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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Rancho das Flores

Ando tão vazia de ideias - e de vontade e de tudo, enfim! - que hoje trago aqui imagens do meu nano-mini-micro-jardim que, esse sim, está bem cheio de beleza!

E assim ajudo a embelezar este pedacinho de blogosfera...
























E, a propósito, deixo-vos com um poema de Vinicius sobre as flores.

Rancho das Flores

Entre as prendas com que a natureza
Alegrou este mundo onde há tanta tristeza
A beleza das flores realça em primeiro lugar
É um milagre do aroma florido
Mais lindo que todas as graças do céu
E até mesmo do mar
Olhem bem para a rosa
Não há mais formosa
É flor dos amantes
É rosa-mulher
Que em perfume e em nobreza
Vem antes do cravo
E do lírio e da Hortência
E da dália e do bom crisântemo
E até mesmo do puro e gentil malmequer
E reparem no cravo o escravo da rosa
Que é flor mais cheirosa
De enfeite sutil
E no lírio que causa o delírio da rosa
O martírio da alma da rosa
Que é a flor mais vaidosa e mais prosa
Entre as flores do nosso Brasil
Abram alas p'ra dália garbosa
Da cor mais vistosa
Do grande jardim da existência das flores
Tão cheias de cores gentis
E também para a Hortência inocente
A flor mais contente
No azul do seu corpo macio e feliz

Satisfeita da vida
Vem a margarida
Que é a flor preferida dos que têm paixão
E agora é a vez da papoula vermelha
A que dá tanto mel p'ras abelhas
E alegra este mundo tão triste
No amor que é o meu coração
E agora que temos o bom crisântemo
Seu nome cantemos em verso e em prosa

Porém que não tem a beleza da rosa
Que uma rosa não é só uma flor
Uma rosa é uma rosa, é uma rosa
É a mulher rescendendo de amor

Vinicius de Moraes


sexta-feira, 20 de março de 2020

Le Printemps - Le temps de l'amour

Deu-se hoje, dia 20, pelas 3.50, o equinócio que dá início à Primavera aqui no Hemisfério Norte.

A Primavera que é o tempo da Natureza (re)florescer; o tempo das árvores vestidinhas com folhas, do cantar dos pássaros, das flores, dos amores.

Deve ser por isso que sempre me vem à memória esta canção mágica na voz aveludada de Françoise Hardy - Le temps de l'amour.

(não me digam que não estavam já com saudades das minhas escolhas musicais... ah, ah, ah!)




quinta-feira, 12 de abril de 2018

Quando em Abril os doces aguaceiros caem...


The Canterbury Tales (Os Contos de Cantuária) de Geoffrey Chaucer, escritos em finais do século XIV, a partir de 1380, não são propriamente fáceis de ler, embora sejam de uma riqueza poética que toca o maravilhoso.

Em cada Abril rico em aguaceiros – como é o de este ano – vem-me sempre à memória o início do prólogo pela doce melodia que transporta: “When in April the sweet showers fall”… 

Hoje deixo-vos aqui a Introdução ao grande prólogo do Contos na língua original e numa tradução que retirei da extraordinária coletânea «Rosa do Mundo: 2001 Poemas para o Futuro»

Espero que gostem.



When in April the sweet showers fall
That pierce March's drought to the root and all
And bathed every vein in liquor that has power
To generate therein and sire the flower;
When Zephyr also has with his sweet breath,
Filled again, in every holt and heath,
The tender shoots and leaves, and the young sun
His half-course in the sign of the Ram has run,
And many little birds make melody
That sleep through all the night with open eye
(So Nature pricks them on to ramp and rage)
Then folk do long to go on pilgrimage,
And palmers to go seeking out strange strands,
To distant shrines well known in distant lands.
And specially from every shire's end
Of England they to Canterbury went,
The holy blessed martyr there to seek
Who helped them when they lay so ill and weak. (…)

(Geoffrey Chaucer
Canterbury Tales
The Great Prologue – introduction)
Quando em Abril os doces aguaceiros caem
E até às raízes secas de Março penetram,
E todas as veias são banhadas por um licor
Tão poderoso que até produz a flor,
Quando também Zéfiro que docemente respira
Exala em cada arvoredo e urze uma brisa
Sobre os rebentos delicados, e o sol de tenra idade
Do signo de Carneiro já percorreu metade,
E as pequenas aves fazem concertos
Passando as noites de olhos abertos
(Assim a Natureza as incita e a tal compromete os seus corações)
Então as gentes anseiam por sair em peregrinações
E os romeiros por encontrar os lugares remotos
De santos distantes, que em muitas terras encontram devotos,
E especialmente dos confins de cada condado
Da Inglaterra, até à Cantuária têm chegado
Para procurarem o mártir e bem-aventurado santo, tão diligente
A prestar-lhes auxílio quando estiveram doentes.

(Tradução de Cecília Rego Pinheiro
Rosa do Mundo - 2001 Poemas para o Futuro)









terça-feira, 20 de março de 2018

Fado primavera

À procura de um poema à Primavera - menina de algumas horas apenas - no livro de David Mourão-Ferreira, fui dar com esta beleza triste que só faz jus à doce e alegre estação que agora se inicia por nos ser "lido" por vozes tão frescas  como estas que aqui vos deixo.

Depois digam-me das vossas preferências. Eu tenho a minha...







segunda-feira, 20 de março de 2017

Equinócio

(daqui)


Timidamente, a Primavera lá chegou hoje, a meio da manhã. 

O Sol, no seu movimento aparente, passou no equador celeste. Deu-se o equinócio, que à letra, significa «noite igual» ao dia, ou seja, as noites têm a mesma duração dos dias. 

Para celebrar o equinócio que aconteceu hoje e vem introduzir a Primavera deste ano, encontrei um poema de David Mourão-Ferreira que tem precisamente esse nome - Equinócio.


Chega-se a este ponto em que se fica à espera
Em que apetece um ombro o pano de um teatro
um passeio de noite a sós de bicicleta
o riso que ninguém reteve num retrato

Folheia-se num bar o horário da Morte
Encomenda-se um gin enquanto ela não chega
Loucura foi não ter incendiado o bosque
Já não sei em que mês se deu aquela cena

Chega-se a este ponto Arrepiar caminho
Soletrar no passado a imagem do futuro
Abrir uma janela Acender o cachimbo
para deixar no mundo uma herança de fumo

Rola mais um trovão Chega-se a este ponto
em que apetece um ombro e nos pedem um sabre
Em que a rota do Sol é a roda do sono
Chega-se a este ponto em que a gente não sabe

(1966)


domingo, 20 de março de 2016

Primavera

Este ano a Primavera chegou cheia de pressa: às 4 da manhã do dia 20, quando na escola aprendi que era no dia 21 que ela chegava. Enfim, modernices...

Mas não entrou lá muito bem: choveu que se fartou e esteve cá um frio!! Mas como a Primavera é a estação das coisas belas, deixo aqui imagens dos belos arcos-íris que se formaram aqui por Leiria.



  


Simplesmente adoro arcos-íris!!




(fotografias de Fernando Rodrigues e Fernanda Sal retiradas do facebook)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Coisas de Maio

O mês de Maio é belo de mais!!
















PRIMAVERA

É Primavera agora, meu Amor!
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!

Ah! Deixa-te vogar, calmo, ao sabor
Da vida... não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vão desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!

Também despi meu triste burel pardo,
E agora cheiro a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, à tua espera...

Pus rosas cor-de-rosa em meus cabelos...
Parecem um rosal! Vem desprendê-los!
Meu Amor, meu Amor, é Primavera!...


 (Florbela Espanca, 1934)



quarta-feira, 30 de abril de 2014

Avril au Portugal

Realmente a Primavera este ano tem sido diferente: um dia está calor, no outro está frio; de tarde está um sol ameno mas logo, logo poderá levantar-se vento e o céu embrulhar-se em nuvens negras.

Os gatos cá de casa continuam a ter comportamentos invernosos...







Eu tenho para mim que eles se têm perguntado pelo famoso e proverbial Avril au Portugal...

E por aí? Quem se lembra do Avril au Portugal, a canção de propaganda turística  que o SNI lançou na Europa?

Ora oiçam.






E, já agora, qual das versões gostaram mais?

sexta-feira, 21 de março de 2014

Le temps de l'amour

Quando chega a Primavera, vem-me sempre à mente esta belíssima canção da encantadora Françoise Hardy dos anos 60.

E é ela que aqui deixo como homenagem, a minha homenagem, à estação do (re)começo, do rebentar da vida, da seiva, da luz e da cor.

A estação do(s) amor(es)...




sexta-feira, 17 de maio de 2013

Não obstante, continuo, ano após ano, a deixar-me surpreender por atos de criação da Natureza como estes.





E que dizer de momentos de beleza únicos como este dos dois gémeos recém-nascidos cujo primeiro gesto foi darem as mãos?




Tenham um bom e belo fim de semana!


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Dia de Inverno

Depois de, na semana passada, se ter sentido de férias no campo...



  ... hoje a minha gata voltou a vestir-se de Inverno.




Com o frio de neve que se fez sentir e com a chuva gelada que caiu durante a tarde, enfiaram-se os dois na sala, deitaram-se na cabeceira do sofá, local onde passam as noites de Inverno porque ali recebem o calor da lareira, e dormiram toda a tarde...



E até a mim me apeteceu, para aquecer as mãos (e a alma), ir fazer um bolo tendo escolhido um daqueles que nunca faltam nas noites de Natal.




Já agora – até porque é um bolo muito bom e muito fácil de fazer, deixo aqui a receita.

Bolo Inglês

Ingredientes

250 g. de açúcar
250 g. de farinha
1 colher (de chá) de fermento em pó
100 g. de margarina
3 ovos
250 g. de frutas cristalizadas cortadas, amêndoas e nozes também cortadas, pinhões e passas misturadas com farinha
1 cálice de vinho do Porto

Amassa-se o açúcar com a margarina amolecida; juntam-se os ovos alternadamente com a farinha misturada com o fermento e bate-se tudo muito bem. No final mistura-se o vinho do Porto na massa.
Utilize-se uma forma retangular forrada com papel vegetal onde se feita a massa às camadas alternando com a mistura de frutos secos enfarinhados para não se depositarem todos no fundo.
Coze em forno quente (180º) durante, pelo menos ¾ de hora. A meio da cozedura espete metades de nozes ou amêndoas inteiras no cimo do bolo para enfeitar.

Experimentem! É muito bom.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Bom fim de semana

Para desintoxicar das notícias bafientas destes governantes reles (palavra "cognata" de relvas) deixo hoje imagens da Primavera aqui do meu nano-mini-micro jardim com votos alegres de bom fim de semana.











Ah! E já agora os meus gatos também desejam um fim de semana de Primavera!



quarta-feira, 20 de março de 2013

C'est le temps de l'amour

Pronto! Já chegou a Primavera! Não que o tempo tivesse melhorado muito, não! Esteve imenso frio por aqui mas a chuva, pelo menos hoje, fez o favor de se recolher. Não que o governo tivesse refreado a sua fúria cinzenta, nublada, perturbada, desequilibrada de nos fazer enregelar os ossos com medo como noutros tempos que é melhor nem recordar. Não! É que as notícias avisaram que «o Equinócio que marca o início da primavera no hemisfério norte ocorreu às 11h02m de quarta-feira dia 20 de março e esta estação prolongar-se-á até às 05h04m do dia 21 de junho, altura em que ocorre o Solstício de verão.» Por isso, não há dúvida! Pelo menos no que toca a estes assuntos científicos, os jornalistas não dão opiniões nem os enviesam de acordo com as suas perspetivas politico-partidárias...

 Ora não me perguntem porquê, mas sempre associei ao aparecimento da Primavera (deixem-me escrever com maiúscula porque ainda lhe dou muita importância...) a canção «Le temps de l'amour» de Françoise Hardy dos meus bons velhos tempos de adolescente todos os dias apaixonada e que  vou deixar aqui.





Para quem preferir uma voz mais máscula se bem que também muito bem timbrada, deixo Au printemps pelo saudoso Jacques Brel.


   


É só escolher! Divirtam-se! E façam o favor de ser felizes! Li no Crónicas do Rochedo que hoje celebra-se o Dia da Felicidade - seja lá isso o que for...