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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Em defesa de São Pedro...

Dos três santos populares
São Pedro é o mais esquecido
Por mais sério se mostrar
Fica talvez menos querido.

Santo António é de Lisboa
E do Porto é São João
Casamentos um apregoa
O outro leva o balão.

São Pedro não tem cidade
Que lhe encha o coração
Deu seu nome a uma quantidade
De terras, vilas e chão.

É São Pedro de Moel
De Sintra e da Cadeira
De Évora, Montijo e Seixal
Penedono e de Felgueiras.

São Pedro, santo decano,
Em todo o lado é festejado
E em especial no Vaticano
São Pedro é celebrado.

Se pedires um favor
A Santo António, a São João,
E o pedido for em vão,
Pede-o ao santo pescador
Que ele não dirá que não!


segunda-feira, 12 de junho de 2017

Noites de Santo António

Hoje deu-me para isto - trovas a Santo António...
Quem quiser e tiver jeito, fica desde já convidado a acrescentar outras trovas a estas...


Ó noites de Santo António
Dos arquinhos e balões
Desejo de matrimónio
A pular nos corações!

Naquele tempo era certo
Qualquer jovem namorado
Que tivesse a moça por perto
Era casamento aprontado.

E elas, tontas de todo,
Em tudo acreditavam.
No dia seguinte, era o choro
Nunca mais os encontravam…

Iam chorar junto ao santo
Pedindo milagre d’amor
E com todo aquele encanto
Das moças cheias de dor

O santo casamenteiro
Prometia o que podia
Nem sempre sendo certeiro
O milagre que fazia…

Mas isto era antigamente
Nos tempos medievais
Agora é bem diferente
As moças sabem de mais…

As noites de Santo António
As novas noites de Lisboa
São levadas do demónio
Com vinho, sardinhas e broa!




terça-feira, 18 de outubro de 2016

Estou furiosa!

Comigo própria, acreditam? Um dos meus (muitos) defeitos é a minha péssima memória visual. Se calhar por ser míope, sei lá! Tenho sempre muita dificuldade em reconhecer as pessoas se, por exemplo, passou muito tempo sem as encontrar, ou se não as vejo nos locais habituais, ou se não estão vestidas com as vestes profissionais. Uma vergonha. E, como muita gente me conhece por ter estado naquela escola durante 36 anos e tantos deles à frente dos seus destinos, mesmo que não as reconheça, se me cumprimentam, eu respondo sempre afavelmente. Pelo sim, pelo não. Para não passar por indelicada.

Ora ontem, ia eu no meu passinho habitual para os recadinhos que há a fazer à segunda-feira de manhã quando, de dentro de uma pastelaria, alguém – que de imediato não reconheci – me faz um simpático cumprimento, respeitoso e risonho. Acenei de volta sorrindo. E aí, como um raio vibrante e fluorescente, fez-se-me luz: o rapazola que, r(v)endido ao meu opositor,  me “fez exame” de acesso ao cargo de diretora da escola, “chumbando-me”. Um “pentelhito” (desculpem-me a linguagem catroguiana, mas assenta-lhe que nem uma luva) um elemento de uma associação de pais da idade das minhas filhas, daqueles que tiraram um curso de “gestão de recursos humanos” por correspondência ou com algumas equivalências à Relvas, sei lá… Um pequenino pedante, um “leiriense plásticos” (como diz uma amiga minha que vós bem conheceis…) Tinha prometido a mim própria que nunca mais lhe dirigiria a palavra.

Quando logo após o ignóbil “chumbo”, abandonei a escola e a profissão, até comecei a escrever uma «cantiga de escárnio» sobre tão indizível pessoa… Começava assim:

«Feio, baixinho e vil,
Olho matreiro e arguto,
Cabelinho de palha d’aço
E ralo, dá-lhe ao longe
Que não ao perto,
Um arzinho pueril.

Vozinha de cana rachada
Por muito que alinhe palavra
- e alinha, que fala bem! –
Não engana um qualquer
Embora qualquer um caia
Na falácia, no enleio
Que usa, se lhe convém:
O homem tem cá “uma saia”!
(…)

Escrevi ainda mais umas tantas estrofes, mas depois desisti: o homenzinho não merecia a métrica…

Foram muito poucas, umas três ou quatro, as pessoas a quem, ao longo da minha já longa vida, eu deixei de falar. Sou de facto muito dura (com os outros tanto como comigo) mas quando me sinto verdadeiramente ofendida ou humilhada por alguém no mais íntimo de mim, essa pessoa para mim passa a ser transparente, deixo de a ver, de a considerar e portanto de lhe falar.

Agora imaginem a minha fúria quando, em segundos, me lembrei de quem era aquele aceno desbragado ao qual eu respondi tão abertamente!



segunda-feira, 22 de agosto de 2016

E, em cada viela, damos com ele...

Em cada viela, ao virar de cada esquina, por cima do casario, damos sempre com ele... e é sempre lindo. O Castelo.


















Lembro a propósito uns versinhos que escrevi aquando da minha primeira visita a Leiria depois de conhecer aquele que viria a ser o meu marido.


O castelo iluminado
O castelo enluarado
O castelo esverdeado
O castelo à luz do dia.
Visto de frente o castelo,
de baixo, de cima, de lado,
de perfil perspectivado,
visto ou não em simetria,
não tem noutro paralelo
o teu castelo de Leiria. 

(quanta ingenuidade há na paixão...)



sábado, 19 de outubro de 2013

Selo de Amizade


O simpático blog  Jardins de Afrodite cumpriu ontem o 1º aniversário. E não é que a sua criativa autora elaborou um selo e uma entrada personalizada para cada um dos seus seguidores?

O meu selo é assim:



E não contente com esta prenda, ainda me ofereceu estas belas hortenses:






E esta excelente canção dos "meus" Beatles:






Em jeito de agradecimento deixo aqui um acróstico muito à maneira da querida Afrodite.


AMOR

Acordo os teus sentidos no
Meio dos teus sonhos confrangidos e
Oiço cada espasmo do teu corpo que
Reage pressuroso aos meus afagos.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Chuva



Caem líquidos os cristais
Humedecem e emudecem as folhas que caem
Urgentes e revoltas no chão.
Vem célere a agonia da vida
Até que volte a sacudir-se de inquietação.


sábado, 29 de junho de 2013

Quadras para São Pedro



S. Pedro, meu santo eterno
De Moel, de Penaferrim,
Leva lá este “governo”
Para bem longe de mim!

Para bem longe de mim,
Para bem longe de nós.
Põe-lhes termo, põe-lhes fim
S. Pedro de Porto de Mós!

Tem sido tanto o desmando,
Não há quem de lá os remova.
Quando saem, diz-nos quando,
Ó meu São Pedro da Cova!

Tira-os de lá bem depressa
Que a malta já está cansada,
Não voltamos a cair nessa,
Meu São Pedro d’Afurada!


Aproveitem e saltem a fogueira porque agora 
só para o ano!
 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quadras para o São João




Na véspera de São João

Vai p’ra rua a noite inteira

Pega o arquinho e o balão

E vai saltar a fogueira!



Garotas namoradeiras

Que qu'reis subir ao altar

Deixai-vos de brincadeiras

Com o Santo popular.



É que o Santo é maroto

E gosta bem de brincar

Vede se o vosso garoto

Desiste de se casar!



São João, São Joãozinho,

Padroeiro lá do Porto.

Olha cá para o povinho

Que está quase, quase morto.



Quase morto, é bem verdade

Por causa deste governo

Que de maldade em maldade

Faz-nos da vida um inferno.



Ó meus santos populares,

Santinhos da tradição,

Que rodem os calcanhares

E que nos larguem da mão!


 Bom São João!

domingo, 11 de novembro de 2012

Quentes e boas!






O vendedor de castanhas
É figura habitual
No outono em todo o lado
Nas terras de Portugal.

Castanhas quentes e boas!
Apregoa o vendedor
Faça sol ou faça chuva
Faça frio ou calor.

Calor no meio do outono?
Dizeis vós co’um sorrisinho…
Calor o sol pois então
Do verão de São Martinho!


 (Posso ficar à espera das vossas quadras a São Martinho?)