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domingo, 9 de agosto de 2015

Much ado about nothing!

… o mesmo é dizer «uma tempestade num copo de água»!

Refiro-me, naturalmente, à «feira» que os jornais e as redes sociais têm criado em redor dos cartazes – outdoors, usando a «bela língua de Camões» usada antes do acordo ortográfico de 1990 – do PS.

Se não mais há que para animar a chamada silly season – para usar uma vez mais a bela língua de Camões – e já que estamos em pré-campanha e é chato fazer chacota do falsos números do desemprego que o “governo” mandou anunciar, das cenas do BES, do aumento de dívidas nas contas da água, luz e telefone, ou até mesmo do vazio do ultraliberal programa eleitoral da coligação PAF, viremo-nos para qualquer coisinha do PS que anime as hostes e, já agora, denigra um pouco mais o «inimigo», nem que seja pegando pelos cartazes!

E o pior é que são, muitas vezes, os de dentro que apontam o dedo convencidos que assim é que ficam bem vistos mostrando isenção ou para se armarem em engraçados.

Dizem-me que isto não tem importância nenhuma, que é só para empatar o verão, que o pessoal não vota influenciado pelos cartazes e mais não sei o quê. Mas, entretanto, vêm os comentadores de serviço dizer que não o PS não tem dinheiro para as campanhas, que não há organização ou liderança, etc, etc, aquilo que lhes vem à cabeça.

Apetece-me transcrever o que o ex ministro Santos Silva escreveu na sua página do facebook dirigindo-se ao novo director de campanha.

«Caro Duarte Cordeiro, diretor da campanha do PS a partir de hoje, aceite estes conselhos de burro velho:

Não se deixe impressionar pelos ataques. Tudo o que o PS fizer, disser ou puser cá fora continuará a ser violentamente atacado. Seja o que for, será submetido a um escrutínio mil vezes impiedoso do que aquele que a direita tem, com a cumplicidade ativa ou passiva de todos quantos, à esquerda, persistem em ver o PS como adversário principal, ou confundem a política com estados de alma. E sabe porquê? Porque o PS pode ganhar mesmo as eleições e assim estragar o arranjinho a muito boa gente e a muito poder fático.
(…)
Valorize o que o PS tem de melhor em 2015: uma alternativa à austeridade no quadro da Zona Euro; e um excelente candidato a primeiro-ministro, António Costa.

Esqueça a secção política dos media e os remoques das redes sociais. O que interessa é continuar a dizer às pessoas comuns que (a) mais quatro anos das mesmas políticas perpetuarão o desastre e (b) têm agora uma oportunidade de escolher uma alternativa séria, realista e competente. E as pessoas decidirão.»

Poupem-nos! Se eu fosse o António Costa, acabava com os cartazes todos, já!

Depois logo se via com que é que iam pegar.



terça-feira, 16 de junho de 2015

Auto-imolação? Não, obrigada.



Já aqui disse uma vez que gosto de ler (que me desculpe o Henriquamigo que não vai com a cara do cara…) as Opiniões de Sérgio Figueiredo às 2ª feiras no DN.

Ontem, antes mesmo de ter tido tempo de ler a do dia, comecei a dar conta que muitos dos meus facefriends estavam a partilhar (oh como odeio a conotação de hipocrisia que este verbo ganhou!) o texto de SF com apreço, a qual abordava a «entrevista que não aconteceu» de José Sócrates à TVI.

Não é novidade para ninguém (nem aqui nem em nenhum outro âmbito em que me mova – a transparência é uma das minhas imagens de marca) que me interessa particularmente tudo o que tenha a ver com a prisão profilática de JS, pelo que me apressei a ir ler o dito texto.

Confesso que fiquei bastante desiludida. Não propriamente com o texto jornalístico que este jornalismo pátrio é tudo menos interessante, isento e sério, mas com o que fez exultar os meus facefriends. Que foi o seguinte: «Não devo nada a ninguém. Muito menos a Sócrates. Ao contrário de outros, outrora amigos, eternos da onça, que se escondem entre as frases ocas que proferem e as visitas que não lhe fazem. Partido cobarde, partido escondido, partido assustado. (…) Mais impressionante que a coragem de Sócrates em permanecer dentro de uma cela, entre delinquentes, é a falta dela em António Costa e na maioria dos dirigentes socialistas, que deliberadamente confundem justiça com amizade.»

O jornalista faz o que o patrão quer que ele faça que é fazer transmitir a mensagem de que António Costa é um fraco que não defende o ex dirigente do partido. É isso que convém aos partidos do governo. Naturalmente se António Costa viesse a terreiro dizer que JS é o único preso político deste país democrático (?) e fosse visitá-lo todas as semanas, o jornalista (este e os outros todos) viria dizer que este era um candidato perigoso (Já não corajoso) porque queria a todo o custo sobrepor-se ao poder judicial e estava claro que defendia as mesmas políticas de JS que “obrigaram” o país a chamar a tr(o)ika…Sempre de acordo com aquilo que o patrão quisesse que ele escrevesse.

Agora serem os próprios militantes e simpatizantes do partido a fazerem a anti campanha, não me quadra nada bem. Mesmo sendo por solidariedade para com JS (e olhem que solidária estou eu com ele desde o primeiro minuto – e escusam de me criticar que não me faz diferença, nem me demovem) não consigo admitir que, numa altura em que há que fazer de tudo para mudar o triste destino que este país escolheu há quatro anos e que este partido é o que melhor se perfila para que isso aconteça, queiramos ser tão “politicamente corretos”, tão independentes, tão isentos que recorramos à auto-imolação!

É que para nos deitarem por terra já temos a coligação e a esquerda dita única.  

domingo, 28 de setembro de 2014

Yes, Yes, PS!



Ideias soltas sobre um grande dia:

Contra tudo e contra todos, o PS continua a ser um, senão mesmo O grande partido.  

Ao acorrerem às 600 e tantas mesas eleitorais do PS, os portugueses mostraram que estão fartos deste "governo" e desta maioria de trapaceiros mentirosos que tem vilipendiado o país. 

Por muito que a oposição queira tentar convencer o povo que o partido está e vai continuar partido ao meio, viu-se que afinal a forma como se organizaram e como correram estas eleições primárias (as primeiras realizadas no país) mostra bem que  o partido está fresco e determinado.

Para além disso, tanto vencedor como vencido comportaram-se da forma mais lisa e digna nas suas intervenções e comportamentos. 

À imagem de outras "fraturas" que aconteceram dentro do partido no passado e de que já poucos se lembram, veremos que a eventual ferida agora aberta sarará com a rapidez de quem tem uma boa carnadura.

Ficou mal a pretensa indiferença do professor da TVI e sua partenaire face ao discurso de demissão do derrotado.

Ficou francamente mal ao Jerónimo - que, por acaso, também de Sousa como a supra citada partenaire - berrar a plenos pulmões que «as eleições no PS são uma farsa». Das duas, uma: ou se trata da proverbial falta de maleabilidade mental do PC ou de estrita dor de cotovelo.

Força, PS!!


quinta-feira, 26 de junho de 2014

De cara destapada

Sabe quem me conhece que sou, desde as eleições para a Constituinte, votante do PS. De “cara destapada” sempre, sem omissões nem hesitações, num meio não tão-somente conservador, mas acanhado, de direita a que até chama(va)m de Cavaquistão. E, ao mesmo tempo que, desassombradamente dizia aos PPD(s) da terra e da escola que se queixavam de determinadas condições – nos idos de 70 – «Eu não tenho a culpa, não votei AD!», também sempre fui bastante crítica de muitas ações levadas a cabo, de opções tomadas e de pessoas escolhidas pelo PS ao longo da sua existência. De tal modo que, um colega com quem trabalhei diariamente durante algum tempo, me chegou a perguntar «mas haverá alguém no PS de quem tu gostes?!»

Sofri com o descalabro que procedeu o aparecimento do PRD de má memória; lutei contra a liderança de Vitor Constâncio; nem sempre obedeci às casmurrices de Mário Soares; cheguei a vociferar contra algumas escolhas aqui do PS da terra e até votei fora do partido uma vez! Mas mantive-me sempre fiel aos meus/seus princípios.

Quando a crise financeira mundial quase nos submergiu, a direita viu que era chegada a altura para “ir ao pote” e em 2011, com os préstimos de uma determinada esquerda que sempre se considera especial, ficámos “sem chão”, já nos bastidores do PS havia algum tempo se perfilava, pressuroso, o camarada António José Seguro para agarrar as coisas e segurar as pontas. Alguém teria de o fazer – houve que o aceitar e apoiar, pois então!

Desde então tem sido aquele ramerrão a que se tem assistido próprio de uma figura mediana e com pouco rasgo a bem de um consenso que não interessa a ninguém, muito menos ao país, com alguns avanços ténues e mais uns tantos recuos – lembro-me de quando o partido esteve à beira de assinar por baixo os descalabros que este “governo” vem perpetrando ter escrito um vigoroso mail privado a uma das “nossas” deputadas eleitas por Leiria pedindo-lhe que «metessem algum juízo» na cabeça do “líder”. (Se assim tivesse acontecido, teria rasgado o meu cartão de trinta e tal anos – e, claro, não viria mal ao mundo nem ao PS se o tivesse feito…) E depois, lá se continuou a «dar-lhe o benefício da dúvida» mas sempre na expectativa de um rasgão, um abanão por parte do secretário-geral! Que nunca aconteceu.

Agora que, extemporaneamente ou não, o abanão veio de fora e as perspectivas são diferentes (melhores, bem melhores) para o partido e para o país, o secretário-geral não foi capaz de exibir a rectidão de carácter que eu acreditava que ele teria e mostrar o espírito democrático que é – ou deveria ser – apanágio de um partido como o PS abrindo caminho para uma escolha livre (pois não foi o que ele repetidamente pediu ao presidente da República para fazer em relação ao “governo”?).

Posso tentar fazer um esforço para compreender as razões que o levam a uma atitude destas. Agora o que eu não consigo nem quero tolerar é que, num ato de desespero desdenhoso e estúpido, venha agora (finalmente “de cara destapada”) mostrar todo o “desamor” (não ia dizer “ódio”!) que sempre sentiu pelo primeiro-ministro anterior e depois de saber como foi difícil e forçado aquele momento, dizer que «nunca teria assinado aquele memorando de 2011»!

(retirado do facebook)

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A opinião de Daniel Sampaio

Tenho o maior apreço por este Senhor e por (quase) tudo o que ele diz e escreve. Por isso deixo aqui a sua opinião sobre a crise de liderança que se vive no PS e com a qual concordo.

Só lamento que tenhamos de pensar assim sobre o atual Secretário-Geral do partido. É que, apesar de tudo, ele é um de nós.

Costa: A renovada esperança

«Eu também quero escrever sobre António Costa. Sem qualquer ambição política ou necessidade de notoriedade, pretendo apenas dizer que senti um apelo a que não posso ficar indiferente: Costa devolveu-me a esperança na política e a crença de que vale a pena confiar num futuro melhor.

Costa significa para mim um renovado interesse pela política e a expectativa de que não estaremos condenados, nos próximos quatro anos, a suportar, por mais tempo, a apagada tristeza em que vivemos.
Conheço Costa há muitos anos. Recordo a campanha, por si dirigida, que levou o meu irmão à sua histórica vitória sobre Cavaco Silva, em 1996. Estive a seu lado no primeiro êxito para a Câmara de Lisboa, em que conseguiu reunir à sua volta muita gente fora do Partido Socialista. Alegrei-me com o seu expressivo triunfo nas últimas eleições autárquicas.

Dá-me prazer ouvi-lo na Quadratura do Círculo, o único programa de política que me interessa. Apreciei o seu trabalho como ministro. Considero-o competente para liderar um Governo. Tem um passado com provas dadas. É inteligente e decidido. Por isso escrevo este texto.

A liderança baça de Seguro nem sequer entusiasma os mais próximos. Quando alguém diz que se teve de anular três anos para garantir a unidade interna define-se, a si próprio, como um líder incapaz de unir através de um projecto mobilizador, que juntasse à sua volta um significativo número de cidadãos. A sua estratégia de transformar as eleições europeias numa espécie de antecâmara do triunfo nas legislativas resultou num fracasso: a vitória foi magra, das 80 medidas ninguém é capaz de citar mais de duas ou três, a sua pretendida pretensão de ser já considerado o futuro primeiro-ministro não passou de um desejo partilhado por poucos. As suas frases actuais, proferidas num tom pretensamente firme e audaz, estão tanto ao arrepio do seu comportamento habitual que soam a encenação mediática de segunda. Durante três anos, apregoou a importância do crescimento sem nunca explicar como fazer, prometeu não aumentar impostos mas ninguém acreditou, rodeou-se de colaboradores cinzentos de que não conseguimos fixar um nome. No limite, parece alguém a quem se pediu para desempenhar o papel de protagonista numa peça de prestígio, mas que se mostra apenas capaz de ser actor secundário num teatro de província.

Costa não é o salvador. Estamos todos fartos de homens providenciais, que apareceram, em diversos momentos da nossa história, para nos salvar do abismo. O seu triunfo dependerá de programas concretos, de alianças anunciadas e honradas, da sua capacidade de transformar o PS — e a sua terrível burocracia partidária — numa organização que nos entusiasme a apoiar. O seu êxito será possível se nos explicar como pode governar de modo diferente da actual coligação do poder. Vencerá as primárias se souber contornar todas as armadilhas que lhe vão pôr no caminho, a começar pela data de 28 de Setembro, escolhida para dar tempo a um estrebuchar final do “aparelho” pretensamente fiel a Seguro. O tempo que falta pode desgastar a sua imagem e enfraquecer a força da sua proposta inovadora, por isso é importante dosear as mensagens, baixar as expectativas, manter viva a renovada esperança.

Com uma certeza: se António Costa vencer no partido, ganhará no país. Todos sabemos isso»     

sexta-feira, 19 de abril de 2013

40 anos!

No dia 19 de Abril de 1973,  militantes da Acção Socialista Portuguesa reunidos em congresso na cidade alemã de Bad Münstereifel, aprovaram, por 20 votos a favor e sete contra, a transformação da ASP em Partido Socialista. Foi já - ou apenas - há 40 anos!



Em cima, da esquerda para a direita: Fernando Borges, Liberto Cruz, José Neves, Carlos Queixinhas, Jorge Campinos e António Arnaud.

Na fila do centro: Maria Barroso, José Maria Roque Lino, Rui Mateus, Fernando Valle, Mário Soares, Carlos Carvalho e Francisco Ramos da Costa.

Em baixo: Fernando Loureiro, Castanho de Menezes, Bernardino Gomes, António Gomes Pereira, Gustavo Soromenho e Lucas do Ó.

Parabéns!