Sabem os simpáticos leitores que por aqui passam que não fui eleitora de Marcelo Rebelo de Sousa e posso avançar que dificilmente alguma vez o serei. Mas ao ouvir hoje a sua (para mim inesperada) alocução ao país sobre as medidas que recentemente foram anunciadas pelo governo, nomeadamente no que respeita ao 3º período escolar e à libertação de presos das cadeias por razões sanitárias, tive de concordar - comigo própria que é com quem mais discuto desde há algum tempo... - que, de facto, o senhor está a portar-se como um verdadeiro Presidente: com um discurso ponderado, estruturado, seguro e verdadeiramente pedagógico, como apoiante rigoroso e incontornável das pessoas, do governo, do país no seu todo.
A seu favor tem este Presidente a educação de berço, uma cultura de gerações, grande poder e experiência de argumentação convicta e muitos anos de pedagogia.
Não, não penseis nem por um momento que estou a deixar-me convencer... Mas uma ideia latente se repete na minha cabeça: «E, como seria, se tivéssemos ainda o anterior presidente?!»
Seria mauzito, seria bem diferente, seria bem pior...
(E desculpai esta minha mente tantas vezes perversa, mas ... quando nas televisões anunciaram as provações por que muitos idosos estão a passar num lar de Boliqueime... nem queiram saber o que fugidiamente me veio à lembrança... que vergonha...)