A rapaziada do “governo” entrou
em campanha eleitoral. E não se pense que o alvo dessa campanha é a eleição dos
deputados portugueses para o Parlamento Europeu que terá lugar em finais de Maio
próximo. De facto, em finais de Janeiro, ainda nem se conhecem os nomes que
irão integrar as listas dos diversos partidos para essa eleição.
Não! Quando digo que o “governo”
está em campanha eleitoral, refiro-me às legislativas (que terão lugar lá para
Outubro de 2015) e até às presidenciais (que serão realizadas lá para Janeiro
de 2016).
Primeiro vieram com os sinais positivos da economia (mesmo sem
dizerem quais) e com a descida da taxa do desemprego que, sabemos bem, tem
diminuído porque grande parte dos desempregados deixaram de ter direito ao respetivo
subsídio passando a não contar como desempregados já que passaram à triste
categoria de indigentes. Quanto a este assunto a nossa atemorizada comunicação
social nunca diz que esses cidadãos passaram a não contar para nada, antes diz,
da forma mais eufemística, que «deixaram de procurar emprego», empurrando para eles
a responsabilidade dessa situação. Por outro lado, esconde-se o exorbitante número
de pessoas que, não conseguindo trabalho cá no país, emigram fazendo também
baixar a percentagem do desemprego.
Agora, como moeda de troca com o
«criado de libré» a quem a «taluda» da guerra no Afeganistão arranjou um lugar como
presidente da Comissão Europeia e a quem Passos Coelho prometeu lançar na
corrida a Belém, vêm os seus “subordinados” ajudar à campanha interna fazendo o
constante elogio da acção deste “governo”, dizendo que Portugal pediu o resgate
tarde de mais – discurso que vem espevitar aquela ideia tão grata a este povo
de que os socialistas estiveram, estão e estarão na origem de todos os males que
lhes acontecem – declarando que a dívida pública portuguesa baixou não sei quantos
pontos, e agora anunciando até que o défice para este ano ficará 1% abaixo do
negociado com a troika.
Entretanto, o PM e apaniguados
que até há poucas semanas ameaçavam o povo com um segundo resgate vêm agora apregoar
que vamos sair deste resgate “limpinhos,
limpinhos” (onde é que já ouvimos isto?!) como a Irlanda. A continuarmos
neste ritmo, ainda passamos à frente da Alemanha!...
Apoiando a campanha em curso, a nossa
comunicação social, seja com reportagens, notícias, debates, cometários
escolhidos, todos os dias repete até à exaustão (e apenas) estes e outros logros
ardilosos. Ainda há pouco, o telejornal do canal governamental pretendeu fazer
um balanço da atuação dos três anos do “presidente” da República e para tal
convidou algumas figuras absolutamente insuspeitas
a pronunciarem-se: Proença de Carvalho, Francisco Van Zeller, Nicolau Breyner…
(Nem os ouvi!)
Por último, mas não em último, um
grande apoio da (vergonhosa) campanha do “governo” é o secretário-geral do
maior partido da oposição que, segundo consta, se move pelo país mas em sapatinhos
de lã para não dar muito nas vistas, não levanta aquela vozinha de menino de
coro para nada, limitando-se a dizer, com muito pouca convicção, que o “governo”
não pode contar com o PS para não se sabe muito bem o quê, e não se assume
abertamente perante o país como uma verdadeira e forte alternativa.
Estamos feitos!
Tudo à custa da miséria do povo e da debandada dos jovens!
ResponderEliminarE ainda falam de sinais animadores...devem viver noutra dimensão!
Abraço
Concordo com tudo o que disse, com exceção do calendário da campanha e com o final: "Estamos feitos!".
ResponderEliminarEstamos feitos há muito, desde que eles tomaram posse, com a oposição seguramente suave de Seguro.
A campanha eleitoral começou quando o governo começou a compactuar integralmente com a Troika. O plano era cumprir tudo o que eles queriam, mesmo esmagando os portugueses, com a certeza que poderiam contar com algumas vitórias antes das eleições.
Apontaram o 2014 como o ano "horribilis" e agora que chegámos ao fundo do poço, cantam vitórias torpes, à custa de tanto sacrifício.
O que eles mais temem, são revoltas populares.
Mas estão enganados se pensam que enganam alguém. O povo português é muito mais esperto do que eles pensam.
Um ótimo dia para a autora e para todos os participantes.
Não, não estamos!
ResponderEliminarum grande apoio da (vergonhosa) campanha do “governo” é o secretário-geral do maior partido da oposição que, segundo consta, se move pelo país mas em sapatinhos de lã para não dar muito nas vistas, não levanta aquela vozinha de menino de coro para nada, limitando-se a dizer, com muito pouca convicção, que o “governo” não pode contar com o PS para não se sabe muito bem o quê, e não se assume abertamente perante o país como uma verdadeira e forte alternativa.
ResponderEliminarCom este resumo acrescentar o quê??
Beijinho e votos de bfds!!
Vale a pena apreciar a bruxa que o Oedro Coimbra publicou hoje.
ResponderEliminarSaudações democráticas.
Digo, Pedro Coimbra.
ResponderEliminar“Estamos feitos”
ResponderEliminarO Guião (oculto) está a ser seguido na perfeição e os atos são introduzidos em cena segundo o cronograma previamente estudado e delineado.
Primeiro foi o aliciamento das elites com dinheiro a rodos que estes encaminharam para o bordel do desvario e da corrupção; puseram-lhes papéis à frente que assinaram sem hesitação. Com a esperteza de “bons” ricos, iam sacudindo a toalha de vez em quando para que a plebe permanecesse sossegada, também ludibriada como eles próprios o tinham sido.
O processo durou anos e anos até que no Olimpo concluíram: “já estão prontos para a ceifa, adiante”. Isto foi no tempo do filósofo ateniense.
O poder supremo recrutou depois um polifermo laporídeo para sacrificar a lusa gente, no altar dos mercados, coisa que tem vindo a acontecer há três anos, sob as ordens da troica maldita. Mas a fase da desgraça começou muito tempo antes com episódios preparatórios delicados.
Desses episódios ressalta o da ida de um emigrante especial para Bruxelas que ganhou a taluda de Presidente da Comissão Europeia por se ter disponibilizado a servir cafés no encontro das Lages; a decisão da II Guerra do Iraque entre Bush, Blair, Aznar não foi tomada a uma mesa de pé de galo de três mas de quatro “es(tu)porões”. Viu-se o resultado que deu por cá: a moda de se porem de rabo para o ar à espera da pica miolos (não da gaivota), da águia. Para nosso galo. Não vale a pena falar, agora, da mortandade que continua ainda hoje no Iraque e nos outros países que vieram a seguir, franchisados nos sagrados produtos da “democracia” e “dos direitos humanos”.
Voltando ao presente, ainda há dias, o Coelho deu mais um saltinho para que o ajustamento se consolide. O Marcelo vai pelo cano abaixo porque à sumidade falta o coiro de Bruxelas. Como os relevantes serviços prestados à pátria e à humanidade pelo emigrante não foram ainda devidamente reconhecidos (nem com o recente prémio Carlos V) não há melhor, de todos os passos possíveis, como elegê-lo inquilino do palácio de Belém. Depois poderá ganhar a vida como o sócio britânico a dar conferências pagas com as sobras tugas arrecadadas nos cofres do Olimpo.
Os dias recentes e o devir estão perfeitamente claros na prosa da autora do blogue. Graça Sampaio fez muito bem em prevenir muita gente incauta que anda por aí. Desconfio que, lá para a frente, na hora da verdade, muito boa gente vá nas balelas do Coelho, Troika & C.ª, SA. As últimas, a execução orçamental de 2013 e retificação do orçamento de 2014 são bluf de desalmados.
Estamos feitos?
Já agora,desculpem o abuso:
ResponderEliminarwww.projectotroika.com/
Graça!Eu também não os ouvi.
ResponderEliminarE ponho aquela velha questão:o povo
tem ou não o que merece.
Quem souber que responda.
Não posso estar mais de acordo contigo!!
ResponderEliminarMas se Seguro é um jotinha tal como Passos(até se tratam por "tu"), que esperavas tu ?
É isso que me angustia: não ver alternativa capaz e recear que o "bom povo português" ache que, afinal, estas criaturas até nos tiraram do poço quando , como diz Sócrates, cada nos afogam mais.
Fica bem
Estamos todos a pagar por termos um país governado por garotos mal formados. Concordo que andam todos já em campanha. É uma vergonha que a comunicação social faça coro com eles.
ResponderEliminarUm beijo, amiga.
Boa, Agostinho!!! E todos!!!
ResponderEliminarMas não sou tão otimista como a Majo quanto à esperteza deste povo... Oxalá me engane!
boa malha!
ResponderEliminarafinal a menina é (também) uma excelente cronista política.
beijo
A mim o que me preocupa e assusta é que não vejo alternativa, é tudo mais do mesmo!
ResponderEliminarBjs
Revoltante é não haver quem os trave
ResponderEliminare este povo é como se sabe...