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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Pedaço de boa literatura II


O trecho é retirado de um dos contos da coletânea «O Amor em Lobito Bay» de Lídia Jorge, publicada pela D. Quixote, em abril de 2016.

O conto chama-se «Imitação do Êxodo» e começa assim:

«Devemos levar as crianças ao encontro da Natureza, de outra forma elas ficam entaipadas entre casas e cercas, e julgarão que o mundo é finito. Pobres delas, e pobres das mulheres e dos homens que já vivem por antecipação no interior das suas recentes vidas, se não souberem desde cedo que a Humanidade não se conta por números, que a Terra faz parte do Cosmos, que o amor é um texto sem limites.

Pobres delas se não souberem que algumas das estrelas que vemos no céu já desapareceram na noite dos tempos, mas a sua luz ainda brilha no firmamento, e assim, sabendo-o, se descubram pequenas. Pobres delas, também, se não compreenderem que a efémera, a frágil prima da libélula, só vive durante um dia, e logo morre, e é bom que o entendam para que se sintam grandes. Sim, devemos coloca-las tanto diante das realidades limitadas quanto das paisagens livres, para que se sintam grandes. Sim, devemos coloca-las tanto diante das realidades limitadas quanto das paisagens livres, para que se apercebam, desde cedo, que a vida dos homens é uma agulha oscilante entre extremos. Só assim, colocando as crianças entre os grandes espaços e os seres pequenos, elas saberão dizer quem são, quando lhes couber a si mesmas construírem o futuro do mundo.»

Mas desengane-se o leitor se espera que esta seja a introdução para uma daquelas histórias lamechentas em que as maravilhosas criancinhas transfiguram a inocência dos anjos…

Até porque, a contracapa do livro diz sobre estes contos que “parecem chegar até nós com a finalidade de inquietar porque subvertem uma ordem” ...



(Pintura da minha amiga Paula Pereira)


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Depois do Natal

Até dá para ouvir este Grito de desespero... depois do(s) jantar(es) de Natal...



quarta-feira, 27 de junho de 2018

Exposição de José Luís Tinoco

As belas instalações do Banco de Portugal em Leira, depois do encerramento daquela dependência, foram transformadas em espaço para exposições de arte.



Ontem, com tempo que me sobrou de alguns “recados” que tinha para fazer, e também para refrescar do calor do início da tarde, entrei para visitar a exposição “Os Ateliers” do leiriense José Luís Tinoco. Esse mesmo: o da música!

José Luís Tinoco nasceu em Leiria em 27 de dezembro de 1932. (o resto da vida de Tinoco dedicada às artes poderão lê-la aqui)









O amolador noturno

Ceia

Claraboias 





Autorretrato



Sultanas







Jardim

Desenhou muitos selos para os "nossos" CTT.

















E na música






Um verdadeiro artista!


segunda-feira, 25 de junho de 2018

Le temps des cerises

É realmente o tempo delas. Das cerejas. E o que eu gosto de cerejas. Todos gostamos, tenho a certeza.

Cezanne pintou-as desta forma no seu estilo pós-modernista.


Cá por casa aparecem algumas em formas bem interessantes:

fálicas...




... ou em forma de coração




Todas lembram porém a canção revolucionária da Commune de Paris que deixo aqui para recordar.




sábado, 14 de abril de 2018

Nós e os Outros - uma exposição

Gostei especialmente do título da exposição. Com efeito, foi também este o título que criei para o primeiro Projeto Educativo que escrevi lá para "a minha" escola - «Nós e os Outros - uma Aprendizagem para a Vida»

E por isso quis muito ir visitá-la.




Finalmente em Leiria começa-se a dar a conhecer, ou melhor, a fazer retirar do esquecimento, as pessoas de valor que aqui viveram.

Neste caso, e baseados no quadro «Nós» (1923) do pintor Lino António, trata-se de fazer renascer, das brumas do passado, quatro amigos das Belas-Artes que aqui se encontraram e que, juntos e em grande amizade e parceria, aqui trabalharam. 



Foram eles: Narciso Costa (1890-1969), "o mestre de todos nós", Luís Fernandes (1895-1954), Lino António (1898-1974) e António Varela (1902-1962). Todos pintores e  escultores, todos nados e criados em Leiria ou arredores, à exceção de Narciso Costa que veio para cá em 1914 como professor de Desenho da Escola Industrial e Comercial de Leiria. 


Impossível mostrar aqui a grandeza de todos eles, como impossível me será mostrar todas as maravilhas que a exposição - que tão bem montada está - nos deixa ver.

Narciso Costa, o mestre informal, o amigo e depositário de muitas confidências














Luís Fernandes, escultor, desenhador, pintor, instrumentalista, violinista, professor.



Retratando  Narciso Costa

Leiria

Busto de Miguel Torga


Recanto da Praça Rodrigues Lobo


Casa dos Pintores

Lino António, destacado nome do modernismo, pintor, professor.



Retrato de Manuela Costa, filha de Narciso Costa e afilhada de lino António,
(ainda minha ilustre colega na "minha" escola)




Leiria ainda com a praça de touros

Nazaré



António Varela, pintor e arquiteto modernista, desenhador de edifícios, professor.



Retratando Narciso Costa

Foi o arquiteto da moradia da Rua do Alcolena, no Restelo, com azulejos de Almada



Retrato do arquiteto Varela pelo pintor Eduardo Viana

Convido as pessoas de Leiria (e não só) a visitarem esta excelente exposição a fim de conhecerem a obra destes artistas quase desconhecidos.

Ao domingo nem se paga a entrada no Museu Mimo, ali junto ao Castelo - aproveitem!


Para saber mais: https://www.regiaodeleiria.pt/2018/04/nos-e-os-outros/