Não sou – nunca fui –
fundamentalista das tradições. Não sou daquelas pessoas que acham que forçosamente
temos de passar aos jovens aquelas “coisas maravilhosas” dos nossos tempos de
meninice ou aqueles hábitos e/ou ensinamentos com que os nossos pais e os
nossos avós nos criaram e educaram. Por isso não lamentei amargamente o facto
de as criancinhas não terem vindo ontem em bandos tocar às campainhas logo
pelas oito da manhã a berrarem aquele tremendo «Ó Tia, dá bolinho?» porque
estes energúmenos do “governo” fizeram desaparecer o dia 1 de Novembro do
calendário dos feriados.
Lamento profundamente, isso sim,
o facto de estarem a cortar indiscriminadamente feriados, como mais ninguém faz
por essa Europa fora, em nome de uma demagógica e hipocritamente propalada produtividade
que mais não serve senão para mostrar uma subserviência genufletida perante “os
diligentes povos dos países do Norte” a quem devemos vénia e deferência (Passos
dixit).
Agora lamentar e temer que a tradição
se perca, isso não faço, não! Tenho cá para mim (e peço desculpa se pareço
arrogante) que só se perde (ou ganha) aquilo que tem de se perder (ou ganhar)
e, por outro lado, é como com os valores: perdem-se, ou melhor, desaparecem uns
para aparecerem outros. Tudo de acordo com a mudança dos tempos; tudo a ver com
a mudança das vontades. Tudo com a noção de uma grande relatividade.
Bom! Mas tudo isto para chegar a
dizer que tenho uma familiar por de mais habilidosa que, desde que se
aposentou, faz umas prendinhas mimalhas que oferece aos mais próximos com o “bolinho”
da zona de Leiria. Eu sou das recebe, mesmo sem ligar nenhuma à tradição…
Vejam só o mimo!
(Fechado) |
(Aberto e com recheio...) |
(Olhem só o recheio...) |
Ainda vou fazer umas destas "merendeiras" da zona de Leiria e depois deixo aqui a minha receita...
que maravilha :) têm um ar delicioso
ResponderEliminarFantástico... :-)
ResponderEliminarEu provava esses bolinhos mas a cestinha com tampa e pano de renda é uma maravilha.M.A.A.
ResponderEliminarGran Chef na delícia dos bolinhos... e finesse na apresentação! Água na boca e colírio para os olhos!
ResponderEliminarAbraço.
Eles irão aparecer amanhã por força das troiquices do PPC.
ResponderEliminarJá reparou que o homem está a ficar careca e corcurvado?
Deve ser da devoção aos tais santos do norte. Passa a vida em genuflexões, mão direita em batimentos no peito, contrições sem fim que se vêm agravando desde que o jesuítico PP foi elevado a primeiro-ministro-por-inerência.
O bolinho que aqui mostra está com um aspeto!!! Com um chá ou um portinho ia que nem figos!
Também andei nos afazeres (do bolinho) esta manhã.
ResponderEliminarProvavelmente de todos os feriados que festejávamos, este ( o dia de todos os santos) era o que para mim menos significado religioso e cultural tinha. Nunca entendi a necessidade de ser comemorado quando, a nível religioso, há outras datas que poderiam sê-lo e nunca o foram.
Adiante...
Quanto aos bolinhos, parecem mesmo ser deliciosos. Essa tradição do bolinho não conhecia. Fico à espera da receita para ficar com uma ideia do seu sabor.
Beijinhos enfarinhados
(^^)
Ah, esquecia-me era de dizer que o cestinho é um mimo!
ResponderEliminarCoisa mai linda! :)
Gosto do cestinho e dos bolos, da receita prescindo, sabes como sou para a cozinha!
ResponderEliminarLeva uns bolinhos para o próximo jantar que será "no dia de S. Nunca à Tarde" que é um santo que nem este famigerado governo vai conseguir apagar!:)
Abraço
Com cestinhos e bolinhos não se reconstrói a memória... talvez com a receita...
ResponderEliminarEstimada Amiga Graça Sampaio,
ResponderEliminarNão sabia dessa tradição, mas é pena que esteja em vias de extinsão.
Por cá desde a entrega de Macau à China os feriados portugueses acabaram.
Gostei do cestinho e de seu conteudo que deve ser maravilhoso.
Abraço amigo
Os bolinhos têm óptimo aspecto mas o cestinho é mesmo uma delícia!
ResponderEliminarESTA tradição é que não deve acabar! :)
Bom Domingo!
Um mimo!
ResponderEliminarAcho que me custa mais ouvir a justificação de que o corte dos feriados pode aumentar a produtividade do que a perda do dia livre...
Se os tivesse aqui na minha frente... : )
ResponderEliminarMas que prendada essa tua prima, Gracinha!:))
ResponderEliminarQuanto aos feriados e a este em particular, digo ao nosso desgoverno: PARVOS!
De resto, sou um bocadinho diferente de ti. Gosto de tradições, embora encare com naturalidade a chegada de novas e as inclua na nossa rotina. Desde que se trate de festejar e sorrir, estou lá.:))
um gde beijinho
Estou farto de me elmbrar que por estes dias enquanto tu falas do bolinho eu refiro o que se pede cá pelos "saloios", o dia de Pão por Deus.
ResponderEliminarSe isto não levar uma volta em termos de correrem com estes badamecos, a tradição vai-se perder, porque daqui a quatro cinco anos, os pequenininos ficam grandes, e já não vão de porta em porta.
Por acaso hoje andavam por aí um grupo deles de saco na mão a pedir o Pão por Deus, ninguém os esperava devem ter tido pouca sorte, porque estavam completamente fora do contexto.
Enfim, a tradição teve um início...é natural , portanto, que tenha um fim.
ResponderEliminarO que me desagrada é ver as nossas tradições substituídas por outras que vêm do estrangeiro e nada , ou pouco, têm a ver connosco.
Quanto ao bando que está no Poder , e cujo único apoio é o de quem está a ser beneficiado pelas suas loucuras e , claro, do medíocre reformado que vagueia pelos corredores de Belém, não digo nada porque já se me acabarm os adjectivos civilizados .
Bom apetite, sortuda!
Que bela merendinha!
ResponderEliminarA questão da produtividade deixa-me os nervos em franja. São os feriados e são as 40 horas... O mais engraçado é que no privado muitos continuam a fazer um horário de 35h. Supostamente é para ficarmos mais iguais. :(
Luísa,lembra-te: somos todos iguais; mas uns são mais iguais que outros...
ResponderEliminarSó a receita?
ResponderEliminar:(
Sei lá! Tudo pode acontecer...
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