Quem como eu adora a música dos Queen e assistiu com as filhas a muitos episódios dos Marretas, não pode ficar indiferente a esta animação tão bem adaptada à atual pandemia!
Quem ainda não conhecia - como eu - bem pode deliciar-se!
Decalcada na belíssima Bohemian Rhapsody dos míticos Queen, não se resiste a ver e rever e divulgar esta Bethlemian Rhapsody que, de forma bem divertida, relembra o nascimento de Jesus.
Se não conhecem, não percam. (só lamento que as legendas não sejam em português)
Há dias foi transmitida a notícia
de que em França iam proibir os telemóveis nas escolas. Do jornal para onde
escrevo uns textos pediram-me, na qualidade de ex-professora e presidente de
escola, um comentário sobre o assunto para um fórum que publicam todas as
semanas.
O comentário que apresentei foi o
seguinte:
«Parece-me uma ótima medida.
Oxalá pudéssemos nós, no nosso país, aprender com esse bom exemplo. Durante as
aulas, o processo de aprendizagem necessita de atenção, concentração e sossego
para que se realize – talvez se poupasse muito dinheiro aos pais em explicações!
Por outro lado, os intervalos servem para gastar energias acumuladas, descansar
a mente e conversar de viva voz e não estar “enfronhado” nos aparelhos. Outra
vantagem será o “desligar” dos pais, tornando as crianças e os adolescentes
mais autónomos.»
Pois fiquem a saber, caros
amigos, que o meu foi o único texto favorável à medida francesa. Senti-me
autêntica «velha do Restelo»!
Os restantes participantes no
fórum eram o Professor Daniel Sampaio, dois professores da Escola Superior de Educação
e Ciências Sociais aqui de Leiria, um diretor de agrupamento de escolas e o
diretor de um centro de formação de professores. Todos liminarmente contra! com
exceção do diretor de agrupamento, que ainda falou em mudança de metodologias
na sala de aulas. Todos os restantes comentadores não são professores de
adolescentes há anos e estão a ano-luz da realidade das escolas e do ensino que,
de um modo geral, ainda se pratica nas salas de aulas.
Diz um: «Quando a escola
diaboliza uma tecnologia perde a oportunidade de educar para ela. Ao diabolizar
os telemóveis, perde também as múltiplas funcionalidades destes equipamentos para
potenciar a renovação dos contextos de aprendizagem.»
Outro acrescenta: «Há mais vantagem
no uso do telemóvel nas escolas do que na sua proibição para voltar ao uso do
dicionário de milhares de páginas e à pesquisa em atlas ou enciclopédias tantas
vezes desatualizadas.»
E ainda outro: «A proibição de
levar o smartphone para a escola é,
para mim, uma medida exagerada e que poderá revelar algum desconhecimento sobre
estas matérias.»
O Professor Daniel Sampaio, por
quem nutro a maior consideração, apresenta uma opinião um tanto naïf: «Não concordo porque o telemóvel
faz parte da vida dos adolescentes e também dos seus professores. (…) Quer em
família, quer na escola, é preciso criar regras de utilização, em que há
períodos em que é possível utilizar o telemóvel, nos outros períodos não é.»
Todos eles falaram do uso do smartphone em termos de ferramenta de
estudo e de pesquisa no âmbito da sala de aula, quando sabemos muito bem que a
grande maioria das aulas – com honrosas exceções, naturalmente! – continuam a
ser bastante expositivas, com base nos manuais adotados e pouco mais.
… … Mas como diziam os outros: don’t let me be misunderstood! * Nada tenho contrao uso das tecnologias! Eu
própria tenho um I Phone e um I Pad e gosto. Os meus netos também têm
os seus gadgets eue usam e gostam. Mas tudo tem o seu tempo e o seu espaço.
Se os miúdos os tiverem ali à mão na escola, garanto-vos que – a não ser nas
aulas de TIC ou nas bem programadas para o seu uso, que são poucas – eles não
os usam senão para irem ao facebook ou
ao Messenger, ou até com outras finalidades piores...
Como hoje estou com muito mau feitio e porque estamos no mês
do amor e porque não quero ser azeda
para os meus amigos… trago uma bela canção de amor dos meus queridos Fab Four.
E até me atrevi a fazer uma proposta de tradução da letra –
que é tão bonita!
Espero que gostem.
Há lugares de que me lembro
toda a minha vida, embora alguns tenham mudado.
Alguns para sempre, mas não para melhor
Alguns desapareceram, outras permanecem
Com namorados e amigos de que ainda me lembro bem
Alguns já morreram, outros estão vivos
Amei-os a todos durante toda a minha vida!
Mas de todos esses namorados e amigos
Ninguém se compara contigo
E aquelas lembranças perdem o sentido quando penso nesse novo amor.
Embora não perca a afeição por aqueles que te antecederam,
Uma das "minhas" canções do Álbum Branco (1968) dos "meus queridos" Quatro Fabulosos. Sempre me vem à memória de cada vez que sinto aquele imenso «Cansaço» de que fala Álvaro de Campos.
E hoje trago-a aqui porque é mesmo assim que me sinto...
Não resisto! Todos os anos pelo Verão me vem à lembrança e ao "trauteio" a alegria jovem e provocante desta musiquinha dos nossos inquietantes sixties jovialmente interpretada por Cliff Richard acompanhado pelos Shadows.
Os meus amigos - rapaziada da minha idade - bem se lembra dela e de outras que pertenceram à banda sonora do filme «Mocidade em Férias».
Não é a primeira vez que a passo aqui, mas é isso: não resisto!!
E... deixa cá uma saudade dos doces anos adolescentes!!
Não há como me levar a mal esta minha "nostalgia da adolescência"...
Também Fernando Pessoa - e Álvaro de Campos e Bernardo Soares - escreveram tantos e tão belostextos estando-lhes subjacente uma profunda «nostalgia de infância» e ninguém lhe leva a mal por isso...
Enjoy your Summer holiday ! (que é como quem diz:)
Primeiro dia de Verão. Curiosamente bem mais fresco que os últimos desta Primavera.
Depois de tudo, a lembrança desta musiquinha louca que conta as loucuras dos dias de Verão dos loucos tempos de 60/70.
Esta, do estilo skiffle*, foi mesmo editada em 1970 e foi um sucesso em Inglaterra e nos Estados Unidos. E por cá também, que eu bem me lembro... e até tenho o single...
Alguém se lembra?
* skiffle - música folk com influência de jazz e blues.
Diz-nos João Gobern, que tanto sabe de música, que «passa no próximo dia 1 de Junho meio século sobre a edição do disco que ajudou a mudar a face da música» - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Clube Band - e que, em Liverpool, já se começou a festejar com a organização do festival Sgt. Pepper at 50 que teve início ontem.
Por esta altura os Fab Four tinham já decidido não continuar a fazer espetáculos, descontentes que estavam com os concertos que, diziam eles, eram «mais histeria do que música» porque nem conseguiam ouvir-se uns aos outros. O último concerto que deram foi em Agosto de 1966 em San Francisco.
Assim, puderam, neste disco, usar instrumentos musicais diferentes - dado que não teriam de interpretar as canções em público - e, inclusivamente, usarem uma orquestra de 40 músicos para gravarem a canção A Day in the Life.
Ui quantas vezes dancei e pulei ao som desta música!! Os "meus" Diamantes bem nos brindavam com esta musiquinha bem louca nos bailes e nas festas e nós pulávamos e gritávamos até o suor e o cansaço tomar conta de nós... Loucuras dos tempos de 60 ...
Mas hoje - como noutros tantos dias - I can't get no satisfaction.... e não sei porquê.
Fica a canção - que é um espanto de vida e de excitação.
A minha pena era não haver, naquele tempo, cursos de Inglês e Francês na Faculdade. Nesse tempo, a matriz eram as filologias germânica ou românica. Só depois de 80 e tantos as filologias deram lugar às Línguas e Literaturas Modernas que permitiram licenciaturas de Inglês e Francês, que era o que eu gostava de ter feito. Too late!
Daí que tenha sempre gostado de canções que misturem as duas línguas.
Lembram-se de «Ma Belle Amie», de 1970? Lindinha... mesmo.
Para não falar da belíssima Michelle dos nossos saudosos Beatles. Desta lembram-se de certeza. Uma delícia.
Por uma forte ironia do destino, o autor de uma das mais emblemáticas canções modernas de Natal, George Michael, partiu - dizem que serenamente - no próprio dia de Natal.
Jovem de mais para partir, digo eu. Só que o coração não avisa, nem nos desperta antes de partirmos...
(Para saber mais, ver em https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Michael
Não, não vou pôr-me aqui a dizer se concordo, se discordo com a atribuição do prémio deste ano. Da mesma forma que não disse nos anos anteriores em que nem conhecia os escolhidos, nem a sua obra, nem sei se são bons escritores ou nem por isso.
Os prémios, como todas as avaliações, por muitos critérios que se definam à partida, acabam sempre por ser algo aleatórios e altamente discutíveis
Ora como «a literatura hoje já não precisa de problemas, a não ser desse grande problema que é a sua própria existência»(Nuno Júdice) se calhar pode abranger (ou ser abrangida por) outras áreas. Assim, eu permito-me escolher um Nobel da «Literatura» mais ao meu gosto. Podia escolher cantores/poetas de intervenção como Chico Buarque, ou Sérgio Godinho, ou Juan Manuel Serrat, ou tantos outros de outros tantos países que não conheço, mas, como é ao meu gosto, escolhi estes...
... também foram cantores/poetas de intervenção...
«Rapaziada da minha idade» e quem gosta dos Beatles, ficai lá a saber que é já amanhã que estreia o filme The Beatles: Eight Days a Week, «uma aventura visceralmente musical [que se desenvolve] também como um conto filosófico sobre a fama, suas euforias e ilusões, proezas e equívocos, num salutar contraponto à ideologia contemporânea dos "famosos" televisivos. É, além do mais, um filme de inequívoca comunhão afectiva,
incluindo depoimentos actuais de Paul McCartney e Ringo Starr, e tendo contado
com a colaboração de Yoko Ono e Olivia Harrison, viúvas de John Lennon e George
Harrison.»
«Num contexto audiovisual em que passámos a ter um
espectacular acesso a muitos materiais informativos, The Beatles: Eight Days a
Week celebra um princípio eminentemente cinematográfico, bem diferente da
"acumulação" tantas vezes favorecida por modelos televisivos: a
reprodução dos clichés mitológicos não basta para compreender a dimensão e os efeitos
de um fenómeno, sobretudo de um fenómeno como os Beatles.»
Anteontem lembrei-me do «Should I stay or should I go» a propósito do referendo no Reino Unido. Hoje, depois do sim à saída da UE, e face aos variados (e desvairados) cenários políticos mais ou menos assustadores dos nossos «comentadeiros» lembrei-me da letra da bela canção «Without You» da excelente banda sonora do extraordinário filme «My Fair Lady» que serve tão bem ao Reino Unido como, por outro lado, serve à Frau Merkel e ao seu hobbit (Herr Schäubel) - se bem que eu ache que lhes falta a sensibilidade suficiente para apreciarem esta peça de arte...
Apreciem um pouco da letra e digam se lhes aplica....
There'll be
spring every year without you
England
still will be here without you
There'll be
fruit on the tree
And a shore
by the sea
There'll be
crumpets and tea without you
Art and
music will thrive without you
Somehow
Keats will survive without you
And there
still will be rain on that plain down in Spain
Na véspera do dia do referendo no Reino Unido sobre a saída ou não da União Europeia, muitos britânicos devem estar a relembrar esta cançãozinha dos anos 80 dos The Clash, perguntando-se «should I stay or should I go»...
O melhor é mesmo levarmos isto «na desportiva», que a questão é séria...