sábado, 25 de fevereiro de 2017

Pensamentos rebatíveis

Hoje deu-me para isto: deixar aqui uma série de pensamentos – quase todos com muitos “picos” de roseira – que os meus queridos visitantes facilmente podem rebater, se assim o entenderem. Não levo nada a mal. (Até porque é Carnaval…)

E, já agora, começo por aí. O Carnaval – não o que dele resta que são aqueles desfiles de meninas seminuas a tiritar de frio porque isto aqui não é o Brasil e o dos rebanhos de criancinhas vestidas com ridículos fatinhos comprados nas lojas dos chineses ou feitos, com muitos esforço, pelas educadoras – o Carnaval, dizia eu, tal como a Maçonaria ou até mesmo a Revolução de Outubro são temas tabu num país inscrito como laico na Constituição, mas que continua (e gosta) inexoravelmente debaixo da asa da Igreja.

Pior que a saga dos SMS do Centeno e do outro, só mesmo a desgastada e balofa discussão em torno do “novo” acordo ortográfico. Novo?! Aprovado em 1990 fora o tempo de preparação e discussão anteriores. Não há paciência!

O Núncio mentiu e continua a mentir, omitiu, escondeu, mas agora assume a responsabilidade política e, como este é o paraíso da impunidade, o resto não interessa nada! E como não deixou SMS…

O Passos e os Portas mentiram 365 dias vezes 4 anos – ele foi sobre os cortes dos subsídios e das pensões, sobre os safados dos submarinos que devem ter submergido ou sei lá, sobre as ordens da malfada troika, sobre o que diziam em Bruxelas e o que diziam ao Parlamento e ao homem das quintas-feiras, sobre a irrevogabilidade das suas decisões e muito, muito mais, mas não houve uma voz que quisesse levar isso «até às últimas consequências» (seja isso o que for) como no caso Domingues/Centeno.

Aquela instituição a que eufemisticamente se chama de Ministério Público não para de arrolar arguidos à Operação Marquês  (ai se cá estivesse o Marquês, o de Pombal,  onde é que isto já ia!!!). Receio bem que, para alargar as ditas investigações da tal corrupção (O Jô Soares dizia com muita piada: «E sou só eu? Cadê os outros?!!) até ao fim dos tempos, não restem mais portugueses vivos para serem arrolados e tenham de se lançar pelos mortos até ao Infante D. Henrique – que foi um gastador inveterado. Lavagem de dinheiro, só pode!!

E, para não maçar mais os meus queridos visitantes, deixo aqui um último pensamento rebatível:

Aqui da minha câmara invisível, vejo tanta professora de Português – os das outras disciplinas não dá para observar… – que continua a pensar que avaliar – ou vá lá, mesmo classificar, já que elas não sabem de mais nada – pensam elas que classificar os alunos é rasteira-los torpemente nos “testes” pondo questões para as quais não os prepararam minimamente, sabendo, à partida, que não vão ter como responder-lhes. Entendo agora ainda melhor por que razão os professores se opuseram violentamente a ser avaliados…


Por hoje é tudo. Divirtam-se!!



24 comentários:

  1. Concordo em absoluto...
    Armo-me dos teus picos veros, verdadeiros e pertinentes e
    subscrevo, se me permitires.
    ~~~ Beijinhos sintónicos ~~~

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    1. Cuidado, Majo, olha que eles, por vezes, picam muito...

      Beijinhos sem picos.

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  2. Esqueceu da Lulu Albuquerque e dos swaps? E das afirmações de que os cortes eram temporários, em Portugal e definitivos na Alemanha?
    Um abraço e bom fim de semana carnavalesco

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    1. Esqueci esses e outros mais para não me tornar redundante, chata mesmo!

      Beijinho.

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  3. A Cristas é que vai ter um mau Carnaval depois de se concluir que o "seu" Paulo Núncio é que é o responsável pela não divulgação dos 10 milhares de milhões e, consequentemente, não terem pago os devidos impostos.

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    1. E ele foi o único responsável?! Então o secretários de Estado têm competências próprias ou agem com conhecimento do resto do governo? :))

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  4. Há professores e Professores... Assim como há humanos e desumanos... Se eles fossem avaliados, creio que poucos passariam pelos testes...
    Abraço

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    1. Por isso saíram para as ruas aos milhares, como nunca antes nem depois, a gritarem contra essa pretensão... MEDO!

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  5. Não gosto desta festa mas hoje vou espreitar o desfile com gente da minha aldeia ... pois sempre será mais calmo!
    Quanto aos "profes" ... há muitos que não nasceram para ensinar e não conseguem aprender com os seus discípulos!
    Adorei ser professora e tenho a certeza que cumpri "quase" na perfeição os meus 35 anos de docente!!!
    Bom domingo!!!

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    1. Também me parece o mesmo, Gracinha. Cumpri e recumpri, fiz de tudo na escola e depois...

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  6. Não acho graça aos desfiles que imitam o Carnaval brasileiro mas gosto da parte dos foliões que brincam ao entrudo. Não acho graça ao Carnaval de ovos, farinha e tintas, mas gosto do colorido das flores de papel que enfeitam os carros alegóricos. Gosto das máscaras e dos enfeites mas há muito que não me enfeito. Enfim, goste-se ou não o Carnaval são 3 dias. Já os inquéritos, os sms e afins, temos que levar com eles anos a fio.
    Bom Carnaval!

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    1. São um carnaval sem fim...

      Eu cá gostava das matrafonas lá em Algés - aos anos!!!

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  7. Há quem ande a vida toda em carnaval, com máscara que nunca tira e brincando com tudo, inclusive a vida dos outros...

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    1. E esse são os verdadeiros malandros, não os das folias à antiga portuguesa...

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  8. Detesto Carnaval!
    Parece que por todo lado há Carnaval o ano inteiro... pelo menos palhaçadas é a toda a hora :)
    bjs

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    1. Só que esses palhaços não nos fazem rir; antes pelo contrário...

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  9. Não gosto do Carnaval e hoje contrariamente ao que é costume nem saí.
    Quanto ao resto das tuas reflexões, dá para constatar que vivemos num eterno Carnaval.

    Beijinhos Graça

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  10. Eu tenho em parte a opinião da Luisa :

    "gosto do colorido das flores de papel que enfeitam os carros alegóricos" desde que nasci que veja essas obras de arte que são alguns carros alegóricos e a minha avó dispensava um quarto da casa, todos os anos para ai deixar colocar os rolos coloridos, e onde as vizinhas se juntavam para confecionar as flores coloridas que enchiam sacos que alguém vinha buscar para depois serem colocadas no carro do bairro !
    boa semana Graça
    Angela

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    1. Essa era a verdadeira festa: a preparação da festa. É sempre o mais divertido!

      Beijinhos.

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  11. Nenhum deles é rebatível, em minha opinião, mas todos são merecedores de reflexão. Bom Carnaval

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  12. Rebatíveis? Uma ova!
    A responsabilidade política e o porquê sim ilibam cada diabrete!
    Ponham-se os picos em sítios altos, para que se veja, e em sítios improváveis, para que os figurões se surpreendam e ganhem vergonha...
    Bj.

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    1. Vergonha?! Esse conceito não consta do dicionário do politiquês...

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