No reencontro com muitos dos meus amigos e colegas de escola de Sintra no passado fim de semana, recebi do meu querido amigo e velho colega de turma no Colégio José do Nascimento, a quem prefiro chamar de ZéBranco, como no tempo de escola, nado, criado e vivido na Vila e grande amante das belezas daquela sua/nossa terra, uns versinhos amorosamente naïf que vou deixar hoje aqui ilustrados com "fotos de arquivo"...
Cascata
(Cascata dos Pisões) |
Já passados os Pisões,
Ainda antes dos Milhões
Jorra a água dos montes
Nascida em várias fontes.
Gotas que escorrem errante
Risos e lágrimas de amantes!
Ora corre murmurante
Doce entre patamares,
Ora ecoa trovejante
Até ao rio de Colares.
Regaleira
Ainda murmura a ribeira
Já se avista a Regaleira
De imponente estatura
Destaca-se na verdura.
Do poço solta-se a magia
Em dança de fé e heresia.
Melodia por todo o lado,
Deuses entoam o hino
Ao perfeito rendilhado
Do esplendor Manuelino.
Por amor, nada me enfada
E a distância não me abate
Ainda é longa a estrada
Entre Sintra e Monserrate.
Seteais
Já ficou a Regaleira
E no topo da ladeira
Ouvem-se os ecos e ais
Dos campos de Centiais.
Passo o arco triunfal
Tributo ao rei de Portugal!
No Penedo da Saudade
Descanso o meu olhar
Voando à sua vontade
Entre Sintra e o mar.
Monserrate
Livres escorrem as águas
Que levam as minha mágoas,
Rebolo no verde manto
E afugento o meu pranto.
O meu destino foi amar-te
Quando te vi em Monserrate!
Cruzei-me com teu olhar
Corro em busca do sabor
Que anseio a encontrar
Nos teus lábios, meu amor!
Por amor nada me enfada
E a distância não me abate.
Como é curta a estrada
Entre Sintra e Monserrate!
Gostei dos versos e as fotos são muito bonitas.
ResponderEliminarUm abraço
Apresentado o roteiro com os encantos de Sintra, em jeito de sedução, que fazer?
ResponderEliminarEsperar dias bonitos lá para os lados da primavera, calçar as alpercatas (ou gatas), e toca a andar. Sintra reune jóias que não se podem desperdiçar.E quem volta descobrirá coisas novas.
Os senhores do (des)governo se, em vez de cortarem na gente para dar ao Maligno, promovessem o turismo - cá dentro - arrecadariam muito mais para a fazenda pública. E poderiam criar emprego na dinamização desta atividade com a afetação de professores sem colocação especialmente da área das humanidades.
Há muito tuga que nem lhes passa pela cabeça o que é este país; conhecem as estradas, 500 mts de litoral do Algarve ou, lá fora, os paraísos dos novos ricos.
Depois de mais um magote de fotos de praxes, portarias com novos preços para actos médicos no SNS, e discursos mal alinhavados ditos por eleitos enjoados...
ResponderEliminararejar o olhar,
faz bem
Sintra é mais que Pena!
Sintra foi, é e será sempre, um local lindo e encantador. Abraço.
ResponderEliminarIt's something magic.
ResponderEliminarSão rimas carinhosas cantando um grande, antigo e eterno amor.
ResponderEliminarQue as musas sintrenses acompanhem sempre, com desvelo, ZéBranco.
Se continuasses a viver em Sintra tudo seria diferente!
ResponderEliminarA esta hora terias livros de poemas publicados...Sintra inspira! :)
Abraço
Este nosso amigo não verseja só, tem três livros publicados com sucesso, é um prozador exímio. Faz letras para músicas...
ResponderEliminarO Zé é só dizer qual é o tema, seja proza ou seja verso, ele faz bem feito.
Parabéns Zé por mais este postal da nossa terra, quem conhece parece que está a ver tudo.
É uma terra bonita , que já não visito há muitos anos. M.A.A.
ResponderEliminarMas vale a pena lá voltar(em) M.A.A. e todos!!
ResponderEliminarLá para a Primavera, como diz, e bem, o Agostinho...
Obrigado Carlos pelo teu comentário.
ResponderEliminarObrigado Graça pela publicação dos meus versos que não têm a mínima pretensão a ser poema, mas simplesmente a letra de uma cantiga. - Um desafio do Xixó para fazermos algumas cantigas sobre Sintra, fiz 2 trabalhos, este agora apresentado e um outro sobre a Pena (palácio e parque), mas parece que ele desistiu. - Mas a poesia não é bem a minha quinta.
Lindos os versos de ZéBranco. No seu primeiro verso diz: "ainda antes dos "Milhões" Referir-se-á ao Monteiro dos Milhões, Brasileiro rico, que em certa altura comprou o Palácio da Regaleira e que tinha aquela alcunha?
ResponderEliminarÉ isso mesmo, caro Anónimo. É o Monteiro dos Milhões, o dono daquela maravilha de Palácio que de há uns anos para cá passou a poder ser visitada.
ResponderEliminarObrigada, ZéBranco, pelo teu simpático comentário. Volta sempre!