Aqui d’el rei que o novo
(novíssimo) ministro da Educação acabou com os exames dos 4º e 6º anos sem
dizer nada a ninguém! O DN não para de escrever sobre o assunto nas suas
páginas quase dia sim, dia não. Que não foi feita uma avaliação do sistema de
avaliação por exames, que as pessoas não foram consultadas, que os professores
não concordam, que não sei o quê, não sei o que mais…
«Conhecidas» – porque se fizeram conhecer – professoras
do ensino secundário afirmam no facebook que
não concordam nada com esta mudança abrupta e que não viam mal nenhum em que se
fizessem exames no 4º ano; outros respondem-lhes que voltamos à promoção da
ignorância.
Ignorância é realmente continuar
a acreditar que os alunos ficam mais educados, mais instruídos, mais aptos para
a vida só pelo facto de fazerem umas quaisquer provas de exame logo aos 10
anos. Provas para as quais os professores gastavam aulas e aulas a mecanizar os
alunos em detrimento de aulas planeadas para o desenvolvimento das mentes e das matérias.
Não me lembro que o ministro (C)rato
tenha consultado ou informado ou posto à discussão pública a sua política de
educação, de triste memória, nem que tenha realizado estudos para que ela fosse
adotada! Lembro-me que escreveu um livrinho com um título que pretendia trazer
infâmia sobre o paradigma educacional baseado nos estudos realizados pelas
Ciências da Educação de que foi «pai» o excelente ministro Roberto Carneiro tendo
encomendado os célebres e bem gizados Documentos Preparatórios de que já
ninguém se lembra e que, infelizmente, poucos professores leram e estudaram.
Nesse livrinho, que por acaso também poucos professores leram, o ministro (C)rato
deixou claro o estilo de organização e avaliação de conhecimentos que defendia
para a Escola e como pretendia fazê-la regressar aos tempos anteriores a Veiga
Simão e que quase ia conseguindo.
Já o disse aqui antes e por mais
de uma vez que os pseudo-elitistas deste país aplaudiram de pé e foram muitos
os professores que o fizeram, embora depois, muitos deles tenham entendido o
logro em que tinham caído.
Hoje o novo (novíssimo) ministro
da Educação veio a público dizer apenas aquilo que é a mais simples das
verdades: que as mudanças agora introduzidas
no sistema de avaliação do ensino básico têm um só propósito que é repor o
conceito de Escola como uma escola inclusiva, uma escola para todos e não como
uma escola seletiva!
É só isso (o que não é nada
pouco!) Quem não entende, paciência. É porque ainda está a viver ou com o
pensamento posto no 24 de Abril.
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
ResponderEliminarCora Coralina
Parabéns pela postagem, Graça!
Abraço.
Obrigada, professora!
EliminarBeijinho aqui desta professora...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarConcordo plenamente, Graça. Só entendo que é necessário que se acrescente o que será feito com os resultados da aferição. Como se procederá para ultrapassar as lacunas detectadas, que recursos serão mobilizados (ou melhor, poderão ser...). Talvez isso fizesse os críticos entender. Embora eu ache que é uma questão ideológica e quem é contra, deverá continuar a ser, infelizmente.
ResponderEliminarBeijos. :)
As provas de aferição não são novas; já foram utilizadas antes. Mas concordo, sim, é preciso explicar o processo todo para os pais e o público em geral entenderem.
EliminarAbsolutamente de acordo. Infelizmente este é o país dos velhos do Restelo.
ResponderEliminarUm abraço
É isso mesmo, Elvira!!
EliminarBem, eu não me sinto com capacidades para discutir um assunto tão delicado e importante para o futuro de um país. O que me admira é que se discuta tanto agora, sobre a educação e sobre outras regras que o governo anterior impôs sem pedir opinião daqueles que agora andam com tanta azia.
ResponderEliminarParece que o povo só está satisfeito quando lhe metem a canga. :/
Estou a leste.
ResponderEliminarAs minhas filhas não frequentam o sistema de ensino português e confesso que não conheço com detalhe o que se passa.
Beijinhos
É natural, Pedro. Se as meninas frequentam outros sistema de ensino... Espero bem que esteja tudo a correr pelo melhor com elas.
EliminarBeijinhos.
Concordo com o seu pensamento e ainda quero lembrar a suspensão do exame de Cambridge do 9ºano (muito contestado pelos professores de inglês) por ser incompatível com o modelo de avaliação das provas de aferição.
ResponderEliminarE lembra bem, mz! Esse exame então é que nunca se entendeu, nem o antigo ministro alguma vez explicou esse atropelo!
EliminarEsta polémica dos exames do 4º ano é parva todos os dias, com uma série de gente a dizer parvoeiras do género "eu fiz, e não me fez mal nenhum". De qualquer das formas considero que os vários partidos políticos, sindicatos de professores e seus representantes se deveriam reunir e decidir de uma vez por todas o modelo de ensino: assim, os alunos vivem uma constante incerteza sobre o que lhes reserva o futuro, e isso não me parece nada saudável.
ResponderEliminarBeijocas
De facto, assim deveria ser. Em nome do superior interesse dos alunos.
EliminarBeijinhos.
Sabes que para mim, a política, me faz lembrar constantemente, qualquer que seja o Governo e os Ministros, a estória de "O Velho, o Rapaz e o Burro" ?
ResponderEliminarNão tarda que as queixas sobre os novos Ministros cheguem em cataduptas, mas atenção, não por que sejam estes ! ... mas quaisquer que sejam !!!
Beijinho, Graça !
Pois! É conforme o(s) ponto(s) de vista!!...
EliminarBeijinho
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ResponderEliminarO que é triste é ler num blogue de um agente da comunicação social, com um percurso laboral cosmopolita e que agora dá aulas no ensino superior, os mesmos despropósitos que ouvimos de pessoas comuns.
É preciso esclarecer que a «Educação para a Inclusão» não é apanágio do ideário do PS, nem de qualquer ministro, é, sim, um conceito de educação praticado por todos os países evoluídos, tendo o Canadá e países nórdicos, como principais impulsionadores.
Atualmente, é o sistema de educação preconizado pela UNESCO para todo o mundo.
Hoje, o que tal o professor universitário lamentava era o incómodo que causavam as mudanças...
Mudanças na forma de educar são salutares, pois provam que as ciencias que apoiam a educação são vivas - baseiam-se em pesquisa, investigação científica e estudos aplicados, realizados, cruzados e partilhados a nível internacional.
Há muita dificuldade em entender o que é uma avaliação contínua - com registos diários, semanais, mensais e trimestrais - em perceber que uma disciplina tem de ser avaliada em diferentes aspetos paramétricos e que atingir os objetivos é positivo, porém, não é tudo.
Como se pode avaliar num exame, as qualidades participativas, de atenção, interesse e empenho?
Nem tudo é objetivo, numa avaliação e é neste aspeto que a
auto-avaliação praticada pelos alunos, é muito positiva na evolução do seu percurso.
Muito haveria a dizer - procurei ser concisa...
~~~ Graça, beijinhos pedagógicos. ~~~
Muito bem dito, Majo!!! Subscrevo cada palavra. Obrigada.
EliminarBeijinhos pedagógicos.
Pois eu agradecia que em vez de ouvir analises e criticas em que tanto os que estão a favor como os que estão contra se perdem em longas conversetas, os professores nos dissessem preto no branco o que é que se pode aproveitar e o que se tem que mudar de modo que nós que não somos nem políticos nem professores pudessemos entender...bjs
ResponderEliminar~~~
ResponderEliminarO pior entendedor é o que não quer entender...
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