Perguntaram à querida Maria Luís Albuquerque por que razão continua, ao fim de três anos, a martirizar a classe média no que toca ao Orçamento de Estado para o próximo ano. E, com a habitual simpatia com que a divindade a bafejou, a loira senhora respondeu sorrindo: «De facto, tem sido a classe média a mais castigada porque temos a preocupação de poupar os que têm menos possibilidades e, por outro lado, os ricos que temos são poucos para pagarem. Se tivéssemos muitos, seriam eles a pagar.»
A propósito desta verdade absoluta saída da boca da financeira senhora que ouvi no telejornal das oito, lembrei-me de uma fábula da atualidade que ouvi há poucos dias. Chama-se «O coelho cego e a víbora cega».
«Numa manhã, um coelho cego ia a descer para a sua toca
quando dá um encontrão numa grande cobra que ali estava.
- Desculpe-me - disse o coelho - não tinha a intenção de ir contra si, é que eu sou cego!
- Não há problema - responde a cobra - a culpa foi minha,
não dei conta que tivesse chegado; é que eu também sou cega! Mas, pensando bem, que
tipo de animal é você?
- Bem, não sei muito bem, sou cego, nunca me vi! Talvez você
me consiga examinar e descobrir que tipo de bicho sou eu...
Então a cobra examinou o coelho e disse: - Bem, você é
macio, tem longas e sedosas orelhas, uma cauda que parece um pompom e um
pequeno nariz. Você deve ser um coelho muito bonito!
O coelho ficou tão contente que dançou
de alegria.
Então a cobra disse que também não sabia que tipo de animal
ela era e o coelho concordou em tentar descobrir.
Após ter examinado a cobra, o coelho respondeu:
- Você é dura... fria... escorregadia... é viscosa... anda
sorrateiramente... inspira medo... e não tem testículos, mas parece
masculina... você deve ser a Maria Luís Albuquerque...!»
Também ouvi essa em directo.
ResponderEliminarDe bradar aos céus!
Abraço
Rosa dos Ventos
Buá!!! Muito bem apanhada, Graça.
ResponderEliminarPode ser que lhe enviem a história e, milagrosamente, mude de pele. Mudar de pele? não. Escalpelizada é que ficava uma miss.
Também ouvi a loira ministra dos impostos.
"Temos poucos ricos..." Para ela um rico é quem não paga impostos??????!!!!!.
Mudar de pele?! Por mim ele devia era mudar de planeta!!
EliminarA oratória da Marilu sobre a classe média tinha-me escapado, Quanto à fábula, está FABULOSA!
ResponderEliminar"Temos poucos ricos..." Para ela um rico é quem não paga impostos??????!!!!!.
ResponderEliminarBoa anedota e bem lida pelo Agostinho
Essa anedota era contada com o Nikki Lauda :))
ResponderEliminarMas está bem aplicada.
Beijinhos
Perdeu o tino,o respeito e a vergonha.
ResponderEliminarEla e o resto dos camaradas desta espécie de governo... E não há quem os tire de lá!!
EliminarBoa , esta peste , deve viver na lua.Devem julgar-se uns seres superiores.
ResponderEliminarM.A.A.
O dinheiro continua a pôr esta gente de joelhos! Será o desejo de ascensão?!
ResponderEliminarPelos vistos continuamos na mira da inefável dama...Deplorável! UM
~ Há que não supervalorizar a massa encefálica da Mariazinha da nossa estimação!
ResponderEliminar~ Sobrecarregar a classe média de impostos é um recurso com cerca de 400 anos, praticado por Mazarin e mais tarde, por Colbert, ministro de Luís XIV, o Rei Sol.
~ A diferença entre Colbert e Mariazinha é abissal. Colbert investia parte dos impostos nos setores mais rentáveis, tendo conseguido uma economia notavelmente forte e próspera, enquanto que a Mariazinha sufoca não só a classe média como o equilíbrio económico.
~ A comparação a um ofídio é interessante pelo tremendo efeito asfixiante a que nos sujeita, no entanto, reduzir a Mariazinha a um ser assexuado com características masculinas, é uma posição machista que me repugna por significar que não podem existir mulheres genuinas capazes de serem excelentes economistas.
~ Ps ~ A célebre conversa entre os célebres primeiros ministros de França, existe no Google, basta pesquisar, "Mazarin et Colbert: les classes moyennes"
~ ~ Peço desculpa pelos lapsos...
ResponderEliminar~ ~ "genuína"
~ ~ A "famosa" conversa entre ...
Não dá para comentar , senão ainda vais ter que levar-me livros e bombons...
ResponderEliminarom resto de dia
Tudo o que mete cobras é humor negro, de facto.
ResponderEliminarPois, não conhecia a história, mas está bem engendrada.
ResponderEliminarQuanto ao resto, ela só não tira aos mais pobres, não para os proteger, mas porque já lá não há nada para sacar.
Um abraço
:)
ResponderEliminarcobra cascavel, diria...
ResponderEliminarbeijo