terça-feira, 27 de março de 2012

Mulheres do teatro



 


Eu cá sou como a Tatão. A do Pai Tirano, sabem? Não sou muito dada ao teatro, que se há de fazer?
Especialmente o dito teatro "de vanguarda". Aquele que ou não se entende nada ou que é tão exagerado que não se aguenta. Quero dizer, eu não aguento!

Há muitos anos, nos idos de 70, ganhei uma bolsa de estudo da Gulbenkien e passei um mês em Inglaterra. Ora uma das atividades previstas foi levarem-nos ao teatro em Stratford-upon-Avon, a cidade natal de Shakespeare. A peça a que assistimos foi "The Importance of Being Earnest" (A Importância de se Chamar Ernesto) de Oscar Wilde e eu até gostei. Bastante. O pior foi que, no fim, os meus colegas portugueses saíram todos muito irritados porque aquilo tinha sido uma coisa antiquada e sem qualidade. À época, eu era muito nova e ainda muito metida em mim pelo que pensei - como era habitual em mim - que seria eu a ignorante... Agora, à distância no tempo e em termos de auto confiança, vejo que não foi nada mau, eles é que estavam armados em "modernos".

Mas, não sou grande amante de teatro. Tenho, porém, toda o apreço e toda a consideração pelos  artistas de teatro que se matam a trabalhar, ganham pouco, têm poucas ou nenhumas regalias sociais e antes que sejam considerados e chamados para trabalhos têm de se sujeitar a muitas provações. E antigamente pior ainda talvez.  Por isso hoje para lembrar o Dia Mundial do Teatro deixo aqui uma imagem muito antiga com uma série de mulheres do teatro português do início do século XX que encontrei no blog Fabulásticas

Legenda:
 
Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Luisa Satanela, no Teatro Avenida, Auzenda de Oliveira, no S. Luís, Palmira Bastos, no Gimnásio, Elisa Santos, no Salão Foz, Deolinda de Macedo, no Teatro Águia de Ouro, do Porto, Berta de Bivar, no Nacional, Hortense Luz, no Maria Vitória, Lucília Simões, no Trindade, Elisa Carreira, no Eden, Filomena Lima, no Apolo, Raquel M. , no Variedades do Parque Mayer, Cremilda de Oliveira, como empresária no Teatro Carlos Alberto, no Porto e Adelina Fernandes, no Politeama.


10 comentários:

  1. Eu gostei muito The Importance of Being Earnest (quando li a peça e quando vi o filme na televisão).

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  2. Gosto de teatro, até mais do que de cinema.

    Mas , como tu, não me venham com experimetalismos e vanguardices coisas do género.

    Tem um dia feliz, linda

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  3. eu prefiro o cinema ao teatro, embora goste de teatro.e,como em tudo, aceito propostas arrojadas e vanguardistas, desde que tenham nexo e conteúdo, desde que se perceba que há um "fio condutor".
    afinal, amiga Graça, consegui aceder a este blog, via internet explorer. ainda bem.
    um abraço e marradinhas da bicharada.

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  4. ficou bonito, o blog, nesta nova versão.

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  5. eu também não sou grande adepto do dito teatro experimental, embora dependa muito dos actores, Graça.

    abraço

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  6. Eu até gosto de teatro mas não de "vanguardices"! :-))
    Sou um pouco démodée! :-))

    Abraço

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  7. Eu gosto de teatro, mas depende muito da peça. Tenho ideia que a seguir ao 25 de Abril se exagerou no teatro experimental e de vanguarda, a tal ponto que o público praticamente desapareceu. As coisas têm vindo a melhorar nos últimos anos, mas, mesmo assim, houve gente que não voltou às salas de teatro nem para ver uma comédia tradicional...

    Vi na TV essa peça que mencionas e até é gira. Os teus colegas deviam estar naquela fase revolucionária que só o que não se entende é que é moderno... :D

    Também gostei do cartaz antiguinho, no qual só reconheci dois nomes!

    Beijocas!

    ps - este post ou não foi atualizado ou escapou-me completamente... ;)

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  8. Olá amiga, venho cá quase todos os dias, não me passou a febre de te visitar!
    Fiz teatro a brincar nos anos setenta ainda no tempo em que não se podia dizer tudo, ou melhor quase nada, mas nós fazíamos revistas pelo Carnaval e dizíamos quase tudo. Gostei da experiência e tinha vocação.
    Gostava de lembrar que não foram só senhoras que deram vida e brilhantismo ao Teatro em Portugal, então e os homens?
    Só para lembrar, alguns do antigamente já que foi por aí que a tua escolha recaiu;- António Silva, Vasco Santana, Robles Monteiro, Raul de Carvalho, Rui de Carvalho, Chaby Pinheiro!...

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  9. Tens razão amigos Caínhas! Tivemos muito bons artistas de teatro e de cinema homens, mas só encontrei um cartaz com senhoras...

    Obrigada, Humana. E a todos!

    Beijinhos teatrais...

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  10. Uau! Link p'ró Fabulásticas...'Bigada!

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