Quando o leitor não entende o
ponto de um texto é porque o autor não foi suficientemente explícito… E foi o
que aconteceu com o meu texto de ontem. Por isso volto ao tema: poderia
responder directamente aos vossos comentários na entrada de ontem mas, a
avaliar por mim, não estou certa de que tenham o tempo ou a pachorra para aqui voltarem
para lerem possíveis respostas a comentários. E desde já peço desculpas
primeiro por me ter deixado toldar pela ironia e ter-vos induzido em erro;
depois por, de alguma forma, poder ir contra o que expressaram nos vossos
comentários.
A querida Majo – que, pelos
vistos, também frequentou tal como eu o Liceu Maria Amália e isso ela não chegou
a ler numa resposta minha a um comentário seu… - ainda referiu a ironia que
perpassa o texto, mas parece-me que não a captou em toda a sua dimensão. A questão
é que eu, ao contrário do que os meus amigos comentaram, acho ridícula esta
campanha da Secretaria de Estado do MEC para avisar os “meninos” que não são
obrigados a serem praxados. Por isso pus como alvo o meu neto de três anos…
Eu passo a explicar: não sou
propriamente contra as praxes universitárias embora as ache ridículas e sem
sentido. Atualmente não passam de atos selváticos que, muitas vezes, servem apenas
de antecâmara de enormes bebedeiras de álcool e de outras substâncias mais
fortes. Sou definitivamente contra o facto de podermos pensar que pessoas com
18 anos, maiores de idade, pessoas que já têm idade para que lhes sejam
assacadas responsabilidades pessoais e civis, precisem que os avisem – tal qual
meninos de três anos – que não são obrigados a ser praxados e que podem
apresentar queixa de quem os agrida…
Por amor de Deus!! Com 18 anos
quem me haveria de obrigar a sair para as ruas aos berros com um penico na mão
ou na cabeça com um fulano ou uma fulana qualquer a mandar-me rebolar pelo chão
ou a simular um qualquer gesto ou comportamento sexual! Isso é que era bom!! Os
“meninos” dessa idade são tão independentes, tão prafrentex, sabem tanto acerca de tudo, acham que os pais, os
professores e os adultos em geral são DÂ!!! E depois precisam que os avisem
contra o Lobo Mau?!
Não, meus amigos, não posso
aceitar!
caprichos do "Estado mínimo" , a velar pelo bem estar dos caloiros.
ResponderEliminarassino teu texto - se me permites!
beijo
Tô esclarecido
ResponderEliminarretiro o meu dito
mas pelas razões referidas por si
sou mesmo contra as praxes
e não só agora
em 1963
por movimento que na altura encabeço
acabaram de vez
na minha escola
Eu estou mais preocupada com a falta de resposta nos JIs públicos do que com a praxe...
ResponderEliminarSó é praxado quem quer!
Abraço
~
ResponderEliminar~ ~ Olha o Rogério a tirar-me a razão! Achas bem?
~ ~ Não estou totalmente de acordo contigo. Nem todos os jovens são "prafrentex" como dizes, se assim fosse, não haveria acidentes e tantas queixas noticiadas.
~ ~ É de salientar que muitos jovens estão deslocados do seu ambiente habitual, a pressão é enorme e sujeitam-se para não ficarem humilhados, marcados e marginalizados.
~ ~ Não acontece só com jovens. Em 2013, um aluna de gestão de 26 anos, em Beja, teve uma paragem cardio respiratória da qual não recuperou vindo a falecer meses depois.
~ ~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~ ~
~ Ps ~
~ ~ Já respondi ao teu simpático comentário.
~ ~ Habitualmente volto sempre atrás, mas este escapou-me.
Ora nem mais, Graça!
ResponderEliminarEu não fui praxado.
Porque, pura e simplesmente, não queria.
E ninguém me podia obrigar a isso.
Nem ninguém tinha que me avisar que podia dizer não.
Disse não e ponto final (fui lanchar nas calmas).
Beijinhos
Sou contra as praxes, frontalmente.
ResponderEliminarFiquei chocada com as mortes do Meco e com a forma como tudo , alegadamente como agora é moda dizer, tem sido conduzido....mas, com todo o respeito pela dor das famílias, não eram crianças , mas sim adultos e , portanto, a responsabilidade é sempre de quem se presta a determinados comportamentos.
Abraço, Gracinha
Nunca passei por situações onde houvessem praxes, mas estou de acordo quando se trata de poderem alinhar de livre vontade, as consequências aí serão das suas responsabilidades.
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
É isso mesmo, São!!
ResponderEliminarÉ isso mesmo, Pedro Coimbra! As minhas filhas são meninas na casa dos trinta e nunca admitiram ser praxadas! Também ninguém as obrigou.
Há que ter personalidade e determinação. Se acham piada, tudo bem, mas que tenham juízo!
O que aconteceu no Meco - que nunca se saberá ao certo o que foi - foi de uma irresponsabilidade ímpar daqueles rapazes e raparigas!
Coitados dos pais!
Beijinhos
Obrigada, Rogerito, por todos os seus comentários em verso. Acho de mais e sempre originais....
ResponderEliminarBeijinhos.
Leo, o estado tem de poupar! Já foram anos de mais a vivermos acima das nossas possibilidades, por isso há que corta nas despesas! Na saúde, na educação e nos apoios sociais...
ResponderEliminarGracinhamiga
ResponderEliminarEstou contiga (olha, rimalhei...)
Porque a resposta que dás aqui mesmo em cima de mim (hony soit) assenta-me que nem uma luva - mas de pelica. Há que poupar, há que poupar, há que poupar. Ou poupas ou estás obrigada a emigrar. Esta camisa aos códradinhos foi o sô Coelho que ma deu. Viva ele! E já agora, viva eu!
Um destes temo de falar a sério sobre as moedas do idem, idem, aspas, aspas. Aqui desempregava; lá em Bruxelas vai empregar. São as voltas da vida como as do malhão. E já agora é malhar nele. Nele? Neles todos desde o labrego de Belém até à Albuquerque e outros que tais.
Qjs
ResponderEliminarOra aí está! Tudo esclarecido...
Três anos!... É cedo,sim!
Bom fim-de-semana!
Lídia