domingo, 31 de maio de 2015

Canções de Amor (2)

Hoje, a rubrica Canções de Amor é dedicada à música francesa, sempre tão bela, tão doce, tão romântica.

Espero que gostem da minha seleção.



Les fueillies mortes  (1951)





L’hymne à l’amour  (1957)




Ne me quittes pas  (1959)








Il faut savoir  (1965)





sábado, 30 de maio de 2015

A Leiria de há cem anos

Amigos, vejam-se transportados à Leiria de há cem anos!

A notícia veio no jornal «O Século de Leiria» do dia 30 de Maio de 1915 e dizia assim:

«ACTUALIDADES LOCAES

Festas da cidade

É nos dias 30 e 31 de Maio que se realizam estes festejos que prometem atrair a Leiria inúmeros forasteiros.
Além das solenidades religiosas e bodo aos pobres na Igreja do Espírito Santo, haverá iluminação, tiro aos pombos, theatros, 2 touradas, no sábado à antiga portugueza e no domingo começará a tourada por uma ferra de novilhos, rancho de tricanas, fogo do minho, etc. etc.
Para o público apreciador de theatro há boas notícias, pois vem da capital a Companhia de Theatro Éden, já com dois annos de reconhecida existência.
Em boa hora a Companhia evita os distúrbios na capital e estreia peça na cidade do Liz, com Palmira Bastos, Augusto Melo, Robles Monteiro e Amélia Rey Colaço no elenco. 
A estadia na cidade serve ainda de preparação para evento igualmente magestoso em Braga, na cidade Augusta.
A comissão dos festejos pede aos habitantes da cidade para decorarem durante os dias de festa, as fachadas de suas residências, o que agradece...»

(Nota da editora:o texto segue a ortographia do antiquíquíquíssimo Acordo Ortográfico....)

De facto, hoje, 30 de Maio de 2015, exatamente cem anos passados, não houve tourada, nem bodo aos pobres, nem teatro com a Companhia de Robles Monteiro, nem fogo do minho... Mas viu-se muita gente daqueles tempos.... Ora reparem.












































Uma enorme azáfama!!


sexta-feira, 29 de maio de 2015

O golfe chegou ao Alentejo

Três Alentejanos reunidos  tentam encontrar uma nova maneira de passar o  tempo.

Diz um:

- Ó compadris, já chega de sueca e dominó. Tou farto dist !!

Diz outro:

- Atão e se fossemos jogar golfi ?

Pergunta o primeiro:

- Atão, ó! compadri, com'é quisso se joga?

- É c'um pau, umas bolas e um buraco.

Responde o outro :

- Atão tá beim ; ê cá dou o pau.

Diz o segundo:

- Prontos,  ê cá dou as bolas.

Responde o terceiro:


- Compadris, ê cá nã jogo.




quinta-feira, 28 de maio de 2015

Clausura

Há, no Palácio da Vila, em Sintra, um pequeno quarto – conheci-o há muitos, muitos anos atrás e impressionou-me bastante – chamado «Quarto dos Infantes» onde o infeliz rei Afonso VI foi encarcerado, depois de ter regressado da Ilha Terceira para onde fora deportado cinco anos antes. De regresso a Lisboa, foi alojado nesse quarto de pequenas dimensões no Palácio de Sintra, apenas nesse Verão já que nas restantes estações do ano o quarto recebia muito frio e muita humidade. Porém lá permaneceu, «sepultado, como se fora morto» (nas suas próprias palavras) até à sua morte, nove anos depois.




A janela do quarto dava para a Serra, de onde os seus leais amigos, o Conde de Castelo-Melhor por exemplo, comunicavam com ele enviando-lhe sinais de fogo – diziam os cicerones do Palácio. E chamavam a especial atenção dos visitantes – nos quais me incluí várias vezes – para as lajes do chão do quarto gastas de tanto o infeliz rei andar no quartinho de um lado para o outro.



Lembrei-me deste triste episódio da nossa História e dos meus conhecimentos de juventude um dia destes ao atravessar aquela minha sala e subir e descer estas minhas escadas. Para cá e para lá, vezes sem conta. Salvas as distâncias espácio-temporais e históricas, às vezes sinto que também este meu chão vai acabar por ficar gasto…


terça-feira, 26 de maio de 2015

Voltemos à política...

Voltemos então à política!

Tem sido notícia mais que repetida. Esta espécie de governo que nos calhou (por culpa de muitos) quer brindar-nos, já em final de mandato, com esta bela notícia: quer cortar ainda mais uma batelada de dinheiro aos velhos. E, para equilibrar o voto para o seu lado, quer que o PS assine por baixo. Pois então!

E o que fazem os partidos da chamada extrema-esquerda? O jeito à direita - tal como fizeram em 2011...

E o que faz a senhora da Apre? Continua a pavonear-se por aí que é o que ela mais gosta de fazer (e não é de agora...) 


(do facebook)

Não há nada que enganar:
Não se esqueçam de voltar a votar neles!!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Poema matemático

Não, desta vez não venho desfeitear o ministro (C)rato, nem pôr em causa os exames de matemática e menos ainda os professores da dita. Sou de Letras, bem sabem…

A questão é que hoje sinto-me tão abatida (sei lá porquê) que, porque sou de Letras, antes que ponha aqui um Antero ou um Ruy Belo que vos deixe ainda pior do que eu estou, é melhor lançar mão da Trigonometria Amorosa que essa sim, é escorreita, exata, linear e amoral (Cuidado! Atenção! Eu não disse «imoral»!)


Vejam se gostam.

TRIGONOMETRIA MATEMÁTICA

Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.                                                  


Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.

Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.

"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."

E falando descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma Perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral E diferencial.

E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos
Viciosos.
Ofereceu, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema, ela era a fração
Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade.
Como aliás, em qualquer Sociedade.

(Millôr Fernandes)

domingo, 24 de maio de 2015

Canções de amor

A entrada de hoje é especialmente dedicada à nossa amiga Afrodite para que ela não fique com a impressão de que gosto mais de política do que de música...

E porque se trata de uma deusa do Amor, aqui vão umas lindas canções de amor. 

Espero que ela - e todos os que por aqui passarem - goste(m).

















Hei de voltar com outras mais...

Tenham uma boa semana!

sábado, 23 de maio de 2015

Os casais japoneses também discutem...




E você, não discuta! Tenha um bom fim de semana!


Orpheu

(No dia em que se celebram os Autores Portugueses e no ano dos cem anos de Orpheu, não podia deixar de aqui chamar os grandes autores da Revista que, em 1915, foi uma verdadeira pedrada no charco…)

No início de 1915, após ter passado dois anos no Brasil, Luís Montalvor regressou a Lisboa com a ideia de criar uma revista luso-brasileira com o título Orpheu. Coincidentemente, Pessoa e Mário de Sá-Carneiro – ao longo do ano de 1914 e com a colaboração de Alfredo Guisado e Armando Côrtes-Rodrigues – esboçaram sumários para uma revista literária que se deveria chamar Lusitânia, ou então Europa. Lusitânia era, aliás, o nome de uma revista que Pessoa planeava publicar ainda antes de travar conhecimento, em 1912, com Mário de Sá-Carneiro. Juntaram-se as duas iniciativas e, como Sá-Carneiro pôde financiar o empreendimento (graças ao pai), nasceu Orpheu, que teve dois números, publicados no final de março de 1915 e no final de junho do mesmo ano. Vários planos e tentativas, antes e depois do suicídio de Mário de Sá-Carneiro (abril de 1916), conduziram finalmente à impressão, em julho de 1917, de provas parciais para um Orpheu 3 que nunca chegaria a ser completado. Faltava, nomeadamente, a colaboração de Álvaro de Campos.

Pessoa, José de Almada Negreiros e outros colaboradores de Orpheu sempre insistiram no mútuo respeito existente pela individualidade de cada um, e é certo que não se impunha qualquer linha doutrinária que todos devessem seguir, mas Pessoa e Sá-Carneiro eram os verdadeiros dirigentes da revista. (…)

Fernando Pessoa e Sá-Carneiro procuravam surpreender, agitar as mentalidades, questionar os valores estéticos consagrados, escandalizar o bom senso, e não há dúvida que Orpheu representou um momento de rutura e viragem na história da literatura e cultura portuguesas. A revista e o impulso que ela consubstanciava tinham, todavia, significados distintos para os vários participantes. No caso de Fernando Pessoa, Orpheu estava intimamente ligada ao Sensacionismo. (…)

A inclusão de obras em Orpheu – o desenho de José Pacheco na capa do primeiro número, os quatro hors-textes de Santa Rita Pintor publicados no segundo e os hors-textes de Amadeo de Souza Cardoso previstos para o terceiro – recorda-nos que o Sensacionismo tem a ver, antes de mais nada, com as sensações: o ver, o sentir, o ouvir … Alguns dos seus contemporâneos acusaram Pessoa de intelectualizar tudo, de ser irremediavelmente cerebral – o que é verdade, se considerarmos a imaginação como apanágio da inteligência. Com efeito, não foi com um raciocínio árido e incolor, mas sim com a sua capacidade de sentir de forma imaginativa e vívida, que o poeta-fingidor logrou escrever obras tão diversas e cheias de visão, emoção, assombro e silêncio como aquelas que publicou em Orpheu.


(in “Fernando Pessoa Sobre o Orpheu e o Sensacionismo”; Cabral Martins e Richard Zenith; 2015: pp 109-112)





quinta-feira, 21 de maio de 2015

A Educação afunda-se

Foi um texto que Santana Castilho – o sempre ressentido Professor que não foi escolhido para ministro da Educação – escreveu no Público no passado mês de Abril. Tem o “romântico” título de «A Educação afunda-se com Nuno Crato a tocar no convés». Eu sei que a referência ao naufrágio do Titanic não o permite, mas, por mim, poria o ministro a tocar no porão…

Diz então o Professor no seu artigo, entre muitas outras coisas acertadas, que «as práticas que o programa [de Português, com metas como se de uma maratona se tratasse] preconiza (…) tipificam a vã glória de Nuno Crato: retroceder três décadas e sacralizar as piores práticas.» Esta afirmação refere-se ao novo de Português para o ensino básico, mas pode ser alargada a toda a governação do actual ministro. E continua o Professor: «Este programa tem uma extensão irrealista face à natureza psicopedagógica das crianças a que se destina. Este programa [como o ministro, afinal] é obsessivo em relação aos exames. O homem que se referiu às ciências da educação como ciências ocultas ficará, paradoxalmente, notabilizado por contaminar o sistema educativo com um cientismo econometrista baixo, que alastra perigosamente, aprisionando os docentes e reduzindo-os a um funcionalismo imposto pela burocratização normativa.»

Entretanto, as escolas andam numa deriva que mais não é do que o reflexo da deriva em que anda o país.

Em nome dos sacrossantos exames que, não sei por que teoria educativa aprendida por esta espécie de ministro não se sabe onde, passaram a ser realizados a partir do 4º ano, o 3º período letivo deixou de existir em termos de conteúdos. Primeiro porque os professores se sentem na obrigação de “mecanizarem “ os miúdos para a tipologia das perguntas das provas de exame a fim de terem bons resultados. Depois, e o mais caricato, os exames (do 4º e do 6º anos) são marcados para meados do mês de Maio o que transtorna completamente a vida nas escolas (e nas famílias) já que deixa parte das turmas sem aulas porque as salas e os professores estão ocupados com exames. E quem consegue manter os alunos motivados e concentrados nas aulas que se seguem aos exames se já prestaram provas? Depois de todo este desatino, há que terminar o ano letivo o mais cedo possível para se começar a tratar dos exames do 9º ano…

Enquanto no tempo de antes desde promotor de exames o 3º período terminava calmamente na última semana do mês do Junho, agora – e sempre em nome da melhoria das aprendizagens dos alunos (!) – há alunos do ensino básico que terminam as aulas já no próximo dia 5. E que fazem as famílias com eles em casa já daqui por pouco mais de uma semana?

Ah! Estranho povo que tudo suporta, que tudo tolera, que tudo aguenta, sem pedir responsabilidades a ninguém.





quarta-feira, 20 de maio de 2015

Geometria




Mas é o que há mais! Especialmente as «mentes quadradas»...

terça-feira, 19 de maio de 2015

Mais flores, mais flores, mais flores

Quem se lembra deste poema?

É preciso avisar toda a gente
dar notícia informar prevenir
que por cada flor estrangulada
há milhões de sementes a florir

É preciso avisar toda a gente
segredar a palavra e a senha
engrossando a verdade corrente
duma força que nada detenha

É preciso avisar toda a gente
que há fogo no meio da floresta
e que os mortos apontam em frente
o caminho da esperança que resta

É preciso avisar toda a gente
transmitindo este morse de dores
É preciso imperioso e urgente
mais flores mais flores mais flores...

João Apolinário – 1924 - 1988




Poema cantado por Luís Cilia em meados de 60 do século passado quando tudo tinha de ser dito por meias palavras, por metáforas, por flores....







Lembrei-me quando hoje dei conta que as hortenses rebentaram com força neste Maio no meu pequeno jardim.













Mais flores, mais flores, mais flores...


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Onde estão os cajados portugueses?

(daqui)


“Onde estão os cajados portugueses
que algum dia se ergueram
Em defesa da honra e da justiça?
Marmeleiros lustrosos
e castanhos robustos,
onde estais ,onde jaz adormentada
vossa força elegante
em justiceiros giros,
que não saís de novo
contra quem vem - o verso é de Os Lusíadas -
a despir e roubar o pobre povo ?
O doce chão da Pátria
vê-lo-ás empenhado em mãos de usura;
já todo o Portugal,
do extremo norte ao sul
(menos a parte inchada da fartura),
pendurado se vê do Prego imenso
e do Prego pendendo se balança
do Minho verde até o Algarve azul !"....


Éclogas de Agora - Afonso Lopes Vieira, 1935


domingo, 17 de maio de 2015

O futuro é daqui a bocadinho

Nunca fui pessoa de projetos. Para mim projetos fazem-nos os arquitetos e mesmo esses falham e são tantas vezes alterados. Tive sempre a noção de que o futuro é daqui a bocadinho e, daqui a bocadinho, tudo pode estar virado do avesso. Se calhar porque lá em casa eram um bocado instáveis e andávamos sempre a mudar de casa e de terra, se calhar porque aprendi, à força e desde muito nova, a lidar com as mortes repentinas dos meus mais próximos.

Não suporto a ideia que entrou na moda há uns tempos, aí pelos anos 90, de que tudo tem de obedecer a um projecto, até a vida. Essa do projecto de vida é, no meu modesto entender, mais uma daquelas expressões retóricas falaciosas com que gostam de nos encher a cabeça para que pensemos que somos um povo tão organizado que até fazemos projetos para a vida.

Foi sempre contrariada que fiz, na minha profissão, planificações a longo prazo (que raramente cumpríamos por força de circunstâncias várias que, de um momento para o outro, alteravam tudo). Depois veio a «moda» dos projetos educativos (e elaborei vários lá para a “minha” escola! Imaginam-me a estudar e a propagandear a Metodologia de Projeto? Detestei!) e dos projetos curriculares e mais não sei o quê e o que mais que, garanto-vos, em nada melhoraram coisa nenhuma no que toca às aprendizagens dos alunos. Serviram essencialmente para assoberbar os professores com papelada e para, com essa papelada – quanta mais, melhor! – encher dossiers para a Inspeção-Geral  chegar às escolas e classificá-las de Muito Bom se tiverem X quilos de papelada bonita e apelativa ou de Suficiente se tiver apenas alguns gramas da mesma. Pouco interessa se os alunos fizeram aprendizagens ou não. Interessam os papeis, se possível com muitos gráficos comparativos…

Mas porque estou eu a falar de escola? Eu queria apenas dizer que não acredito na “moda” dos projetos porque o futuro é daqui a bocadinho e, daqui a bocadinho, pode já estar tudo ao contrário.

Tudo isto porque me lembrei daquela canção – lembro-me tantas vezes! – «Look what they’ve done to my song, Ma!» A gente pensa que vai ser assim, desta e daquela maneira, como romanticamente imaginámos a nossa canção e, de repente, sopra um vento destrambelhado  e muda tudo…

Foi em 1969 que a Melanie Safka nos trouxe essa canção na sua voz arrastada e rouca de cantora folk e, no ano seguinte, a (malograda) Dalida apresentou-a na versão francesa «Ils ont changé ma chanson».


Vejam qual preferem.







sábado, 16 de maio de 2015

Como ter um corpo para a praia

As temperaturas estão a subir. Hoje esteve um verdadeiro dia de verão e aposto que muita gente rumou à praia, que nestas coisas de sol e de mar, o pessoal atualmente é muito exagerado.

Então vou deixar aqui umas "dicas" (como detesto esta palavra!) para saberem como fazer para ter aquele "corpinho de sereia" para ir para a praia. É assim que eu faço e... dou-me bem...





Ah! E também evito coisas que me engordem, claro!!



Bom fim de semana!!

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Mas a perfeição não existe!

De nós elas exigem que sejamos sempre perfeitas (mesmo sabendo que a perfeição não existe) sem se lembrarem que até nós, apesar do amor incondicional que por elas nutrimos, precisamos de alguma contemplação, alguma efusão, algum comprazimento…

Mais c’est bien…. C’est comme çá…




quinta-feira, 14 de maio de 2015

Dia da Espiga

Hoje foi o Dia da Espiga. A tradição mandava que se fosse merendar aos campos e apanhar o ramo de espiga. Chegados a casa, pendurava-se o ramo na cozinha ou na sala de jantar porque se acreditava que traria fartura todo o ano.

A espiga de trigo entre os antigos foi sempre o símbolo de Fartura e Abundância: Ceres para os romanos ou Deméter para os gregos era a deusa da Fartura, dos cereais e das colheitas. 

O ramo da espiga tem um valor simbólico.Simboliza a fecundidade da terra e a alegria de viver. As espigas simbolizam o pão e a abundância, as papoilas o amor e a vida, o ramo de oliveira a paz e as margaridas o ouro, a prata e o dinheiro.

Por isso deixo aqui o mais belo ramo de espiga que encontrei para oferecer a quem de boa mente por aqui passar. Pendurem-no nos vossos corações como sinal de fartura de alegria e amor.





quarta-feira, 13 de maio de 2015

Nascer a 13 de Maio

Tenho um amigo que faz anos hoje, 13 de Maio. Na casa dos oitenta, conheço-o desde o dia em que, vai para 41 anos, me apresentei na “minha” escola aqui em Leiria. Passámos bons e belos momentos na nossa velha escola – a D. Dinis nas instalações do antigo Lyceo Rodrigues Lobo (com a escrita de não sei que acordo ortográfico…) – já que foi ele que, ainda nos loucos e revolucionários idos de 70, me desafiou para aquelas coisas da direção da escola, convidando-me, ou melhor, obrigando-me a ser sua vice-presidente. Um dia, apresentou-se em minha casa (nem sei como a descobriu) com um papel azul na mão e disse-me: «Assina aqui que precisamos de ti para vice-presidente do Conselho Diretivo!» E eu assinei, quase sem saber ler nem escrever…

Depois foi a loucura de dirigir uma escola de prestígio um ano e tal depois de deixar de ter Diretor (daqueles do antigamente) com quem, aliás, nos dávamos e nos demos sempre muito bem! Ficámos todos seis – cinco elementos do Conselho e um amigo do peito que funcionava como assessor – sempre muito amigos e, durante anos, nos juntámos em jantares habituais em que contávamos anedotas e ríamos até às tantas. Numa dessas noites, decidiu que tínhamos de ir roubar maçãs para a quinta do pai nos arredores de Leiria. E lá fomos nós com sacos e tudo para trazer as maçãs “roubadas”. Com tanto azar que fomos “apanhados” não sei bem por quem que se pôs aos tiros para o ar e tivemos de fugir a correr. Como disse acima: loucuras dos idos de 70.

Encontrei-o há dias com a mulher no supermercado – que é onde encontro muitos dos antigos colegas, vejam lá o desconchavo! – e disse-lhe: «Olha que nunca me esqueço do teu dia 13 de Maio!» Riu-se e tratou de me dizer que já fazia oitenta e… e que daí a dias iam os dois fazer uma viagem a Israel e que gostava muito de viver e tinha pena de deixar isto tudo… «É que eu sou uma pessoa serena e gosto desta vida calma da província e tudo. Sou assim de nascença.» – dizia. E, a propósito, contou-me como, no dia em que estava para nascer ali no Vidigal, o pai queria um carro de praça para ir buscar a parteira a Leiria e não encontrava nenhum em parte nenhuma porque era dia da Senhora de Fátima e os carros de praça estavam todos para lá. Por isso o pai teve de ir de burra até Leiria e trazer a parteira na burra e ele esperou serenamente para nascer… Rimo-nos bastante mas lamentei pela pobre mãe…


Anos 30 do século passado, nos subúrbios próximos de uma capital de distrito e era gente de algumas posses… (Vejam só o atraso deste país. Desde tempos imemoriais!)



terça-feira, 12 de maio de 2015

Mediocridade



Estão a lembrar-se de alguém em especial?!


segunda-feira, 11 de maio de 2015

A Pia do Urso

Fica aqui perto, no concelho da Batalha, freguesia de S. Mamede, lá no alto da serra. 

Um local com raízes históricas e que foi (muito bem) aproveitado para ser transformado num belo e cuidado parque temático. 

Local a visitar! Foi o que fizemos no feriado do 1 de Maio com os miúdos.

Breves considerações históricas sobre a Pia do Urso

Já no tempo dos Romanos, o lugar de Pia do Urso era utilizado como ponto de passagem, restando ainda na localidade de Alqueidão da Serra (Porto de Mós), um troço da via então existente e que servia os grandes povoados, nomeadamente Olissipo (Lisboa), Collipo (Batalha/Leiria) vindo a cruzar-se depois na direcção de Bracara Augusta (Braga) a Mérida, então capital da Lusitânia.

Dada a morfologia do terreno existente – assente num maciço rochoso calcário esventrado por dezenas de reentrâncias nas rochas designadas por pias – este local constituía-se como o único de Porto de Mós a Ourém com grandes quantidades de água.

Já na Idade Média, mais precisamente em 1385, a Pia do Urso foi local de passagem das tropas comandadas por D. Nuno Álvares Pereira, na caminhada efectuada de Ourém a Porto de Mós com destino a Aljubarrota onde, nesse local, decorreu uma das batalhas mais decisivas para a afirmação da independência de Portugal.

O Condestável, de acordo com os relatos de então, terá aproveitado este local paradisíaco para efectuar uma paragem e, assim, descansar. As tropas lusas terão aqui recolhido algumas pedras lascadas utilizadas na Batalha de Aljubarrota.

Cerca de 500 anos mais tarde, o Concelho da Batalha, a Freguesia de São Mamede, e em particular o lugar da Pia do Urso, foi também ponto de passagem dos militares das invasões francesas, que por entre pilhagens e massacres efectuados, dizimaram populações e património.

Dada a singularidade do espaço natural onde está inserido, o lugar de Pia do Urso carrega em si um misto de fábula e magia.

Dizem os mais antigos que o nome se ficou a dever ao facto de um urso (provavelmente um Urso Ibérico) aproveitar uma das pias existentes no maciço rochoso e aí beber água com frequência.

A pia em questão apresenta um declive natural que facilitaria a este e a outros animais a ingestão do líquido, numa zona, recorde-se, densamente arborizada.
















































Que tarde bem passada!