terça-feira, 9 de setembro de 2014

Praxes

Hoje estou particularmente feliz. E aliviada. O meu neto mais pequeno deixou a creche e vai entrar no Jardim-de infância público – a escola dos grandes como ele diz.

Ora o meu grande alívio vem do facto de ter ficado a saber que o ministério da Educação lançou hoje uma campanha contra as praxes violentas e abusivas que visa alertar os alunos para o facto de a praxe ser totalmente voluntária e que vai distribuir folhetos a dizer “Não és obrigado a ser praxado!” e “Diz não às praxes agressivas e violentas!” e até criou um e-mail para se poderem denunciar atos violentos e coercivos.

É que uma criança de três anos não é um aluno do ensino superior! Não sabe como defender-se dos “praxadores” nem tem a autonomia, o discernimento ou a sagacidade para perceber dentro da sua cabecinha virgem que de facto não tem de se submeter a esses atos sem qualquer sentido.

E eu, que sou tão crítica da atuação deste ministério, com esta prova de profunda preocupação e cuidado com os nossos mais pequenos, não posso senão congratular-me com esta extraordinária iniciativa!




14 comentários:

  1. Não só como avó, mas como ser humano sensível que sou a qualquer tipo de violência, não poderia estar mais de acordo contigo.
    Excelente texto Graça.

    Beijinho e uma flor

    ResponderEliminar
  2. ~
    ~ ~ Tentam-se limpar as nódoas...

    ~ ~ Veio, não totalmente, mas a favor da opinião da grande maioria
    de portugueses que era pela abolição da praxe.
    ~ ~ A grande intervenção cívica funcionou.
    ~ ~ Os "bloggers" que debateram este assunto estão de parabéns.

    ~ ~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~ ~

    ResponderEliminar
  3. Pois então, Graça... nossos pequenos sofrem até mesmo de seus lares! Temos inúmeras notícias de desvelo, de abandono, de exclusão, de todas as formas de agressão que, sinceramente quando temos uma nota como essa que você nos informa, temos mesmo que parabenizar!
    Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Estou com a Majo
    Não foi o Governo que melhorou
    Foi a opinião pública que ganhou

    ResponderEliminar
  5. Um alerta necessário e oportuno.
    As praxes continuarão a ser feitas.
    A opinião pública conta muito mas não chega. O Ministério da Educação apenas dá um conselho.

    ResponderEliminar
  6. A praxe, em si mesma, não tem nada de errado, Graça.
    Até pode ser muito engraçada.
    O problema é que foi sendo progressivamente adulterada para uma selvajaria muito mais próxima do bullying do que da tradição da praxe académica.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  7. Também o meu neto mais velho deveria ir para o JI mas a "política educativa" aplicada ao agrupamento do bairro que tem três JIs é de não abrir mais salas, estando 30 crianças na lista de espera...entre as quais ele.
    Há que proteger os vários colégios da zona! Nesses há sempre vaga!
    Quanto à praxe subscrevo o que dizes!

    Abraço

    ResponderEliminar
  8. Claro que te preocupas, Graça. Mas o teu neto saberá o que fazer quando a vez dele chegar. Também gostei que o ME tivesse tomado uma atitude. Oxalá não seja de fachada...
    Beijo.

    ResponderEliminar
  9. ~
    ~ ~ Insisto, para os que não entenderam o tom de ironia empregue pela Graça.

    ~ ~ Era impossível a qualquer governo ignorar a opinião pública que gerou um amplo debate a nível nacional, devido à imensa tragédia de Dezembro passado, em que perderam a vida seis jovens em praxe.

    ~ ~ O assunto foi coberto e debatido por todos os meios de comunicação social, com entrevistas individuais e coletivas a nível noticioso e informativo envolvendo entidades politicas e civis (prós e contras e opinião dos comentadores habituais).

    ~ ~ Mas também envolveu um amplo debate popular organizado pelos grandes programas de entretenimento televisivo e radiofónico. A este nível merece menção especial, a Rádio Renascença.

    ~ ~ Não se circunscreveu à data do luto, manteve-se à medida que investigação prosseguia e ia trazendo à luz novos dados.
    ~ Foi longo o debate, quer a nível dos media, quer a nível da "blogosfera".

    ~ ~ As universidades impuseram limites, sendo a Universidade do Minho a pioneira.
    ~ ~ Fizeram-se revisões aos códigos de praxe.

    ~ ~ Poderia o governo abster-se e sujeitar-se a nova época de críticas?
    ~ ~ ~

    ResponderEliminar
  10. Gracinhamiga

    A Majo tem carradas de razão. Carradas? 800 comboios de mercadorias, cheios.

    Este (C)rato,como usas descrever, não é um mau ministro é um péssimíssimo (...) ajudante auxiliar de praticante estagiário.

    Tomou esta medida à força, como eu tomava uma vez por semana o terrível óleo de fígado de bacalhau. O resto é treta... e teta.

    Qjs

    ResponderEliminar
  11. Também era melhor não fazer nada depois das desgraçadas ocorrências que chegaram à opinião pública, culminando nas suspeitas do Meco.

    Mas não é tudo. Se repararem "o vento d'Ourém" mudou de quadrante e agora traz música, de mansinho...
    Quando são as eleições?

    ResponderEliminar
  12. Nunca, em tempo algum, as praxes académicas foram obrigatórias.
    Só se sujeitam a actos violentos e a humilhações, os caloiros que temem ser 'marginalizados'.
    Pura fraqueza da parte deles!!

    Concordo com o que escreveu o Pedro Coimbra!
    Houve uma degeneração cruel e estúpida dessa fase estudantil que poderia deixar gratas memórias, como já o foi noutros tempos.
    Claro que entendemos todos a ironia, Graça. O mérito não está somente no Ministério da Educação...mas também!!:))

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  13. Obrigada, Janita.

    Pura fraqueza por parte deles!! - Mais nada!

    Beijinhos.

    ResponderEliminar