(...)
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar
sempre...
Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir o meu
coração!...
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual,
porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei
voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para
sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos
pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Podes até empurrar-me de um penhasco que eu vou dizer:
- E então? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector
Gosto muito de Clarice Lispector. Da realidade que imprime à ficção - "não sei voar com os pés no chão"...
ResponderEliminarBj.
Lídia
Lídia
Provoque-se, sempre!
ResponderEliminarFeliz Ano Novo, Graça. :)
Gostei deste teu estado de alma, Graça!
ResponderEliminarO sonho sem limites!!... Assim foi Clarice Lispector.
Um abraço!
"Não sei amar pelar metade".
ResponderEliminarUm bom 2016 cheio de amor, Graça.
~~~
ResponderEliminarO texto foi retirado do seu primeiro romance
- «Perto do Coração Selvagem» - de 1943.
Clarice tinha 23 anos...
«Não me convidem a ser igual...»
~~~~ Beijinhos voadores. ~~~~
Muito bonito! Que isto seja o prenúncio de um Bom-2016, Graça.
ResponderEliminarGosto imenso de Clarice Lispector. Infelizmente tudo o que conheço dele, são excertos, nunca li nenhum livro.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Muito bonito, Graça.
ResponderEliminarTambém gosto muito dela.
Beijinhos e tudo de bom
A autenticidade da Clarice é um exemplo para quem vive bem consigo! O julgamento social, pouco ou nada, interferiam em seu modo de ser.
ResponderEliminarAbraço.
A essência da liberdade, Célia!
EliminarGracinhamiga
ResponderEliminarDaqui a uns anos, depois de em tempo o forno crematório pôr fim a uma existência com muitos altos e baixos.mas também com muitas alegrias e alguns sucessos.. - e se ainda houver blogues - os que ainda me lerem ???) por acaso ou por má sorte, comentarão que um tal Antunes Ferreira foi quase um Deus, pois esteve quase em toda a a parte... O que não corresponde de todo à verdade.
Esta introdução ao comentário parece-me desnecessária e algo arrogante. Passei, realmente, por muitos países, conheci muitas pessoas, boas ou más, a vida de jornalista empenhado tem muitas situações destas e, vejam lá, encontrei-me com a Grande Clarice, uma "brasileira" natural da Ucrânia.
Foi em 1974, onde depois do histórico 25 de Abril, me desloquei em serviço para o Portugal Socialista e o meu Amigo Mário Quintana me disse: Você tem de a conhecer! E conheci. Da conversa que tive com ela, dos seus desabafos (já estava a lutar contra o cancro que havia de a matar três anos depois) não acrescento mais nada; dos seus livros tenho quase todos, e alguns autografados.
Este poema fez-me recordar que estive com ela, com ela conversei e dela fiquei admirador.
Obrigadíssimo Gracinhamiga
Bjs & qjs do casal Ferreira - e bom 2016. Pior do que o seu antecessor não é possível...
Que sortudo, Henriquamigo!!! Também queria essas experiências únicas!!
EliminarObrigada pela partilha. Beijinhos e votos de Melhor Ano!
Que bom que haja tantos dos meus queridos amigos que gostam de Clarice! Foi única!!
ResponderEliminarBeijinhos.
Fiquei meio atordoada com o post da Nikita. Até me esqueci de desejar um bom ano. De qualquer forma o desejo fica aqui melhor. :)
ResponderEliminarA CL foi/é uma maravilha. Dá gosto lê-la.
ResponderEliminarBoa escolha.