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(Imagem do filme "Ligações Perigosas") |
A menina tinha sido
educada nos preceitos da Santa Madre Igreja.
Vemo-la,
adolescente quase adulta, no confessionário dizendo ao senhor padre:
- Ai, padre, perdão!
Sou tão volátil, tão volátil, mas tão volátil!
O padre, confuso,
sem perceber o que ela queria dizer, pergunta-lhe:
- Minha filha,
volátil como? Explique-me.
E aí a menina
confessou que tinha um namorado, mas que era tão volátil, tão volátil, que
assim que via outro rapaz bonito e bem apresentado, não resistia a beijá-lo a
abraçá-lo e assim… mas gostava muito do namorado.
- Minha filha – diz
o padre – não és “volátil”, tu queres dizer que és “volúvel”…
- É isso, padre!
Sou muito volúvel, mas prometo que não vai voltar a acontecer!
O pior é que, na semana seguinte, lá se apresentou a moça no confessionário
dizendo que era muito “volátil” e que tinha voltado a pecar com mais dois ou
três rapazes lindos que tinha conhecido.
O padre de novo a recriminou, não sem antes repetir que não era “volátil”,
mas “volúvel”.
- Sim, padre. Volúvel! Muito volúvel!!
Passados uns dias, quando a jovem apareceu perante o padre, antes que ela
abrisse a boca, o padre falou exaltado:
- Não me diga que voltou a acontecer!
- Padre, perdão! Foi agora mesmo à entrada da igreja: vi um rapaz lindo e
não resisti! Tive de o beijar! Eu já lhe tinha dito que sou muito volátil! Muito volátil...
E o padre, esquecendo-se por momentos dos seus hábitos e da sua função,
quase gritou:
- Não é volátil, não! É muito put@! Muito put@!