas admiro muito quem consegue fazer isto e aquilo.

No meu constante afã de servir a (minha) escola fazendo tudo o que havia para fazer – aulas, direção, formação de professores, coordenação de grupos – e de tratar (e ganhar para) a casa, a família (ah! Paulo Portas como tu conheces bem o papel das mulheres! Estás é um pouco desfasado no tempo – uns 50 anitos ou mais!!) não consegui manter-me culturalmente atualizada e deixei que tantas coisas importantes acontecessem e tantos homens e mulheres de nome passassem sem que deles quase desse conta. Houvera net nesses idos de 80/90 e talvez a falha não fora assim desmedida.

Um desses ilustres desconhecidos foi o malogrado poeta Luís Miguel Nava de que ouvi falar há muito pouco tempo numa entrevista na rádio à autora do livro «Maçãs Azuis», Edila Gaitonde, a faialense que casou com o nacionalista goês  Pundolika Gaitonde, médico-cirurgião formado em Lisboa e primeiro deputado nomeado para o Parlamento Indiano , após a anexação de Goa à India.

De novo me surgiu o nome do poeta na rubrica «A Alma Vagueante» que Mário Cláudio assina às sextas-feiras no DN.  No artigo «Nocturno à Beira-Mar», aquele excelente escritor da actualidade recorda Luís Miguel Nava no ano em que se cumprem vinte anos sobre a sua trágica morte. De facto, desapareceu em Maio de 1995, com apenas 37 anos, da forma mais trágica: foi encontrado morto no seu apartamento em Bruxelas, onde trabalhava para a Comunidade Económica Europeia, brutalmente assassinado por um qualquer parceiro de ocasião. (in Wikipedia)

Da sua poesia Gastão Cruz diz: «trata-se da única presença verdadeiramente forte e diversa afirmada no panorama português dos anos 80.» A sua poesia pode ser comparada a um vulcão cuja lava irrompe súbita e violentamente do interior da terra e das trevas (a memória, o corpo e a alma) em forma de pedras e materiais explosivos em estado sólido. Ainda nas palavras de Gastão Cruz, Luís Miguel Nava só pode ser relembrado como “um ser paradigmaticamente livre” e desmistificador, em todas as acepções: transgressivo, anti-conservador e crítico.

Deixou uma obra marcada pela transgressão e pelo excesso mas também pela vulnerabilidade extrema e “desamparadamente humana” de quem assumiu o “desejo irresistível de se expor até ao âmago”. É dele o verso: “Desnudar-se é pouco, há que mostrar as entranhas”.

Talvez isso explique a razão pela qual ainda hoje esteja por esclarecer o facto de Luís Miguel Nava ser tão pouco conhecido pelo grande público, apesar da sua imensa qualidade literária.
Ele próprio escreve em “Os nós da escrita”:

«Escrever é, para mim, tentar desfazer nós, embora o que na realidade acabo sempre por fazer seja embrulhar ainda mais os fios. A própria caligrafia é sufocada. Há todavia, um momento em que as palavras são cuspidas, saem em borbotões, e o sangue e a saliva impregnam o sentido. É impossível separá-los

Deixo ainda um poema seu de que gosto particularmente:

«As ondas que se encontram
ainda agora em formação no espírito
dele já não vêm rebentar ao meu.

Por mim não volto a vê-lo, encontros houve
com ele dos quais a alma ficou cheia de dedadas.

Já nem sequer dele quero ouvir falar,
saber que se ele
fosse uma cama estaria por fazer nada me traz
agora além de desconforto.»

 (1987)

domingo, 27 de setembro de 2015

Boa noite - parte III

Parte III e chega, meninas!!!

É que a nossa amiga do blog do portugalredecouvertes veio reclamar que os nossos homens, os portugueses, também estavam muito bem cotados no mercado internacional e que eu os tinha ignorado... Vai daí, vi-me forçada a fazer uma terceira edição de "belezuras", desta vez só com conterrâneos nossos.

Mas chega!! Primeiro porque os homens vão começar pr'aí a reclamar que eu só mostro gajos e depois porque na próxima semana tenho de me dedicar à política...

Ora bem, comecemos pelo meu preferido número um (e dois e três...) que é ...

... o Paulo Pires!!!



Depois do Paulo, o(s) Pedro(s)...


Barroso

Teixeira

O Jorge Corrula também se aproveita...



E o Diogo também não vai mal...




Agora o Gonçalo Teixeira é que é muito solicitado...




Mas o Lourenço Ortigão é que agora está na moda...




Ou será que... preferem este?!!!



Grrrrrrrrr.....

sábado, 26 de setembro de 2015

Boa noite - parte II

Pronto! Porque é fim de semana e para responder ao apelo da Janita, secundado pela Catarina, venho deixar aqui o meu desejo de boas noites a todas as minhas amigas pela boca do tão desejado Paul Newman.



Ou talvez prefiram o Connery...




Ou o Delon...




Ou o Clooney, sei lá...




O Craig...



E porque não o Brad Pitt?




Ah! Estava a esquecer-me do Richard Gere, que é um mimo...




Por hoje chega, não vos parece?

Digam de vossa justiça...

Boa noite!


Votos de muito boa noite!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Que me dizem?

O que me dizem de ter passado o primeiro dia de outono a tratar disto?



No fim de muito descasca, coze, esmaga, faz ponto de pérola e mistura, mistura, mistura...
deu isto.


Uma autêntica «formiga» a «arrecadar» para o Inverno...

Ui o que aquele ex ministro haveria de gostar!!!



terça-feira, 22 de setembro de 2015

Último dia de Verão

Mesmo sabendo que virão ainda muitos dias de Sol e de calor, não podemos deixar de nos despedirmos do Verão. 

Para trás ficam imagens como estas:















E sempre me vem à memória aquela canção romântica dos inícios da adolescência «Quand vien la fin de l'étè sur la plage...»



Adeus, Verão!
Até para o ano!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Numa sala de chá

(daqui)


Um tipo vai a uma casa de chá, onde estão senhoras educadíssimas e pergunta:

"Há aqui algum sítio onde se possa mijar?"

Uma das senhoras responde:

 "O senhor vira à direita naquele corredor, na segunda porta está escrito «cavalheiros». Não faça caso, entre!"


domingo, 20 de setembro de 2015

Fala do Homem Nascido

Se bem repararam, este poema é - desde o primeiro minuto de existência deste espaço - o meu ex-libris. Há frases, pensamentos, poemas (poucos) que me marcaram uma vez na vida e ficaram. Para sempre. Sou (muito) fiel aos meus gostos e aos meus pensamentos.

Já conhecia o poema, mas marcou-me indelevelmente quando nos idos de 70, já depois da Revolução, numa das muitas e boas formações que tive em Lisboa no âmbito da Reforma Veiga Simão, a formadora pediu-nos para nos apresentarmos da forma que quiséssemos, que fosse mais de acordo com a nossa maneira de ser. E aí, uma colega, já não me lembro de onde levantou-se e cantou:

«Venho da terra assombrada,
do ventre de minha mãe;
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.

Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.»

E eu, vinte e tal aninhos, (ainda) bastante tímida, arrepiei-me com a força dela e do poema e guardei-o para sempre bem perto de mim.

(só nunca entendi como é que um Professor de Físico-Química - Rómulo da Carvalho - teve talento e arte para escrever poemas tão belos e tão profundos como foram os de António Gedeão...)

(de notar que Físico-Química foi sempre a minha pior disciplina...)


Hoje voltei a ouvi-la na rádio, e resolvi trazê-la aqui na excelente voz metálica do Adriano. Para recordarmos.



Boa semana!

sábado, 19 de setembro de 2015

Para as minhas amigas mulheres

O prometido é devido... Hoje é para vós, queridas amigas!

Para contrariar as bacoradas machistas proferidas pelo "nosso" irrevogável vice, deixo aqui uns moçoilos bem jeitosos que não se importam nada de realizar umas tarefas caseiras...

Que dizem de uns ajudantes destes?









Bom fim de semana!

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Ruínas

O poeta francês Chateaubriand «afirmou que todos os homens têm uma secreta adoração por ruínas. (…) O nosso fascínio pelas ruínas não se explica apenas pelas lições existenciais e históricas que encerram ou pela sua fealdade bela; […] não nos servem apenas de medida do tempo, como defendia Chateaubriand; […] contam mais do que a brevidade certa da existência. Haverá um núcleo secreto que nos atrai irresistivelmente para as ruínas e nesse núcleo encontraremos as histórias. (…) Estas histórias que só as ruínas podem contar dizem-nos que é possível reconstruir o mundo a partir dos escombros. Ao tempo do lamento e da meditação melancólica pelo que se perdeu, sucede-se o tempo da certeza feliz de que depois de nós virão outros, depois das nossas histórias outras histórias, depois das ruínas um mundo novo.»

(Bruno Vieira Amaral, in Ler, Verão 2015, pp 44-45)

Também eu sinto um enorme fascínio por ruínas. Antigas e menos antigas. Encantaram-me desde sempre as ruínas que se encontram nos jardins de Monserrate em Sintra – que trarei aqui proximamente.

Encantada fiquei quando, por mero acaso, encontrei as ruínas de uma velha igreja junto ao cemitério de Melides.


Sem qualquer placa identificativa, fiquei depois a saber que se trata das ruínas da igreja de Santa Marinha, de finais do século XV, inícios do XVI.















A fotografia abaixo foi encontrada na net decerto tirada quando a igrejinha não estava tão degradada como a encontrei em Agosto passado.




quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Vejam como se dança!

Decerto dos melhores pares de bailarinos de sempre - Fred Astaire e Ginger Rogers - fizeram os encantos da Broadway e dos cinéfilos dos anos 30 e 40 do século passado. 

Este vídeo, que me apareceu no facebook pela manhã, exibe-os numa interpretação de 1935 da lindíssima canção Smoke gets into your eyes composta em 1933.




A canção teve vários intérpretes ao longo dos tempos, mas a mais bela - na minha modesta opinião - é a dos Platters gravada em 1958. Que vozes!





quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Portugal, não percas a rosa

Nunca tinha lido nada da Natália Correia a não ser uns tantos poemas dispersos naturalmente muito bons.

Lembro-me da sua força de Mátria, da sua voz sonora, poderosa, varonil, a lembrar o Ary, da sua eloquência, da sua mística açoriana, da sua sabedoria, da sua infindável cultura portuguesa, mundial, poética, filosófica histórica e simbólica –e porque não dizer (?) maçónica.

Lá no seu Botequim, onde a poesia acontecia noite após noite, reuniram-se nomes incontornáveis das Letras e da política. (Sobre este organismo vivo que era o Botequim é obrigatório ler o excelente livro do Fernando Dacosta O Botequim da Liberdade.)


Num destes dias de verão, encontrei naquelas vendas baratas de escoamento de stocks, o seu livro não percas e rosa – diário e algo mais (25 de abril  de 1974 – 20 de dezembro de 1975. Considero que se aprende muito sobre a história das épocas nos diários e nas biografias e, como me interesso muito todo pelo tempo antes e depois do 25 de Abril, trouxe-o com a vantagem acrescida de custar apenas cinco euros.

É um documento fascinante por ter sido escrito «em cima dos acontecimentos». Fascinante pelo pedaço de boa literatura que nos é dado ler. Fascinante pelo que aprendemos nível da História, da Filosofia, da Política enquanto ciência. Fascinante pela excelência na utilização da Língua Portuguesa – se bem que de muito difícil leitura.

No que toca ao conteúdo, parece-me que há que ser lido tendo em conta o facto de ter sido escrito dia após dia em cima dos acontecimentos (e que acontecimentos!) e por tal com um enorme excesso de emotividade, de pressão e de tendência pessoal – até porque se trata de um diário.

De qualquer modo, se conseguirmos embrenhar-nos pela floresta de imagens, metáforas e da linguagem algo barroca – própria de quem sabe muito da sua Língua – e nos mantivermos dentro da possível equidistância política partidária da época, tomamos contacto com muitos acontecimentos e com os seus contornos políticos e sociais. Um documento que ajudará a escrever a História.

Da análise da minha leitura, destaco alguns aspetos (nem sempre ”simpáticos”):

  • A ascendência do mundo sócio-familiar-cultural em que a autora foi criada e educada (açoriana, classe média alta, tinha cerca de 50 anos à data do 25 de Abril de 74) sobre a mundividência que imprime ao seu escrito;

  • A sua tendência para desvalorizar a forma como a Revolução aconteceu;

  • A sua antipatia «pecêpista» culpabilizando este partido [e cheia de razão] por tudo o que de pior pôde fazer para substituir a ditadura fascista que subjugou o país por mais de 40 anos por uma outra ditadura marxista-leninista;

  • O extremo simbolismo poético, sebastianista, pessoano que está incluído no título que deu ao Diário «não percas a rosa» que é também o registo com que termina o livro: «Desvenda-se o esfíngico desse olhar português e fatal com que a Europa fixa obstinadamente o Coração da Rosa. Completa-se a tua Mensagem, Fernanda Pessoa. Portugal, Portugal, não percas a Rosa.»


[A Rosa enquanto símbolo da Vida, da Beleza, do Amor, do Bem Supremo.]

A propósito transcrevo para aqui o poema O Encoberto, de Fernando Pessoa, referido por Natália na sua mensagem final.

Que símbolo fecundo
Vem na aurora ansiosa?
Na Cruz Morta do Mundo
A Vida, que é a Rosa.

Que símbolo divino
Traz o dia já visto?
Na Cruz, que é o Destino,
A Rosa que é o Cristo.

Que símbolo final
Mostra o sol já desperto?
Na Cruz morta e fatal
A Rosa do Encoberto.

(in Mensagem, Fernando Pessoa)

terça-feira, 15 de setembro de 2015

E viva o Benfica...

Nada disso, meus amigos! Não mudei de clube, nem morta!! Sou sportinguista de gema e belenenses de nascimento e de criação (nada e criada em Algés, nos idos de 40/50, quando os Belenenses eram favoritos e lá morava o Matateu)

A questão é que esta miudagem de agora já não é o que era. Filhos de sportinguistas tinham de ser do Sporting e pronto(s)! Mas agora já não é assim. Agora as «formigas» começam a «ter catarro» quase desde que nascem e, por isso, os meus netos rapazes, apesar dos genes verdes que lhes deviam ter acorrido em massa, declararam ser do Benfica. 

O Zé, seis anos e picos, que originalmente era do Sporting como a mãe, passou-se para o Benfica para o pai - que é quase tão Esperança de Lagos como Benfica - não se sentir sozinho. E o Eduardo, quatro anos, filho de um Portista ferrenho, declarou ser do Benfica e exigiu ter uma camisola do Benfica!

Como sabem, as avós de hoje em dia também já não são como eram, e aí vai esta avó sportinguista (e tonta) para a feira comprar camisolas do... Benfica.

O mais novo ainda não a recebeu por questões de ... logística. Mas ao mais velho enviei-lha pela mãe - que ralhou e barafustou, que não lha vestia, que ia pôr-lha para dormir e mais não sei o quê.

Mas a vida torce-nos as ideias e as vontades e o miúdo, assim que viu a camisola (e o fascículo do dinossauro que anunciam na televisão) exclamou que hoje era o seu dia de sorte. E ei-lo aqui, de sorriso de orelha a orelha, com as  "prendas" que recebeu..




segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O estado da nação

A publicação "Três Décadas de Portugal Europeu: Balanço e perspetivas" apresenta os resultados do projeto de investigação que a sociedade de consultores Augusto Mateus & Associados realizou para a Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre o desenvolvimento de Portugal ao longo das primeiras três décadas de integração na União Europeia.

De acordo com este estudo, o nível de vida dos portugueses recuou, em 2013, para valores de 1990, ficando 25% abaixo da média europeia.

No panorama europeu atual, Portugal é incluído num segundo patamar de convergência, composto por países com um nível de vida 20 a 30% abaixo do padrão europeu, incluindo a Eslovénia, República Checa, Eslováquia, Lituânia, Grécia e Estónia, destaca o estudo, indicando que, desde 1999, Portugal apenas se aproximou da média europeia em 2005 e 2009.

Entre 2010 e 2013, o PIB 'per capita' português caiu 7% face ao padrão europeu e o nível de vida das famílias regrediu mais de 20 anos, refletindo a crise económica, a aceleração do processo de globalização, o alargamento da União Europeia a Leste e a aplicação do programa de resgate.

Portugal foi o país europeu que registou maior aumento na fiscalidade entre 2010 e 2013, com a carga fiscal a subir mais de 11%.

O aumento das receitas do Estado ficou a dever-se sobretudo aos impostos diretos, em particular o IRS, que aumentou mais de um terço entre 2010 e 2013, tendo os impostos e contribuições sociais absorvido em 2013, mais de um terço da riqueza criada em Portugal, totalizando cerca de 60 mil milhões de euros.

Entretanto, nos últimos anos Portugal reverteu o processo de generalização do acesso a bens e serviços culturais, afastando -se cada vez mais do padrão europeu.

Depois de tudo isto, você acha que dá para voltar a votar nos mesmos?!



domingo, 13 de setembro de 2015

The Lady is a Tramp

Isto das associações de ideias tem muito que se lhe diga. São piores que as redes sociais... Não se sabe bem como se dão, nem o motivo por que se dão. Enredam-se a partir de pensamentos, de sensações, de palavras... Esta, de hoje, tem a ver com a(s) palavra(s).

De cada vez que oiço falar de Donald Trump - e, ultimamente, tem-se ouvido falar muito dele pelas razões menos boas - momentaneamente, vêm-me à cabeça dois pensamentos - um bonito e outro nem por isso. 

Começo pelo feio que é o primeiro que me assalta a mente: «O homem é mesmo uma trampa!»

Mas logo, logo, o registo de pensamento muda e lembro-me daquela canção belíssima interpretada bem à sua maneira por Ella Fitzgerald nos anos 30 do século passado e que se chama «The Lady is a Tramp».

Curiosamente, a palavra «tramp» (que é a que se refere à senhora da canção) tem uma conotação menos boa. significa  «vagabundo», um «desalinhado», enquanto a palavra «trump» (que é o nome do candidato à presidência dos EUA) significa «trunfo» que, no meu entender, nada tem a ver com o homem em questão.

Bom, mas para animar a semana dos meus amigos, vou deixar duas excelentes versões da canção - que os americanos podem nem sempre ser muito bons a escolher presidentes, mas em termos de espetáculo, de cantar, de dançar, aí ninguém os bate...

Espero que gostem - eu nem sei dizer qual me agrada mais.











sábado, 12 de setembro de 2015

Para os meus amigos homens...

Não é bem a Joana Amaral (tem) Dias, mas... serve para animar o vosso Domingo...

Que tal uma voltinha na velhinha carrinha Volkswagen? 



Bom Domingo!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Ilusões de ótica

Ora vejam com atenção: quem abraça quem?



É o rapaz que está a abraçar a rapariga ou ao contrário?...

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Quem se lembra?

Quem se lembra do teatrinho de robertos?

Em miúda, lá em Algés, anos 50, quando ouvia a pandeireta, corria para a janela que dava para a Avenida. Podiam ser os saltimbancos - que me faziam uma pena tão grande pela miséria em que os «atores» (quase sempre crianças e animais) viviam - ou então os Robertos. E esses eram bem mais divertidos.

Quem se lembra?