Não. Era uma loja de roupa hippie que abriu na Lisboa dos anos 70 ( e no Porto) em que, aos sábados, para lá entrarmos, formavam-se bichas enormes porque a loja era apertada e com escadas para baixo e para cima. Foi uma pedrada no charco nos tempos da ditadura.
~ ~ Ora se me lembro!. ~ ~ No género, o Grandella era o meu preferido, se bem que passasse sempre pelo Chiado, numa idade em que não me importava de palmilhar a baixa, à procura de peças que me seduzissem e cativassem. ~ ~ Comprava pouco, mas escolhia muito... ~ Bjs ~ ~
Conheci esta loja e o seu fundador. Mais tarde uma filha que que continuou com o negócio. A loja em Lisboa, na Baixa, era na rua da Vitória, uma das ruas que agora dá acesso à Estação do Metro Baixa-Chiado, bem perto da rua do Ouro . Nunca comprei lá nada, mas recordo as filas das clientes antes da abertura da loja, porque houve um período em que trabalhei lá perto. Como todo o comércio da Baixa, e não só, teve um início, uma vivência e um fim triste!...
Os teus leitores têm uns aninhos menos que nós, certamente. Esta casa tinha tudo aquilo que nós viamos nas revistas, jornais e filmes, e que usavam sobretudo as juventudes inglesa e americana (mais inglesa), muita roupa ligada ao movimento hippi. As camisas cintadas, com flores (à hippi), casacas floridas, todo tipo de roupa para jovens, que não havia em cá em mais lado nenhum. A roupa não era cara, a qualidade também não era superior, mas galinha gorda por pouco dinheiro, não há. Era giro, estavamos em tempos de contestação, às guerras. Lá fora contestava-se a guerra do Vietnam, cá dentro eram as guerras coloniais. O movimento psicadélico, e o peace in love, eram uma realidade, os hippies também, e o LSD idem.
Ora aqui está um comentário bastante esclarecedor sobre os motivos que levavam a juventude, de então, a andarem aos encontrões uns aos outros: Adquirir as vestimentas que só se viam nas revistas e filmes! Peças de roupa bem ao estilo hippy, enquadradas no movimento contestatário ao belicismo da época. Tipicamente...Paz, Amor e...LSD! :-) Assim, sim!
Vivo numa aldeia. Hoje já lhe chamam vila. Mas, isso são ambientes 'desconhecidos' para a maioria dos mortais que vivem longe da 'civilização'. Estou a lembrar-me do Eça de Queirós. --- Felicidades MANUEL
Uma realidade não impede a outra, caro Manuel. O nosso Eça bem conheceu ambas e bem as pintou... Está a referir-se à maravilha que é o romance «A Cidade e as Serras», não é verdade? Uma maravilha mesmo!
~ ~ É, no mínimo, um fenómeno de estranho carácter, alguém que não conhece, atrever-se a desclassificar um lugar que era visitado mais por curiosidade e onde se adquiriam apenas algumas peças. ~ ~ Há pessoas que parecem que nunca foram jovens!
~ ~ Embora não sendo grande fã, fico espantada pela arte mal dizer, de conspurcar o que nunca se experimentou, num tempo em que eu nunca tinha ouvido falar de drogas! E, pior, arrastar na sua devastadora antipatia preconceituosa, amigas da autora deste blogue, como eu e a Rosa.
~ ~ Nunca vi por lá ninguém com aspeto de andar nas nuvens! Aliás, a foto ilustrativa é bastante elucidativa dos clientes que por lá andavam.
Calma, Majo! O meu amigo Caínhas não quis denegrir nada nem ninguém! Limitou-se a referir uma época com os seus traços civilizacionais. É uma pessoa com uma imensa experiência de vida e um respeitável ex-bancário, pai e avô de família e, por sinal, muito bem formado!
~ ~ ~ Graça, é perfeitamente percetivel que eu não me referia ao teu amigo que conhecia a loja.
~ ~ Referia-me a quem não conhecia o estabelecimento e, a partir dos comentários do Caínhas, inventou um ambiente muito diferente do que era na realidade.
~ ~ A Afrodite percebeu perfeitamente a quem me dirigia.
~ ~ Desculpa ter dado azo à interpretação que formulaste.
Lembro-me muito bem! Na loja do Porto, principalmente ao FDS, era impossível lá entrar..
ResponderEliminarEu lembro-me!
ResponderEliminarNão me lembro, seriam saldos?
ResponderEliminarNão. Era uma loja de roupa hippie que abriu na Lisboa dos anos 70 ( e no Porto) em que, aos sábados, para lá entrarmos, formavam-se bichas enormes porque a loja era apertada e com escadas para baixo e para cima. Foi uma pedrada no charco nos tempos da ditadura.
EliminarClaro que me lembro! Na loja do Porto.
ResponderEliminarSe não me engano essa foto é da loja da baixa de Lisboa.
ResponderEliminarE essa loucura, deixou sequelas
~ ~ Ora se me lembro!.
ResponderEliminar~ ~ No género, o Grandella era o meu preferido, se bem que passasse sempre pelo Chiado, numa idade em que não me importava de palmilhar a baixa, à procura de peças que me seduzissem e cativassem.
~ ~ Comprava pouco, mas escolhia muito... ~ Bjs ~
~
Parece-me uma foto dos anos 70, mas não me lembro, não!
ResponderEliminarSaldos e enchentes para comprar trapos, nunca foi o meu forte. Nem na 'Casa Forte'!
Tenho saudades da 'Confiança' de Sta. Catarina, mas nunca lá vi tanta gente à porta. 'Porfírios'?. Lembro-me do nome, mas é só!
Beijinho boa semana.
Eu era daquelas que tinha que lá entrar sempre que ia à Baixa!
ResponderEliminarAndava toda a gente aos encontrões lá dentro!
Belos tempos! :)
Abraço
Rosa dos Ventos
Confesso que não :(
ResponderEliminarBeijinhos e votos de boa semana
Conheci esta loja e o seu fundador. Mais tarde uma filha que que continuou com o negócio. A loja em Lisboa, na Baixa, era na rua da Vitória, uma das ruas que agora dá acesso à Estação do Metro Baixa-Chiado, bem perto da rua do Ouro . Nunca comprei lá nada, mas recordo as filas das clientes antes da abertura da loja, porque houve um período em que trabalhei lá perto. Como todo o comércio da Baixa, e não só, teve um início, uma vivência e um fim triste!...
ResponderEliminarFui professora de uma filha deles no Colégio do Ramalhão, em Sintra.
EliminarOs teus leitores têm uns aninhos menos que nós, certamente.
ResponderEliminarEsta casa tinha tudo aquilo que nós viamos nas revistas, jornais e filmes, e que usavam sobretudo as juventudes inglesa e americana (mais inglesa), muita roupa ligada ao movimento hippi. As camisas cintadas, com flores (à hippi), casacas floridas, todo tipo de roupa para jovens, que não havia em cá em mais lado nenhum.
A roupa não era cara, a qualidade também não era superior, mas galinha gorda por pouco dinheiro, não há.
Era giro, estavamos em tempos de contestação, às guerras. Lá fora contestava-se a guerra do Vietnam, cá dentro eram as guerras coloniais.
O movimento psicadélico, e o peace in love, eram uma realidade, os hippies também, e o LSD idem.
Ora aqui está um comentário bastante esclarecedor sobre os motivos que levavam a juventude, de então, a andarem aos encontrões uns aos outros: Adquirir as vestimentas que só se viam nas revistas e filmes! Peças de roupa bem ao estilo hippy, enquadradas no movimento contestatário ao belicismo da época.
EliminarTipicamente...Paz, Amor e...LSD! :-)
Assim, sim!
Janita
Vivo numa aldeia. Hoje já lhe chamam vila. Mas, isso são ambientes 'desconhecidos' para a maioria dos mortais que vivem longe da 'civilização'. Estou a lembrar-me do Eça de Queirós.
ResponderEliminar---
Felicidades
MANUEL
Uma realidade não impede a outra, caro Manuel. O nosso Eça bem conheceu ambas e bem as pintou... Está a referir-se à maravilha que é o romance «A Cidade e as Serras», não é verdade? Uma maravilha mesmo!
EliminarGracinhamiga
ResponderEliminarRepito o mê comentário que nem sêi beim porquê apagou-se? (*)
Atão, nã me havera de alembrari? Já vou nos 73 anos e dias..
(*) Mas que raio de coisa se terá passado? Censura, acho que não; talvez coisas do blogger...
ResponderEliminar~ ~ É, no mínimo, um fenómeno de estranho carácter, alguém que não conhece, atrever-se a desclassificar um lugar que era visitado mais por curiosidade e onde se adquiriam apenas algumas peças.
~ ~ Há pessoas que parecem que nunca foram jovens!
~ ~ Embora não sendo grande fã, fico espantada pela arte mal dizer, de conspurcar o que nunca se experimentou, num tempo em que eu nunca tinha ouvido falar de drogas! E, pior, arrastar na sua devastadora antipatia preconceituosa, amigas da autora deste blogue, como eu e a Rosa.
~ ~ Nunca vi por lá ninguém com aspeto de andar nas nuvens! Aliás, a foto ilustrativa é bastante elucidativa dos clientes que por lá andavam.
~ ~ ~ ~ ~ I n c r í v e l ! ~ ~ ~ ~ ~
~ ~ ~ ... arte de mal dizer,... ~ ~ ~
Eliminar
EliminarÓ Majo... ainda que mal te pergunte... tu estás bem??
~ ~ Melhor do que nunca.
Eliminar~ ~ Compreendo a tua função de advogada...
Calma, Majo! O meu amigo Caínhas não quis denegrir nada nem ninguém! Limitou-se a referir uma época com os seus traços civilizacionais. É uma pessoa com uma imensa experiência de vida e um respeitável ex-bancário, pai e avô de família e, por sinal, muito bem formado!
EliminarBeijinho.
~
Eliminar~ ~ Graça, é perfeitamente percetivel que eu não me referia ao teu amigo que conhecia a loja.
~ ~ Referia-me a quem não conhecia o estabelecimento e, a partir dos comentários do Caínhas, inventou um ambiente muito diferente do que era na realidade.
~ ~ A Afrodite percebeu perfeitamente a quem me dirigia.
~ ~ Desculpa ter dado azo à interpretação que formulaste.
~ ~ ~ ~ ~ Beijinho. ~ ~ ~ ~ ~
Lembro-me bem Graça, embora não frequentasse :)), mas recordo as "bichas" para entrar e para levar o artigo da moda !
ResponderEliminarNão Graça não lembro, nesses tempos eu ainda não ia a Lisboa.
ResponderEliminarNo entanto gostei de conhecer a foto.
Beijinho e uma flor
então, não? e das mini saias...
ResponderEliminarbeijo
Seu grande maroto!! A lembrar-se das mini saias!.... E eu bem que sempre gostei de as usar!!
EliminarBeijos e abraços.