quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

História da Árvore de Natal

Existem várias versões para a origem do costume da árvore de Natal. Dizia-se que quando Jesus nasceu as árvores floresceram; daí que se dê destaque aos pinheiros, árvores que estão verdejantes todo o ano e simbolizam a vida nova e de esperança.

Mas uma das histórias mais comuns remonta à primeira metade do século VII, na Alemanha. Nessa época, o monge britânico São Bonifácio pregava um sermão sobre o Natal numa tribo alemã. Para tentar acabar com a adoração desse povo pelo carvalho, cortou uma árvore dessa espécie. Na queda, os galhos destruíram tudo à sua volta, com exceção de um pequeno pinheiro. O monge aproveitou o facto para afirmar que tinha havido um milagre, pois o pinheiro simbolizava a “árvore do Menino Jesus”. Com o passar dos anos, além de manter a tradição da árvore, os alemães começaram a enfeitá-la com chocolates, rebuçados, maçãs e papeis coloridos.

A colocação de luzes nas árvores é atribuída a Lutero. Conta-se que ele passeava pela floresta quando viu as luzes das estrelas atravessarem os galhos dos pinheiros. Quando chegou a casa, quis mostrar a cena aos filhos e iluminou uma árvore com velas.

No século XIX, foi a vez da Inglaterra vitoriana conhecer a árvore de Natal. O príncipe Albert de Saxe-Coburg e Gotha, marido da rainha Vitória, trouxe o enfeite para o Palácio Real. Filho de um nobre alemão, o príncipe cresceu na tradição da decoração dos pinheiros de Natal. Quando se casou, pediu à sua esposa, a rainha Vitória, que adotasse aquele costume no seu país.

Primo do príncipe Albert, também Fernando de Saxe-Coburg e Gotha trouxe esta tradição germânica para Portugal ao casar-se com a rainha D. Maria II. Um dia resolveu colocar um pinheiro num dos salões do Palácio da Pena, em Sintra, enfeitou-o com velas, bolos e frutos, tocando no piano e cantando cânticos de Natal para a esposa e para os seus vários filhos, à boa maneira germânica. Depois vestiu-se de São Nicolau e distribuiu presentes pelos filhos.

 
Na América do Norte, as árvores desembarcaram em plena guerra civil. Em 1804, os soldados de Fort Dearbon (agora Chicago) montaram os pinheiros no meio das barricadas. Em 1923, o símbolo conquistou o lugar de maior prestígio dos Estados Unidos, a Casa Branca. O então presidente Calvin Coolidge estabeleceu uma cerimónia as luzes da árvore de Natal nacional. Atualmente essa data faz parte da comemoração norte-americana da festa natalícia.

..............

Este Natal recebi duas árvores de Natal muito especiais:

Um postal de Natal feito pelo meu neto José (ajudado pela Mãe...)

E um linho com renda para pendurar feito pela cunhada mais próxima

Habilidosos, não?!

14 comentários:

  1. Curiosas essas versões da origem da árvore de natal, de que eu não fazia a menor ideia ! :))

    ... e por favor, "não te faças mal" !
    Procura manter o espírito de Natal, se não por todo o próximo ano, pelo menos até aos Reis ! :)))

    Beijinho, Graça ! :))
    .

    ResponderEliminar
  2. Interessante... e cá em Portugal não deve haver assim tanto tempo que se decora uma árvore de Natal... Que me lembre, na minha infância dedicavamo-nos essencialmente ao presépio. E os presentes apareciam junto à chaminé :)

    Quanto a essas árvores de Natal especiais... não estou de momento a conseguir visualizá-las... terei de voltar cá :)

    ResponderEliminar
  3. Na história, a minha (pessoal)
    só conheci a árvore
    depois de casar
    (foi a partir daí
    que a passei a usar
    A árvore e o presépio.
    No Alentejo profundo
    só há chaparros
    (são poucos os pinheiros
    e os que há, são bravos)
    e Deus Menino
    eram todos os deste mundo...

    Talvez não lhe pareça fazer sentido
    Mas garanto. Foi assim, em pequenino

    (o neto José é um génio!!!
    um beijo ao puto)

    ResponderEliminar

  4. Habilidosos, sim!...
    Há-os(as) muitos por aí! :)

    Muito interessante este "apanhado" sobre o pinheiro.
    Lembro a sua simbologia na literatura: persistência e verticalidade - um exemplo para os homens.

    Um beijo

    ResponderEliminar
  5. As coisas que tu sabes... Linda menina! Para mim, árvore de Natal é aquela de "O Cavaleiro da Dinamarca". Maluquices! - pronto, diz lá que eu não me zango...
    Duas prendas... e ainda te queixas?! Eu pedi o livro de reclamações ao Pai Natal, porque quero que acabem com a crise para voltar a ter prendas.
    Bom Ano Novo! Beijinhos

    ResponderEliminar
  6. A tradição tinha de começar por algum lado, propagar-se já se percebe melhor, porque as cabeças coroadas europeias eram todos parentes da rainha Vitória... :)

    Habilidosos, sim senhora! :D

    Beijocas, Graça!

    ResponderEliminar
  7. Belos pinheirinhos os de presente!
    Essas habilidades são de família!:-))
    Para invenção de alemães até que não se saíram mal!
    Até são histórias bonitas...quando era miúda era apenas o presépio, só começou a haver árvore com os meus filhos!
    Este ano cá em casa nem isso!

    Abraço

    ResponderEliminar
  8. Bom dia Graça gosto de ler este apontamentos sobre as árvores de Natal. Aqui em casa optamos sempre pelo presépio de que gostamos muito.
    As luzes e muitas outras coisas ficam de fora.
    A simplicidade de uma telha de barro onde são colocadas as figuras principais.
    As prendas vão sendo as pessoas que se reunem e partilham o jantar e a alegria de mais uma festa.

    ResponderEliminar

  9. Sempre me lembro e faço a Árvore de Natal. Em S. Tomé não havia pinheiros mas sempre tivemos um sintético, comprado a bordo de um qualquer navio que o trouxera da África do Sul. Nunca esquecia de lhe pôr o algodão ( a neve) porque isso era importante. Depois já cá com nove anos, lembro-me de, em casa dos meus Avós, ter visto o maior e mais belo pinheiro. A casa tem 3,80 metros de pé-direito (altura) nas divisões e o pinheiro quase batia no teto.

    Recordações, Graça, que vou colocando como enfeites nas árvores dos meus natais.

    Beijinho

    Laura

    ResponderEliminar
  10. Mãos habilidosas Graça, não tenho jeitinho para o linho, mas tenho a minha filhota que é um espectáculo no ponto cruz!
    Não conhecia a origem das arvores de Natal, quando era garota apenas conhecia p presépio na igreja, porque em casa do meu pai não se comemorava o Natal.

    beijinho e uma flor

    ResponderEliminar
  11. Minha amiga, a árvore de Natal sempre fez parte dos meus Natais.
    Ainda não tenho um neto mas adorava receber uma assim :)

    Até 2013 !

    beijinho com carinho

    ResponderEliminar
  12. De facto a nossa tradição está mais do lado do presépio, mas eu, lisboeta de gema e do coração, sempre me lembro do pinheirinho de Natal iluminado com velinhas agarradas por anjos de lata e, depois, de plástico.

    Isabel, também gosto muito da história do pinheiro da Cavaleiro da Dinamarca e não é maluquice nenhuma!

    Obrigada pelos elogios às habilidades de meu Zezito (e da mãe, claro!)

    Beijos e bom final de ano.

    ResponderEliminar
  13. Habilidade é o que não falta à essa família! Pelo jeito faz parte do DNA!
    Bjs. Célia.

    ResponderEliminar