Ao rebentar das seivas
Vem depressa , ó Primavera
Que estamos à tua espera!
Vejo dispostos os teares
E armados os bastidores,
Que são para tu bordares
A ouro do sol e a cores,
Charnecas, várzeas, pomares,
Árvores novas e velhas,
De folhas verdes e flores,
Que dão o mel às abelhas
E a alegria aos lavradores...
Vem depressa, ó Primavera
Que estamos à tua espera!
Conde de Monsaraz "Obras"
Sabes o que é que o meu lavrador me disse ao pequeno almoço?
ResponderEliminarDisse que estava preocupado por não ver abelhas, isso era mau sinal...pesticidas a mais, acrescentou.
Como é que os poetas de agora podem "poetar" como o Conde de Monsaraz?
Gostei do poema!
Abraço
O teu lavrador é capaz de ter razão. Também tive algumas dúvidas em publicar este poema porque já quase não há lavradores.E poetas para "poetar" também já vai havendo poucos...
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