Pois não! Hoje visitei a Casa onde ele habitou nos últimos 15 anos de vida! Já conhecia mas fiquei e "entendê-la" de forma diferente! Saiu de lá para o Hospital de S. Luís dos Franceses no dia 29 e no dia 30 terminava a sua plurifacetada peregrinação!
No leito de morte o poeta, adivinhando o dia seguinte, preferiu para nós, numa mensagem derradeira, a confortável esperança da incerteza. O pobre Pessoa, tão grande agora, gozou a efémera vitória de ver a MENSAGEM publicada a 1/12/1934, escassos meses antes da sua morte. Predestinado, veria ele, na cama do hospital, a glória futura?
Contrariando a evidência direta da frase, Luisa de Gusmão arriscou na incerteza tornando-se rainha a 1/12/1640. É amanhã o dia da Restauração. E a nossa quando é?
(...)Aproveitar o tempo! Ah, deixem-me não aproveitar nada! Nem tempo, nem ser, nem memórias de tempo ou de ser!... Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa, A poeira de uma estrada involuntária e sozinha, O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras, O pião do garoto, que vai a parar, E oscila, no mesmo movimento que o da alma, E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.
I know not what tomorrow will bring.
ResponderEliminarE talvez assim a vida seja mais interessante e menos estressante.
Pois não!
ResponderEliminarHoje visitei a Casa onde ele habitou nos últimos 15 anos de vida!
Já conhecia mas fiquei e "entendê-la" de forma diferente!
Saiu de lá para o Hospital de S. Luís dos Franceses no dia 29 e no dia 30 terminava a sua plurifacetada peregrinação!
Abraço
No leito de morte o poeta, adivinhando o dia seguinte, preferiu para nós, numa mensagem derradeira, a confortável esperança da incerteza.
ResponderEliminarO pobre Pessoa, tão grande agora, gozou a efémera vitória de ver a MENSAGEM publicada a 1/12/1934, escassos meses antes da sua morte. Predestinado, veria ele, na cama do hospital, a glória futura?
Contrariando a evidência direta da frase, Luisa de Gusmão arriscou na incerteza tornando-se rainha a 1/12/1640. É amanhã o dia da Restauração. E a nossa quando é?
Existem coisas que jamais se saberão!
ResponderEliminarBom domingo Graça
beijinho e uma flor
Os nossos mortos não morrem...
ResponderEliminarGracinhamiga
ResponderEliminarEm Portugal para se ser grande nas artes, na escrita, na pintura, é condição sine qua non ter morrido e ter homenagem póstuma,,,
Pobre Pessoa que bem ilustra esta asserção: só se tonou um génio na Poesia depois do Hospital de S, Luís dos Franceses.
Para o Agostinhamigo a minha solidariedade, ainda que a nossa restauração não tenha marcada a data da estreia.
Qjs & abç
Um homem que esteve muito à frente de si próprio.O maior poeta português de sempre. Que me perdoem os Camonianos. Um abraço e bom Domingo.
ResponderEliminarAcho que Pessoa morria de novo se visse o que o futuro nos trouxe.
ResponderEliminarMas um grande poeta nunca morre!
beijinho amiga Graça
Fê
Às vezes é preferível não saber. :)
ResponderEliminar(...)Aproveitar o tempo!
ResponderEliminarAh, deixem-me não aproveitar nada!
Nem tempo, nem ser, nem memórias de tempo ou de ser!...
Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa,
A poeira de uma estrada involuntária e sozinha,
O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras,
O pião do garoto, que vai a parar,
E oscila, no mesmo movimento que o da alma,
E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
ResponderEliminarAndei tão ocupada que dei pelos 79 anos.
Pessoa desconfiava da humanidade e tinha razão!...
Um beijo
ninguém sabe, de facto!
ResponderEliminarporém são os homens quem faz a História.
abraço