A notícia espantou-me,
confesso! Aconteceu num agrupamento de escolas do concelho de Leiria, não
interessa qual. O Conselho Geral, que é o órgão da escola – constituído por
representantes dos professores, dos funcionários, dos pais, da autarquia e da
sociedade civil – que tem a competência para eleger o Diretor mediante
procedimento concursal prévio à eleição, decidiu nem sequer aceitar a
candidatura do único pretendente ao cargo deixado vago por aposentação do
anterior Diretor por entender que o projeto apresentado pelo candidato não
tinha qualidade e por ele, apesar de ter anos experiência no cargo, não se ter
atualizado. Desculpem a expressão do meu comentário, mas é d’homem!
Tendo em conta a legislação e se assumirmos que os elementos dos Conselhos Gerais regem a sua atuação
pelos Princípios Éticos da Administração Pública, nomeadamente os de Serviço
Público, da Boa-Fé e da Integridade, uma tomada de posição destas não deveria
causar espanto. Mas, infelizmente, sabemos que – atrevo-me a dizer – na grande
parte dos casos as coisas não funcionam da forma mais leal. A “promiscuidade”
que se pressente em alguns dos Conselhos Gerais de que tenho conhecimento com
os respetivos diretores deixa muito a desejar no que concerne à relação e ao
equilíbrio de competências que a legislação prevê. Desde candidatos a diretor
que se fizeram eleger para Conselhos Gerais Transitórios – que foram os
primeiros que funcionaram para eleição dos primeiros diretores – com a
finalidade de serem eleitos como presidentes do CG e assim poderem facilmente
manipular a sua eleição como futuros diretores, até à concretização de
irregularidades várias (devidamente denunciadas para a DREC e por esta
ignoradas), até à situação de presidentes do CG que vivem em união de facto com
diretores (como acontece num outro agrupamento de escolas das proximidades)
acontece de tudo por este país chamado de “brandos costumes” mas que não sabe,
nem quer cumprir as regras mais básicas da democracia.
Por isso, quando acontece
que os órgãos desempenham a sua função com grande sentido de responsabilidade e
de justeza e sem conivências nem medo de represálias ou de vingançazinhas
pessoais (já que se as relações institucionais entre o diretor e o presidente
do CG se movem na roda de “chefe-subordinado” versus “subordinado-chefe”) como
aconteceu naquele agrupamento que comecei por referir, temos de lhes tirar o
chapéu!
É d'homem pois!!
ResponderEliminarBjs
Só não sabe o que se passa nas escolas, quem lá não vive o dia e vida... Há, de facto uma promiscuidade entre os diferentes Orgãos e confira-se que vale mais cair em graça do que ser engraçado...
ResponderEliminarMas que e espantou esta tua postagem, espantou. Precisávamos de muitos com esta postura.
Beijo
Para quem não está dentro da profissão ou do sistema, esses esquemas são demasiado elaborados para se entenderem... :)
ResponderEliminarBeijocas!
Ou isso ou os presuntos que o candidato enviou no Natal estavam estragados!
ResponderEliminarÉ preciso resistir sempre
ResponderEliminara canalha anda à solta
Excelente minha amiga Carol!
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
Bem sei que estes temas são muito restringidos aos profs, mas não posso nem quero calá-los! Que me desculpem os meus queridos leitores e comentadores habituais. É, cada vez mais, necessário divulgá-los.
ResponderEliminarO Rafeiro brinca, mas... é como diz a Acácia Rubra, vale mais cair em graça...
Acácia, não sei porque te espantas com este meu texto! Olha que fui muito prejudicada e maltratada pelo CGT da "minha" escola. Não foram sérios comigo.