Estão constantemente a dar-nos notícia de estudos realizados por universidades nomeadamente no âmbito da psicologia que provam isto e aquilo. Muito bem! Agora com a “massificação” dos mestrados há que lançar mão da investigação à volta de todos os comportamentos para se efectuarem novos estudos.
Porém, há algumas conclusões que não trazem grande novidade e outros que me deixam, no mínimo, espantada. É, por exemplo, o caso de um estudo inglês que diz que ler contos infantis às crianças melhora as suas notas na escola. E logo comenta uma socióloga portuguesa explicando que, como a escola se baseia na leitura e na escrita, se isso faz parte da rotina das crianças antes de entrarem na escola, aumenta-lhes as hipóteses de elas terem sucesso. Que grande novidade! Isso já o sociolinguista B. Bernstein dizia na primeira metade do século XX! É evidente que uma criança que cresça num ambiente familiar em que os livros, os jornais e a leitura em geral faça parte do quotidiano tem muito mais hipóteses de desenvolver competências neste âmbito do que outra que nasça numa família onde não haja esses hábitos nem acesso a livros.
Mas, quanto a mim, e por experiência própria como professora e como mãe, não chega ler as histórias às crianças. Há que pô-las a trabalhar a leitura em casa: ler com elas, fazê-las ler alto para nós, levá-las a ler para si próprios comentando depois com elas o conteúdo da leitura.
É que a aprendizagem seja do que for não pode limitar-se ao prazer, implica sempre trabalho, muito trabalho – e isso é que estes estudos se esquecem de concluir...
Assim o fiz e fiz bem, malgré tout!
ResponderEliminarAbraço
Não sou Professora e também tenho essa opinião.
ResponderEliminarQuanto mais facilitamos as tarefas aos garotos menos tendência eles têm para o esforço. É como comer fruta... a banana é a mais fácil de descascar e comer, né?
Jinhos