Aqui está minha vida — esta areia tão clara
com desenhos de andar dedicados ao vento.
Aqui está minha voz — esta concha vazia,
sombra de som curtindo o seu próprio lamento.
sombra de som curtindo o seu próprio lamento.
Aqui está minha dor — este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança — este mar solitário,
que de um lado era amor e, do outro, esquecimento.
Cecília Meireles, in 'Retrato Natural'
Cecília Meireles, in 'Retrato Natural'
Como eu gostaria de viver à beira de água e não à beira de mágoa...
ResponderEliminarTambém gosto de Cecília Meireles com os seus poemas tão curtos mas tão cheios de significado!
Abraço
Se não viesse tão carregado de tristeza, gostaria de dizer: que belo comentário!
ResponderEliminarÉ linda a poesia de Cecília Meireles!