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terça-feira, 10 de julho de 2018

Tudo está bem quando acaba bem...

Shakespeare é que sabia: all’s well that ends well… e, de facto, …

Terminou hoje e em bem o drama vivido por aqueles doze, ou melhor, treze rapazes (que o dito treinador pouco mais velho é do que eles) que se viram encurralados numa gruta exígua e escura, rodeados de água e quase sem hipótese de serem resgatados.

Sendo embora gente de uma cultura muito diversa da nossa, com uma educação muito mais virada para o domínio da mente e para o controlo das emoções tão exacerbadas por nós ocidentais, não dá sequer para imaginar a inquietação daquelas famílias, nem a tensão que se terá vivido dentro da gruta.

Não interessa agora esgrimir aqui argumentos, nem dar opiniões, nas quais nós, portugueses, conseguimos ser tão pródigos. (Espanto-me quase sempre com a pobreza dos temas que são postos à discussão naqueles fóruns televisivos e radiofónicos para avaliarmos da nossa (tacanha) propensão para o “achómetro”… Mas a SIC propôs para o fórum de hoje que os espectadores se pronunciassem sobre o que achavam sobre o caso…)

O que interessa mesmo – e isso fez o nosso dia – é que, rapidamente o mundo se uniu para enviar todo o apoio possível e impossível, recursos materiais e humanos, equipas médicas, equipas de mergulhadores especializados, polícias e outros profissionais que acudiram de forma completamente generosa para procederem ao salvamento daquele grupo de jovens.

Uma união, no mínimo, arrepiante! Bem hajam por isso!

Desculpe-se-me a minha talvez ingenuidade, mas só me pergunto por que razão este(s) movimento(s) cívico(s) e humano(s) não funciona(m), de igual modo, no sentido de obviar tanto sofrimento, tanta agonia que grupos de crianças (e não só) têm de enfrentar quando fogem da violência e do horror da guerra ou da fome.




quinta-feira, 10 de maio de 2018

Dia da espiga

Quinta-feira da Ascensão - dia de ir à espiga! 

(daqui)


Não sei porque dizem “Que espiga!” duma contrariedade.
A espiga é o símbolo da nossa esperança no porvir.
No raminho que dantes se apanhava neste dia
havia também a papoila, a risada da alegria,
e o raminho de oliveira, para que a luz nunca falte.
Irei ao campo em pensamento apanhar esses símbolos
para os pendurar por cima da lareira
que não tenho.
Vivemos quase todos longe do que é natural
a que a poesia nos regressa.

(Teresa Rita Lopes, in facebook)



“Se os passarinhos soubessem que era quinta feira da Ascensão, não comiam nem bebiam, nem pousavam os pés no chão.” (ditado popular muito antigo)

terça-feira, 8 de maio de 2018

Não bata em quem está em baixo

Em inícios dos anos 60, o meu pai foi a Nova York - não sei bem porquê, mas foi; nunca parava quieto e foi o que fez de melhor porque partiu cedo, muito cedo. 

Nessa altura eu era uma daquelas «teenagers inconsssientes», no meu 4º ou 5º ano do liceu, já encantada com a língua inglesa (de que era feita a música dos Beatles e do Elvis e do Cliff e do Little Richard e do Paul Anka e sei lá de quem mais) e meu pai - que me trazia sempre de onde ia os singles mais atuais - dessa vez trouxe-me um pesa-papéis em forma de poliedro com inscrições de frases populares. Em inglês, claro! 

Foi daquelas lembranças de que nunca me separei (até porque ele viria a morrer pouco tempo depois). 

Hoje lembrei-me (sabe-se lá por que motivo...) de o trazer aqui por causa de um dos ditos lá inscritos que diz assim:

Never hit a man when he is down he may get up

que o mesmo é dizer: Nunca batas num homem que esteja em baixo; ele pode levantar-se.


(Para de falar enquanto eu estou a interromper)

Entretanto aqui ficam outros ditos que possam achar divertidos e... certeiros.


Silêncio! O génio está a trabalhar
Se és tão esperto porque é que não és rico?
Há uma coisa que o dinheiro não pode comprar - a pobreza


(Não sejas escravo do ordenado; arranja um emprego para a tua mulher)


(Para matar o tempo tenta trabalhar para a morte dele)


Eu gosto da minha profissão: odeio é o trabalho!
Trabalho: o flagelo da classe bebedora.
PEMSA!!


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Brrr... que frio!

Não sei porquê, mas a minha avó espanhola, acerca do frio do mês de Fevereiro, dizia sempre: «Fevereiro, fêveras de cão...»


Mas eu deixo aqui um gato...





terça-feira, 12 de dezembro de 2017

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Com o fogo no rabo...

É, de facto, a imagem de quem vai... com o fogo no rabo....




(porque rir é preciso...)

Bom fim de semana!!



sábado, 19 de novembro de 2016

O 1º Sol de Inverno

A minha mãe dizia que «não havia sábado sem Sol, domingo sem missa nem segunda sem preguiça». De facto,  a manhã de hoje, sábado, brindou-nos com um lindo Sol, mas de tal modo emoldurado por um ventinho frio que não o deixava aquecer o ar. O primeiro sol de inverno deste ano

E aí veio-me à mente o verso «como o sol de Inverno, não tenho calor» - Simone, nos idos de 60. Belo slow. Belo poema. 

Vamos recordar?




quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Vendo-a como a comprei…

Não se trata de uma anedota. A história verdadeira foi-nos contada há pouco e passou-se com uma familiar próxima de quem no-la contou. E rimos a bom rir. Eu vou apenas (re)contá-la para todos vós. «Vendo-a como a comprei». Mais ou menos. Com mais ou menos particularidade, com mais ou menos adjectivo, com mais ou menos advérbio. Sabe-se que «quem conta um conto, aumenta (sempre) um ponto»…

Era uma senhora distinta, já avó de netos, temente a Deus, respeitadora constante de todos os Mandamentos da Santa Madre Igreja e presença assídua na missa e em outros acontecimentos da sua paróquia.

Um dia veio de passeio até às Caldas da Rainha, cidade por de mais conhecida pelas suas vistosas loiças – e nem é preciso nomear o Bordalo Pinheiro – e pensou que lhe ficaria bem levar uma lembrança ao senhor prior.

Entrou em diversas lojas da especialidade e bem lhe mostraram as belas peças em forma de folha de couve, outras ornamentadas com belas lagostas e outros animais e apetitosos frutos, mas nada disso – pensava a piedosa senhora – agradaria ao senhor prior.

Até que lobrigou uns frades capuchos muito rechonchudos e de olhar seráfico que fizeram as delícias da senhora: seria a prenda ideal para o senhor prior. Mandou embrulhar, pagou e sentiu-se satisfeita no seu intento.

Já os meus amigos estão a ver a cara da senhora e do senhor prior quando este recebeu e abriu a prenda!!


     


    

domingo, 19 de junho de 2016

A meter os pés pelas mãos!

Vigeland Park, Oslo (daqui)

Acreditem pois os meus amigos se quiserem. Sou eu própria que já ando a meter os pés pelas mãos!

O que aconteceu foi o seguinte: daqueles montes de felpos vendidos ao quilo. Sabemos todos bem de mais que as mulheres, de uma maneira geral, não resistem a meter as mãos nesses montes de panos vendidos em jeito de pechincha (ou mais ou menos…) E eu até estou um bocado precisada de comprar saídas de banho daquelas turcas fofinhas para pormos os pés molhados quando saímos do banho. Olha aqui uma às riscas brancas e azul turquesa de pano bom, 100% algodão, que coisas com fibra não têm bom toque nem secam nada! Fica mesmo bem sobre os mosaicos cinzentos, alegra a casa de banho e tudo. Bom tamanho e baratíssima. Meti-a no carrinho das compras e pronto!

O pior é que, quando cheguei a casa e lhe peguei para pôr a lavar, reparei – só então reparei, minha nossa senhora de Fátima!! – que a boa da toalha  tinha um debrum azul turquesa de cada lado. Qual saída de banho, qual carapuça! É uma toalha de cozinha para limpar as mãos!

Agora digam-me se eu ando ou não a meter os pés pelas mãos?!

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Que bom é passar pelas brasas!

É a isto que literalmente se chama «passar pelas brasas»...

E há muito quem goste...


terça-feira, 3 de julho de 2012

A fortaleza de Almeida

E a propósito das fortificações de Elvas, há que deixar também aqui marca da estrela de Almeida, outra das fortificações abaluartadas de Portugal.



No princípio, eram os castelos, de madeira ou pedra, sempre altaneiros, a impedir a entrada dos inimigos.

Venciam-se pelo fogo, catapultando para dentro bolas de lume ou ateando as portas. Também pela doença, através do lançamento, para o interior, de cadáveres de vítimas da peste, designação genérica de doenças contagiosas de morte certa. Foi o início da guerra biológica. Por vezes, simplesmente, esperava-se. A fome e a sede levariam os sitiados à rendição. Habitualmente, tomava-se o castelo transpondo as muralhas, com engenhos e escadas.

Mas as técnicas militares começaram a mudar. Em 1453, os turcos tomaram Constantinopla usando canhões que “vomitavam fogo”, não os trons usados em Aljubarrota (1385), que apenas lançavam pedras esféricas.

Esta nova arma tornou os castelos medievais obsoletos, incapazes de resistir ao fogo cerrado do inimigo. Dois ou três disparos bastavam para abrir uma brecha na muralha e permitir a entrada e a conquista. Ficaram para alimentar o nosso imaginário romântico, de príncipes e princesas.

As fortificações tiveram de se adaptar à nova arma. A primeira, em Portugal, foi a parte inferior da Torre de Belém, de influência italiana. Mas seria a necessidade de defesa face a Espanha, após a Restauração de 1640, que obrigou Portugal a construir uma ampla rede de fortalezas modernas, nas fronteiras terrestres e marítimas.

Em vez das muralhas altas dos castelos, fizeram-se muros grossos e baixos, quase a nível do chão, intervalados por fossos fundos e largos, com canhões apontados para o exterior, em todas as direções. No subsolo, escavaram-se abrigos, as casa-matas.

Assim nasceu a fortaleza de Almeida. O velho castelo lá continuou, mas apenas a servir de paiol da pólvora.




Na sua versão final (1747), a praça-forte de Almeida era uma estrela de 12 pontas, ou seja, um duplo hexágono, com seis baluartes e outros tantos revelins. É envolvida por um fosso de 12 m de largo, ao longo de um perímetro de 2,5 km. Guarneciam-na 5000 homens e possuía mais de uma centena de bocas de fogo de diversos calibres. Dispunha de compartimentos à prova de bomba, as casa-matas, onde se podia acolher a guarnição e os civis durante os bombardeamentos, bem como paióis subterrâneos e um hospital de sangue, também devidamente protegido. 

Almeida sofreu importantes cercos em 1762, durante a Guerra dos Sete Anos e em 1810 por ocasião da III Invasão Francesa. Foi nesta altura que um tiro dos artilheiros de Massena acertou num dos paióis da praça, situado no castelo medieval, provocando uma violenta explosão que destruiu parte da fortaleza e levou à rendição dos defensores (25 de Agosto de 1810).


Entrada do Castelo

Conhece-se bem o dito popular «Alma até Almeida!» que significa coragem, firmeza de ânimo perantes as adversidades, os reveses, os sofrimentos. Conta-se que esta expressão tem origem no seguinte:

«Um sobrinho de Junot foi gravemente ferido. A ordenança tentou conduzi-lo ao hospital mais próximo que era na praça de Almeida, ocupada, está-se a ver pelos franceses em 1807. Sempre que o esforçado tenente desanimava pelo caminho o soldado que o amparava dizia-lhe para o animar:
 
- Alma até Almeida, meu tenente!»



Fontes

 
 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

18. Amores de Verão

Os nossos irmãos brasileiros dizem que «o amor de Verão não sobe a serra». Por cá diz-se que «os amores de Verão ficam enterrados na areia».

E, a propósito, vêm-me à ideia duas canções de amores de verão que por aí ficaram – enterrados na areia.
Vejam se se lembram! (Só a rapaziada da minha idade, claro… …)

Love letters in the sand 

 


 ... e dizia assim:


On a day like today
We passed the time away
Writing love letters in the sand


How you laughed when I cried
Each time I saw the tide
Take our love letters from the sand


You made a vow that you would ever be true
But somehow that vow meant nothing to you


Now my broken heart aches
With every wave that breaks
Over love letters in the sand



Ou então esta, um pouco mais recente: Derniers Baisers



... que dizia assim:
Quand vient la fin de l'été sur la plage
Il faut alors se quitter peut-être pour toujours
Oublier cette plage et nos baisers

Quand vient la fin de l'été sur la plage
L'amour va se terminer comme il a commencé
Doucement sur la plage par un baiser

Le soleil est plus pale mais nos deux corps sont bronzés
Crois-tu qu'après un long hiver notre amour aura changé?

Quand vient la fin de l'été sur la plage
Il faut alors se quitter les vacances ont duré
Lorsque vient septembre et nos baisers

Quand vient la fin de l'été sur la plage
Il faut alors se quitter peut-être pour toujours
Oublier cette plage et nos baisers, et nos baisers
Et nos baisers !

Mas não se fiem nos ditos populares nem nas canções românticas!

Cá em casa, os amores do Verão de 1966 não ficaram enterrados na areia da Ericeira. Ainda duram, vai para 46 anos… …

domingo, 6 de março de 2011

Gatices...





Quem disse que gato escaldado de água fria tem medo?!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quem pela hera passou...



Andei a aparar as heras do meu (mini)jardim. Trouxe-as de Sintra, a minha terra do coração. E lembrei-me: havia um dito popular que uma professora de lavores (nesse tempo as meninas tinham professoras de lavores!) me ensinou que dizia assim:

“quem pela hera passou
e uma folha não apanhou,
do seu amor não se lembrou.”

E nós, pré-adolescentes do colégio, apaixonadíssimas pelos nossos colegas do dito colégio (que felizmente era misto, coisa que não acontecia com os liceus, só que liceus só havia nas cidades principais e quem queria, ou melhor, quem podia estudar, tinha de se sujeitar a ir para o colégio que era pago pelos pais porque não havia contratos de associação com o estado como há agora – e ainda dizem que dantes é que era bom!) passávamos pelas heras – que em Sintra despontam e crescem por todo o lado – e, rebentando de rubor e paixão lá arrancávamos uma folhinha de hera e fendia-mo-la pela nervura principal (e, por essa altura até já sabíamos de cor o nome de todas as nervuras dos vários tipos de folha...) com muito jeitinho porque, se a folha se rasgasse em duas direitinha pela nervura, era sinal de que ele gostava de nós...