terça-feira, 11 de novembro de 2014

Anedota do dia


Perguntaram à querida Maria Luís Albuquerque por que razão continua, ao fim de três anos, a martirizar a classe média no que toca ao Orçamento de Estado para o próximo ano. E, com a habitual simpatia com que a divindade a bafejou, a loira senhora respondeu sorrindo: «De facto, tem sido a classe média a mais castigada porque temos a preocupação de poupar os que têm menos possibilidades e, por outro lado, os ricos que temos são poucos para pagarem. Se tivéssemos muitos, seriam eles a pagar.»

A propósito desta verdade absoluta saída da boca da financeira senhora que ouvi no telejornal das oito, lembrei-me de uma fábula da atualidade que ouvi há poucos dias. Chama-se «O coelho cego e a víbora cega». 


«Numa manhã, um coelho cego ia a descer para a sua toca quando dá um encontrão numa grande cobra que ali estava.

- Desculpe-me - disse o coelho - não tinha a intenção de ir contra si, é que eu sou cego!

- Não há problema - responde a cobra - a culpa foi minha, não dei conta que tivesse chegado; é que eu também sou cega! Mas, pensando bem, que tipo de animal é você?

- Bem, não sei muito bem, sou cego, nunca me vi! Talvez você me consiga examinar e descobrir que tipo de bicho sou eu...

Então a cobra examinou o coelho e disse: - Bem, você é macio, tem longas e sedosas orelhas, uma cauda que parece um pompom e um pequeno nariz. Você deve ser um coelho muito bonito! 

O coelho ficou tão contente que dançou de alegria.

Então a cobra disse que também não sabia que tipo de animal ela era e o coelho concordou em tentar descobrir.

Após ter examinado a cobra, o coelho respondeu:

- Você é dura... fria... escorregadia... é viscosa... anda sorrateiramente... inspira medo... e não tem testículos, mas parece masculina... você deve ser a Maria Luís Albuquerque...!»

17 comentários:

  1. Também ouvi essa em directo.
    De bradar aos céus!

    Abraço

    Rosa dos Ventos

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  2. Buá!!! Muito bem apanhada, Graça.
    Pode ser que lhe enviem a história e, milagrosamente, mude de pele. Mudar de pele? não. Escalpelizada é que ficava uma miss.
    Também ouvi a loira ministra dos impostos.
    "Temos poucos ricos..." Para ela um rico é quem não paga impostos??????!!!!!.

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  3. A oratória da Marilu sobre a classe média tinha-me escapado, Quanto à fábula, está FABULOSA!

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  4. "Temos poucos ricos..." Para ela um rico é quem não paga impostos??????!!!!!.

    Boa anedota e bem lida pelo Agostinho

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  5. Essa anedota era contada com o Nikki Lauda :))
    Mas está bem aplicada.
    Beijinhos

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  6. Perdeu o tino,o respeito e a vergonha.

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    1. Ela e o resto dos camaradas desta espécie de governo... E não há quem os tire de lá!!

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  7. Boa , esta peste , deve viver na lua.Devem julgar-se uns seres superiores.
    M.A.A.

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  8. O dinheiro continua a pôr esta gente de joelhos! Será o desejo de ascensão?!
    Pelos vistos continuamos na mira da inefável dama...Deplorável! UM

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  9. ~ Há que não supervalorizar a massa encefálica da Mariazinha da nossa estimação!

    ~ Sobrecarregar a classe média de impostos é um recurso com cerca de 400 anos, praticado por Mazarin e mais tarde, por Colbert, ministro de Luís XIV, o Rei Sol.

    ~ A diferença entre Colbert e Mariazinha é abissal. Colbert investia parte dos impostos nos setores mais rentáveis, tendo conseguido uma economia notavelmente forte e próspera, enquanto que a Mariazinha sufoca não só a classe média como o equilíbrio económico.

    ~ A comparação a um ofídio é interessante pelo tremendo efeito asfixiante a que nos sujeita, no entanto, reduzir a Mariazinha a um ser assexuado com características masculinas, é uma posição machista que me repugna por significar que não podem existir mulheres genuinas capazes de serem excelentes economistas.

    ~ Ps ~ A célebre conversa entre os célebres primeiros ministros de França, existe no Google, basta pesquisar, "Mazarin et Colbert: les classes moyennes"

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  10. ~ ~ Peço desculpa pelos lapsos...
    ~ ~ "genuína"
    ~ ~ A "famosa" conversa entre ...

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  11. Não dá para comentar , senão ainda vais ter que levar-me livros e bombons...

    om resto de dia

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  12. Tudo o que mete cobras é humor negro, de facto.

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  13. Pois, não conhecia a história, mas está bem engendrada.
    Quanto ao resto, ela só não tira aos mais pobres, não para os proteger, mas porque já lá não há nada para sacar.
    Um abraço

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