(Casa dos Penedos)
(Palácio do Milhões, agora Quinta da Regaleira)
Como sabem, sou uma apaixonada por Sintra. Por isso não resisto a deixar aqui notícia de que um dos mais prestigiados jornais norte-americanos, o Chicago Tribune, dedicou um artigo àquela minha vila do coração, dizendo que se trata de “um lugar mágico na ponta da Europa”. Faz referência às lojinhas da Vila Velha, à arquitectura dos palacetes e das casas senhoriais, aos hotéis e, especialmente à Quinta da Regaleira (daí a magia, pelo seu poço iniciático e todos os sinais que a ligam à maçonaria) e ao Cabo da Roca que é o ponto mais ocidental da Europa.
(Palácio do Milhões, agora Quinta da Regaleira)
Mas, para quem lá mora, ou morou, a magia vem da Serra com toda aquela vegetação luxuriante, do clima quase londrino que envolve os bosques e toda a serra em geral de neblina cerrada dias e dias a fio, lembrando Avalon e as suas velhas e misteriosas histórias sobrenaturais. A magia emana do interior da terra e como que nos agrilhoa ali, àquele largo que se abre no sopé da serra com o seu palácio medieval com aquelas chaminés gigantes onde o Rei de Aviz beijava as suas damas mas “era por bem”.....
Lá aprendi, em tempos, uma canção popular de que já só me lembro do princípio e que diz tudo. Era assim:
Não sei o que Sintra encerra
Que ao vê-la um dia
Nos enfeitiçamos
Não há em nenhuma outra terra
A graça, a alegria
Que nela encontramos
E a beleza não está, para os amantes de Sintra, no Palácio da Regaleira, vulgo do Milhões. A beleza está nos verdes musgados dos parques da Pena, no Palácio de construção romântica do príncipe de Saxe que casou com a nossa rainha D. Maria II e, para mim, especialmente no Palácio de Monserrate e nos seus frondosos jardins em volta que chegaram a ter duzentos jardineiros para tratar deles.
Lá aprendi, em tempos, uma canção popular de que já só me lembro do princípio e que diz tudo. Era assim:
Não sei o que Sintra encerra
Que ao vê-la um dia
Nos enfeitiçamos
Não há em nenhuma outra terra
A graça, a alegria
Que nela encontramos
E a beleza não está, para os amantes de Sintra, no Palácio da Regaleira, vulgo do Milhões. A beleza está nos verdes musgados dos parques da Pena, no Palácio de construção romântica do príncipe de Saxe que casou com a nossa rainha D. Maria II e, para mim, especialmente no Palácio de Monserrate e nos seus frondosos jardins em volta que chegaram a ter duzentos jardineiros para tratar deles.
(Palácio de Monserrate)
Nos anos da minha adolescência, nos nossos passeios pela Serra, íamos muitas vezes até Monserrate. Nessa altura, o Palácio estava fechado ao público e das janelas, por onde espreitávamos, podíamos admirar os belos tectos e as paredes. Mas as salas estavam completamente vazias. Que belas histórias de mistério construíamos nas nossas cabeças!
Essa era a verdadeira magia!
(Monserrate, em versão antiga)
Grato pela passagem em meu espaço.
ResponderEliminarSintra, a rainha das Vilas portuguesas , é-me bem lembrada. Por lá passei cerca de dois anos.Conheço-a muito bem e, por lá deixei algo de mim .O seu clima um tanto agreste, contradiz com a sua beleza infinita. Terra de reis, poetas e escritores célebres. Também duma gastronomia exuberante.Confesso que também Leiria está no meu peito, pois além de ter familiares residentes, alguns amigos por aí vivem.Quem sabe se um dia não nos encontramos também? Gostei de ver a apanha da azeitona, onde avós e neta colaboraram. Sou apreciador de azeitonas, pena que esse producto que tanto tem exportado o nome de Portugal seja tão maltratado. Gostei de ler a velha adivinha. Verde foi meu nascimento:- fêz-me lembrar os meus verdes anos.Como é bom recordar! É viver o passado.Sinceramente gostei de visitar este espaço e, espero continuar a segui-lo. Tenha uma boa semana. Um abraço de amizade. João
Sintra, a bela!
ResponderEliminarEu gosto muito de Sintra...
É uma vila onde apetece sempre voltar!
Bisous :-))
Obrigada, João, pela sua visita e pelas suas palavras. Viveu em Sintra? Eu também, durante dezasseis anos. Fui para lá em 58 e troquei-as por Leiria - sabe Deus a que custo! - em 74. Será que nos encontrámos por lá? Seria engraçado.
ResponderEliminarBoa semana também para si e para os seus no seu belo Alentejo.
Que reconfortante é, ver, ler e ouvir, as pessoas que sendo ou não sintrenses, se apaixonam por Sintra, e muitos para toda a vida, como é o meu caso que sendo sintrense, dos quatro costados, e, já quase com cinquenta e catorze anos, ainda descubro a cada dia que passa novos motivos de interesse, novas belezas.
ResponderEliminarMas desenganem-se os forasteiros, temos problemas, e graves. A autarquia não nos defende como devia, investe onde pode apanhar mais votos "nos dormitórios" da linha de Sintra;- Queluz, Cacém, Rio de Mouro, e nas grandes urbanizações, deixando pouco menos que ao abandono o Centro Histórico, e as Zonas Históricas da Vila Velha, onde eu e a Graça vivemos.
Diariamente são despejados na Vila, milhares acreditem o numero está certo "milhares" de turistas que vão tipo gado directos ao Palácio, põem-nos a olhar para a serra e para o Castelo dos Mouros, ficam logo de boca aberta, estão quase uma hora no Palácio, vão à Piriquita comprar travesseiros e queijadas, dão uma volta pelas lojas de artesanato, poderão ir à Pena, ou não, depois são engaiolados no autocarro rumo ao Guincho e Cascais, está feito o triângulo turístico, Lisboa, Sintra, Cascais!
Sintra não é só o Centro Histórico, a costa Atlântica tem coisas lindas como as Azenhas do Mar, Colares, Penedo...
Aqui onde moro em São Pedro de Sintra, também é lindo, tem um ar romântico e misterioso, em resumo; - Não há terra como esta!
Por isso é que eu só saí daqui obrigado, no tempo da tropa!
O meu amigo Gato Preto, um dos, como eu, eternos apaixonados por Sintra! Não há terra come essa, mesmo!
ResponderEliminarCarol, recordei-me agora dos belos passeios pedestres que dei pela serra, nos tempos da minha adolescência, com o grupo de amigos e uma mochila com o lanche.
ResponderEliminarNão existiam os milhares de turistas de que fala o Gato Preto, nem a quinta da Regaleira, estava aberta ao público. Andavamos Km, sem encontrar ningém. Há quantos anos...
MANUELA
ResponderEliminarPode cá vir, porque continua a andar quilómetros pela serra e não encontrar ninguém!
Eu faço-o diariamente e só tenho por companhia um senhor de oitenta anos, que me dá bigodes a andar, o cão dele e os meus, temos é que saber escolher os itinerários!
A cena dos turistas é só na Vila Velha, vêm cá para dizer que vieram a Sintra, vão embora e só vêm aquilo que os guias lhes deixam ver.
Tirando aqueles que vêm com os mapas na mão, desembarcam na estação de caminho de ferro ou vêm de transporte próprio, e vão ver tudo, os outros coitados ficam sem conhecer as belezas que Sintra tem, mas vão felizes na mesma!
Estão todos convidados a vir à minha terra!
Pode ser que a autora do blogue um dia se disponha a convidar-vos a participar de um passeio pedestre nesta Vila capital do Romantismo Português, terá a minha colaboração e tudo será feito para que seja um evento memorável, e a deixar-vos a pedir bis!
Ó Gato Preto, tens razão! Mas eu sou uma preguiçosa para organizar essas coisas....
ResponderEliminarTeve muita graça a minha passagem por Sintra.
ResponderEliminarPassei por lá desde 1966 a 1968 e, posteriormente em 1974, durante uns meses. Depois fui viver para Setúbal e, posteriormente, radiquei-me no Alentejo, terra que considero minha, pois tenho aqui a minha casa e aqui criei os meus filhos. Hoje, juntamente com minha mulher vou por aqui vivendo . É uma terra muito hospitaleira, com gentes de todo o Portugal. Seu povo, ao contrário das anedotas que contam , é muito activo.Somente gosta de se independente.
Ao contrário das anedotas que deles se contam, os alentejanos são um povo inteligente, arejado, politizado. E são uns queridos - ao contrário do algarvios que, porque têm mar e sol e turitas estrangeiros, gostam de se mostrar arrogantes.
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