domingo, 30 de julho de 2017

Enigma nº X

Ora hoje não há enigma nos Jardins da Afrodite porque a menina foi laurear. Então cabe-me a mim, a minzinha, sim senhores, a mim que, como todos sabem sou uma fã incondicional dos enigmas que por aí grassam – o Rui que o diga, se não é verdade! – propor hoje, domingo, aquela mão cheia de palavras. Embora sem aquele quadro-leque que a nossa deusa desenhou…

Vamos lá então a ver se descobrem. E, como o Rui diz – sempre a aprender com o nosso decano… - os comentários são moderados… eh eh eh eh…

1. Blog
2. Amor
3. Rain and Tears
4. Sensualidade
5.  Antiguidade

E a resposta é…

Xaran!!!

A resposta é… … … fico à espera!




sexta-feira, 28 de julho de 2017

Os abençoados anos 60!

Mais uma canção de Verão para recordar aos meus amigos que por aqui inadvertidamente passam... Dos abençoados sixties, pois que outros poderiam ser?

Que frenesim aquele das festas/bailes na Nazaré em casa do nosso amigo  rico, o Gogó... ou mesmo na rua estreitinha da casa da peixeira alugada para duas semanas de férias e em cuja soleira púnhamos o gira-discos para dançarmos o twist na rua...

Ou na pista de dança do Parque de Santa Marta na Ericeira entre os pinheiros e sobranceiro ao mar onde se espelhava o brilho laranja daquela Lua cheia de Agosto - como não voltou a haver outra!

Abençoados anos 60! 

Fiquem-se com os Beach Boys e o seu Surfin USA.





terça-feira, 25 de julho de 2017

Summer Holiday



Não resisto! Todos os anos pelo Verão me vem à lembrança e ao "trauteio" a alegria jovem e provocante desta musiquinha dos nossos inquietantes sixties jovialmente interpretada por Cliff Richard acompanhado pelos Shadows. 

Os meus amigos - rapaziada da minha idade - bem se lembra dela e de outras que pertenceram à banda sonora do filme «Mocidade em Férias».

Não é a primeira vez que a passo aqui, mas é isso: não resisto!!

E... deixa cá uma saudade dos doces anos adolescentes!!

Não há como me levar a mal esta minha  "nostalgia da adolescência"... 

Também Fernando Pessoa - e Álvaro de Campos e Bernardo Soares - escreveram tantos e tão belos textos estando-lhes subjacente uma profunda «nostalgia de infância» e ninguém lhe leva a mal por isso...

Enjoy your Summer holiday ! (que é como quem diz:)

Boas férias!!

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Não se pode morar nos olhos de um gato


Leitura de início de férias. Que, diga-se de passagem, nunca fiz distinção nenhuma entre os livros de leitura de férias dos outros lidos em período de não férias.

Segundo romance da jovem autora Ana Margarida de Carvalho, publicado em 2016, depois de ter recebido o Grande Prémio de Romance e Novela da APE pelo seu primeiro romance «Que Importa a Fúria do Mar» em 2013.

Eduardo Pitta deixa no ar a questão sobre será este seu segundo romance a marcar o início da distropia na literatura portuguesa. Eu, simples leitora, não vou saber dizer.

Só sei que tão embrenhada andei na leitura deste livro que passou quase uma semana sobre a vinda para estes “mares do sul” e nem tenho ligado o computador… Tem mesmo sido espreguiçalhar na cadeira da piscina, ir ao banho para esticar bem as pernas e os braços e depois naufragar naquela imaginária praia intermitente nas costas do Brasil juntamente com aquele grupo de sobreviventes do barco tumbeiro clandestino: o capataz negreiro e o seu mísero criado, a fidalga brasileira e a sua frágil filha, o padre que teve as suas origens nas fragas na companhia das alcateias transmontanas, o jovem passageiro estudante, o escravo que deu à costa montado num cavalo mutilado e o bebé pretinho salvo do porão do barco negreiro.

Não vou contar mais nada. Se tiver conseguido despertar alguma curiosidade em algum de vós, deixo abaixo alguns links que poderão contar algo mais.

Só vou dizer que se trata de verdadeira literatura. Desde Saramago, Lobo Antunes, Vergílio Ferreira não lia nada tão surpreendente, tão profundamente inquietante, e tão filosoficamente vivido – por esta ordem respetivamente.




E porque o título do romance retoma um verso de O´Neill, aqui fica o respetivo poema.

Poema do Desamor

Desmama-te desanca-te desbunda-te
Não se pode morar nos olhos de um gato

Beija embainha grunhe geme
Não se pode morar nos olhos de um gato

Serve-te serve sorve lambe trinca
Não se pode morar nos olhos de um gato

Queixa-te coxa-te desnalga-te desalma-te
Não se pode morar nos olhos de um gato

Arfa arqueja moleja aleija
Não se pode morar nos olhos de um gato

Ferra marca dispara enodoa
Não se pode morar nos olhos de um gato

Faz festa protesta desembesta
Não se pode morar nos olhos de um gato

Arranha arrepanha apanha espanca
Não se pode morar nos olhos de um gato

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Here we go again!

Here we go agian!

Lá vamos nós outra vez! Algarve, aí vamos nós!!





E, a propósito do título da entrada de hoje, deixo aqui o belo original da canção na voz do portentoso Ray Charles.

Fiquem bem! 





quinta-feira, 13 de julho de 2017

Diminutivos

Fiquei a saber ainda há pouco que se podem registar os bebés dando-lhes nomes nos seus graus diminutivos. Do estilo “Rosarinho”, “Carminho” e assim. Tive uma colega que se chama Teresinha, nome que “ganhou” fora de Portugal. Mas pensei que os nossos Cartórios não aceitassem diminutivos.

[Sempre lamentei muito as pessoas que têm de carregar o resto da vida com um nome daqueles que são de fugir, apenas porque os paizinhos se apaixonaram por determinada personagem de filme, de livro, de novela, de artista da atualidade. E, pior ainda, porque era o nome do padrinho ou da madrinha. Mas isso é outro assunto, além de que os gostos são muito discutíveis.]

Mas a propósito das Rosarinhos, das Carminhos e das Teresinhas, lembrei-me de uma anedota muito antiga que o meu pai contava. Era assim:

«Era o primeiro dia de escola de uma turma da 1ª classe e a professora começou a perguntar o nome aos seus novos alunos. E começou pelos da primeira fila:

- Então como te chamas?

- Eu sou o Zezinho…

- Zezinho, não. O teu nome é José. E esta menina aqui, como te chamas?

- Eu chamo-me Mariazinha…

E a professora, cheia de paciência, lá a emendou: - Mariazinha, não. És a Maria.

- E tu, a seguir, como te chamas?

- A minha mamã chama-me Manelinho.

E lá voltou a professora a emendar:

- Aqui és o Manuel. Aqui na escola não há –inhos…

E todos os meninos iam desfiando os seus «petit noms» enquanto iam ficando a saber que a professora não os ia tratar pelos seus diminutivos.

Quando chegou a vez do último aluno dizer o seu nome, o pobre miúdo disse muito embaraçado:

- Eu chamo-me Agosto, senhora professora…

- Agosto?! – responde-lhe a senhora. – Mas ninguém se chama Agosto, meu querido!


- Eu chamo-me Agostinho… mas a senhora professora diz que aqui não há –inhos…»




quarta-feira, 12 de julho de 2017

2500 publicações!





Grata pela vossa paciência...

terça-feira, 11 de julho de 2017

Dois pesos, duas medidas...

Sei que não são muito apreciadas as minhas publicações sobre a atualidade política. Porém, este é um blog multifacetado, daqueles que pretendem transparecer o que vai acontecendo no dia a dia, naturalmente pela minha visão.

Assim, não há forma de ficar indiferente perante toda esta forma dolosa do chamado Ministério Público avaliar a realidade conforme tende para determinada fação político-partidária - a sua - ou para a oposta. 

Para ilustrar esta falta de imparcialidade, fica aqui o texto do meu facefriend Carlos Esperança que é bastante mais equilibrado do que qualquer outro que eu pudesse escrever sobre o assunto.

A Galp, os secretários de Estado e a ética republicana

«A aceitação de uma viagem pública, para ver um jogo de futebol da seleção nacional, pode ter sido uma imprudência ingénua de quem a aceitou, talvez mesmo ingenuidade política, mas não o foi certamente de quem a ofereceu.

A ética republicana é incompatível com a aceitação de almoços, e o ato dos secretários de Estado é politicamente censurável. É pena que pessoas de excecional competência técnica não tenham sensibilidade política equivalente.

Exonerados a seu pedido, é aos Tribunais que cabe decidir se há lugar a sanções penais.

Mas não deixa de me surpreender a investigação tardia de um ato público amplamente divulgado, há mais de um ano, e o conjunto de coincidências que estão a acontecer.

E surpreende-me, sobretudo, por não ter sido averiguado o suborno comprovado pelas autoridades alemãs no caso dos submarinos e a falta de desmentido do desaparecimento dos papéis, bem como o desinteresse sobre 61 mil fotocópias que Paulo Portas levou do ministério da Defesa, quando cessou funções. (Pagando-as, claro).

Surpreende ainda o contraste entre a vigilância às viagens dos ex-secretários de Estado e a indiferença sobre a viagem familiar ao Brasil, em jato privado, para uma estadia numa ilha paradisíaca, de um primeiro-ministro a convite do amigo que tinha negócios com o Estado. E, surpresa maior, o generoso anfitrião protagonizaria, a seguir, o escândalo da compra da Quinta da Falagueira, que um partido da oposição denunciou, com o referido PM a referir-se ao amigo, que lhe hospedara a família e lhe proporcionara a viagem em jato privado, por «conhecido»: “É uma difamação estar a pretender que por ser meu conhecido, isso à partida envolve uma participação que não é correta” – diria o PM Durão Barroso.

Se esta investigação é uma mudança de paradigma, seja bem-vinda. Se é coincidência temporal com a campanha orquestrada pela direita salazarenta contra o atual Governo, é um azar circunstancial. Mas se o atual PR viesse a comprar ações não cotadas em bolsa e as vendesse com mais-valias substanciais, sem a investigação que apurasse a licitude, era motivo de desconfiança.»

A Justiça também está sob escrutínio.»




segunda-feira, 10 de julho de 2017

Saudades de Lisboa

É dos melhores programas da rádio - mas eu oiço pouco - A Cena do Ódio, ao domingo de manhã, na Antena 1. Trazem temas de sempre numa perspetiva diacrónica geralmente em volta de um determinado tema.

Ontem, depois de passarem o poderoso Dans le port d'Amesterdam pelo inimitável Jacques Brel, recordaram o fado Lisboa à noite que estreou na revista «Não faças ondas» nos anos 50 na voz da saudosa Milú acompanhada por Francisco José, o dos «Olhos Castanhos».

Aqui passa na voz de Amália e depois, para comparação ou contraponto, na voz arrebatada de Tony de Matos.







É nestas alturas que me dá cá uma saudade de Lisboa...
















domingo, 9 de julho de 2017

Passeio ao Pedrogão Grande

O passeio de domingo foi ao Pedrogão Grande para estarmos com os nossos amigos de Troviscais, lá na Villa Isaura.






Passaram um mau bocado no passado dia 17 e ainda estão muito acabrunhados com tudo o que viram e viveram. Desde as labaredas a lamberem a herdade vizinha até raposinhas assustadas e uma corça pendurada numa árvore que restava verde...

A viagem para o interior começa em Ansião, lá para a serra do Sicó e, a partir do Avelar, para cima, tudo está queimado. Castanho.





Mau mesmo é quando entramos na zona de Pedrogão/Figueiró/Castanheira. 

É preto. Terra queimada. Preto. Completa desolação.











A Villa Isaura foi poupada por pouco.





Mas lá se mantém, linda, com o seu museu republicano.








Almoçámos no Lago Verde, sobre a linda barragem do Cabril.






Por acaso, almoçava lá também o presidente da Câmara do Pedrogão com um grupo de graduados das forças armadas.

O nosso grupo de amigos era muito grande e havia arquitetos, médicos e outros profissionais que, gentilmente, se foram oferecer para trabalharem na recuperação da área e no que fosse preciso. 

O nosso amigo de Troviscais afirmou que a maior ajuda que se podia dar era visitarmos a zona para animar as pessoas e ajudar a animar a economia. Que utilizássemos os restaurantes, os hotéis,  que visitássemos os museus, as piscinas, que fizéssemos passeios e visitássemos os amigos que tenhamos por lá.

É esse apelo que deixo aqui também: vão às piscinas das Rocas em Castanheira, às praias fluviais, aos museus de Figueiró, ao Lago Verde, ao hotel do Pedrogão Pequeno, aos turismos de habitação, quiçá à Villa Isaura...

Essa será uma das melhores formas de ajudar.


sábado, 8 de julho de 2017

Mais uma bela canção de amor

Esta foi uma das primeiras canções de amor da minha vida de jovem adolescente. Dos longínquos, mas ternos anos 50. Daquelas que nunca mais esqueci.

Lembram-se?



sexta-feira, 7 de julho de 2017

Uma rapariga muito volátil...

(Imagem do filme "Ligações Perigosas")


A menina tinha sido educada nos preceitos da Santa Madre Igreja.

Vemo-la, adolescente quase adulta, no confessionário dizendo ao senhor padre:

- Ai, padre, perdão! Sou tão volátil, tão volátil, mas tão volátil!

O padre, confuso, sem perceber o que ela queria dizer, pergunta-lhe:

- Minha filha, volátil como? Explique-me.

E aí a menina confessou que tinha um namorado, mas que era tão volátil, tão volátil, que assim que via outro rapaz bonito e bem apresentado, não resistia a beijá-lo a abraçá-lo e assim… mas gostava muito do namorado.

- Minha filha – diz o padre – não és “volátil”, tu queres dizer que és “volúvel”…

- É isso, padre! Sou muito volúvel, mas prometo que não vai voltar a acontecer!

O pior é que, na semana seguinte, lá se apresentou a moça no confessionário dizendo que era muito “volátil” e que tinha voltado a pecar com mais dois ou três rapazes lindos que tinha conhecido.

O padre de novo a recriminou, não sem antes repetir que não era “volátil”, mas “volúvel”.

- Sim, padre. Volúvel! Muito volúvel!!

Passados uns dias, quando a jovem apareceu perante o padre, antes que ela abrisse a boca, o padre falou exaltado:

- Não me diga que voltou a acontecer!

- Padre, perdão! Foi agora mesmo à entrada da igreja: vi um rapaz lindo e não resisti! Tive de o beijar! Eu já lhe tinha dito que sou muito volátil! Muito volátil...

E o padre, esquecendo-se por momentos dos seus hábitos e da sua função, quase gritou:

- Não é volátil, não! É muito put@! Muito put@! 


quinta-feira, 6 de julho de 2017

O que é preciso é desacreditar a escola

De vez em quando, especialmente em tempo de pré-férias, quando os reatores das notícias começam e entrar em ritmo lento, os nossos “jornaleiros” lá puxam de novo pelo demagógico e enganoso título “as escolas estão a passar alunos com quatro e cinco negativas”.

Aconteceu esta semana outra vez. Não venho aqui defender nenhuma teoria da conspiração, mas parece que, de há uns tempos para cá, os nossos serviços de notícias e de comentários têm funcionado como uma verdadeira oposição às forças governamentais. Veja-se o triste aproveitamento que foi e continua a ser feito acerca dos trágicos acontecimentos de há duas semanas no pinhal interior aqui do distrito e com o inexplicável assalto ao paiol de Tancos com os respetivos ataques aos elementos do governo, bem como as notícias inventadas de suicídios, aviões despenhados e desaparecidos, manifestações fantasma e assim.

Ora para continuar a desacreditar o governo e a pedir a demissão rápida e pura e dura de ministros, nada melhor do que incendiar a opinião pública sobre um tema por de mais sensível a toda a população e que é a escola. Ou melhor, a “bandalheira” que vai nas escolas!

Desacreditar a escola (pública) é o melhor que podem dar a estes “noticiadores” incendiários. Por isso, vai de desenterrar a velha, velhíssima questão das escolas que “passam alunos com quatro e cinco negativas” para deixar no ar a ideia que isso foi mais uma “orientação” que as escolas receberam do ministério da Educação.

Desculpem-me, mas “vou aos arames” com estas patranhas. Mais ainda se se trata da escola.

Esta questão é tão antiga quanto a publicação do modelo de avaliação dos alunos do ensino básico prescrito pelo ministério do ilustradíssimo Ministro da Educação Roberto Carneiro em 1992. Essa legislação inovadora à época remetia para um profundo conhecimento da realidade de cada aluno por parte dos seus professores e dizia claramente: «A decisão da retenção tem sempre carácter excepcional, depois de se ter esgotado o recurso a apoios e complementos educativos, devendo, portanto, revestir-se de especial cuidado para garantir a sua necessidade, utilidade e justiça

Repare-se nos conceitos que norteavam a retenção de um aluno: o seu caráter excecional e apenas quando se registasse a sua necessidade, utilidade e justiça.

Por essa época, numa das diversas vezes em que fui presidente dos conselhos diretivo e pedagógico, dei passagem a alunos (poucos, diga-se) de 6º e 9º anos que tinham já um grande número de retenções e idade de entrada no mercado de trabalho, garantindo-lhes assim o diploma que lhes permitia irem trabalhar e até tirarem a carta de condução. É que, de facto, não havia necessidade de os reter, nem era útil nem justo para eles nem para a escola retê-los.

Qual não foi o meu espanto, quando recebi um telefonema da minha colega (e amiga) presidente da escola secundária nossa vizinha, a perguntar-me, muito escandalizada, se eu tinha autorizado a passagem desses alunos para o 10º ano. «Não – disse-lhe eu – Apenas lhes dei o diploma da escolaridade básica.» E ela: «Ah, mas eles estão a matricular-se aqui na secundária!» - esperneava ela. «Vocês têm de aplicar o vosso modelo, nós aplicámos o nosso.» - disse-lhe eu. Duvido que ela tenha entendido.


Só que os objetivos do ensino secundário – nesse tempo – eram muito diferentes dos objetivos do ensino básico. Atualmente, com o alargamento da escolaridade obrigatória para o 12º ano (quer se concorde ou não com esse alargamento – e eu não concordo) os objetivos do secundário já não são assim tão diferentes dos do ensino básico como eram nos idos de 90…




quarta-feira, 5 de julho de 2017

O fogo de um verão

A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo
cintila.
O que pode uma boca
esperar
senão outra boca?


Eugénio de Andrade


terça-feira, 4 de julho de 2017

Morte à morte!




Volveram, no passado dia um, 150 anos sobre a assinatura da Carta de Lei que aboliu a pena da morte em Portugal. Foi no dia 1 de Julho de 1867.

Estava-se no reinado do ilustrado rei D. Luís, segundo filho da Rainha Educadora, a Senhora Dona Maria II e de Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, o rei artista.

Portugal foi dos primeiros países do mundo a abolir a pena de morte, o que fez com que tenha sido muito felicitado por muitos governantes e, em especial, pelo escritor Victor Hugo que enviou uma carta ao parlamento português em que diz:

«(…)Felicito o vosso parlamento, os vossos pensadores, os vossos escriptores e os vossos philosophos! Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo á Europa. Disfructae de antemão essa immensa gloria. A Europa imitará Portugal. Morte á morte! Guerra á guerra! Ódio ao ódio! Viva a vida! A liberdade é uma cidade immensa, da qual todos somos cidadãos. Aperto-vos a mão como a meu compatriota na humanidade. (…) Victor Hugo.»

Que orgulho! Ainda hoje pode e deve ser para todos nós um motivo de orgulho este passo dado, ainda em meados do século XIX, por um país tão pequeno, pobre e periférico em direção à cidadania universal e nos princípios da liberdade e da justeza. De facto, a última condenação à morte em Lisboa deu-se em 1842 e ocorreu, dizem, «sob o manto de uma enorme comoção social.» Dizem ainda que «a pena de morte estava já banida nas consciências.

Que temos uma alma (nacional) grande, íntegra e abrangente não é novidade para ninguém.

Que somos bons de mais com as palavras no que às leis avançadas concerne também parece não haver dúvidas.

Então como explicar que sejamos tão displicentes, tão relaxados, tão negligentes, relapsos, tortuosos e até, e especialmente, parciais e facciosos na aplicação das mesmas?!


segunda-feira, 3 de julho de 2017

Vai um bolero?

Hoje fica aqui uma das minhas canções de outrora: um daqueles boleros cubanos dos anos 40/50, muito belos, muito sensuais e requebrados...

Claro que a versão Nat King Cole vai ser a preferida, mas, mesmo assim, deixo-vos uma versão mais antiga, mais genuína. 

Espero que gostem.










domingo, 2 de julho de 2017

Hoje houve bailado

A fechar o 35º Festival de Música de Leiria que, ano após anos, é promovido e levado a cabo pelo Orfeão de Leiria, Conservatória de Artes, tivemos o extraordinário espetáculo EspalhaFactos da Companhia Nacional de Bailado, que também está a comemorar o seu 40º aniversário de existência.

Só posso dizer que foi S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!!

Apresentaram quatro peças de cada uma das quais vou deixar uma imagem. E depois deixo-vos o link de apresentação para quem quiser saber mais sobre o espetáculo.

Mas… se puderem e tiverem hipótese, não deixem de ir ver ao vivo. É esfuziante!



Treze Gestos de um Corpo






Herman Schmerman Dueto






Será que é uma Estrela? (sobre três lindíssimas composições de Jobim, Chico Buarque e Vinicius)





Minus 16 (uma maravilha de mímica, movimento, leveza e alegre plasticidade)