Quem não se lembra da canção “Je t’aime moi non plus” dos 60s, proibidíssima
no Portugal da época e mal recebida mesmo em Paris onde nasceu. Nunca foi das
minhas preferidas, apesar de amar a música francesa daquele tempo, mas confesso
que fiquei algo espantada, para não dizer de queixo caído e olhos arregalados,
quando a ouvi, ainda em finais de 60, solteirinha ainda (nem sei como a minha
mãe me deixou ir…) numa boîte – agora
diz-se discoteca – em Cascais, linda, aconchegada e aconchegante, toda em tons
de azul, quase às escuras, apenas uma ambiência azul que nos envolvia. Muito
linda!
Pois já faz 45 anos que foi
escrita. Numa noite de amor entre a lindíssima Brigitte Bardot e o compositor
Serge Gainsbourg – um dos compositores mais brilhantes da época a nível mundial
– aquela pediu-lhe que escrevesse “a mais bela canção de amor que um homem
alguma vez criou para uma mulher”. Foi assim que, numa noite, nasceu a referida
canção que se destinava a ser cantada por ambos. Depois dos escândalos que
provocou pela sua inclinação erótica bem como pela oposição de que foi alvo por
parte do ainda marido de BB, o alemão Gunter Sachs, a canção acabaria por ser
lançada um ano mais tarde, meses depois do fraturante Maio de 68, interpretada pela
jovem Jane Birkin acompanhada pelo compositor que mais tarde se tornaria seu
marido.
Em França o disco só podia ser
vendido a maiores de 21 anos – se bem que a Jane Birkin contasse apenas 20
aquando da gravação… e, em Portugal, passou nas rádios apenas depois da
Revolução de Abril.
Deixo-a hoje aqui com votos de
boa semana.
dancei as primeiras músicas lentas do começo da adolescência com este disco famoso, nas festarolas de garagem...
ResponderEliminarabraço Graça
Uma das melodias “para constituir família”! : )
ResponderEliminarUm escândalo!
: )
Pelos vistos terá havido uma primeira gravação com a própria Brigitte Bardot... Eu até desconhecia a origem da canção. Mas lembro-me bem da versão com a Jane Birkin, apesar de nessa época eu andar bem longe dos 21 anos :))
ResponderEliminarUma forma interessante de revisitar o passado!
ResponderEliminarTambém li o artigo...e também dancei ao som desta música que, como tu, nunca foi das minhas preferidas!
Bisous
É emblemática...Acho que toda a gente que anda pela nossa idade...
ResponderEliminarE recordar é viver...
ResponderEliminarBoa semana
Beijinhos
Nos baile de garagem essa música (Jane Birkin) não podia faltar e como os discos eram poucos...
ResponderEliminar:)
Eu nasci uns anitos depois do 25 de Abril...gosto da música e gosto ainda mais de conhecer a história que a envolve
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarLembro-me muito bem! E de a ter ouvido pela primeira vez em casa de uma amiga, fechadas no quarto dela. Tinha sido o irmão, que estudava em Lisboa, que trouxe o single. Como o arranjou, não sei. O que sei é que fiquei de boca aberta, espantada, como tu.
Na altura, a música francesa estava no auge. Que saudades!
Beijo
Laura
Que saudades...Quanto mais revisitamos o passado , maior é a dor no coração.M.A.A.
ResponderEliminarBeijinhos Gracinha (agora estou aqui)
ResponderEliminarLembro-me sim.
ResponderEliminarE o que dancei, e como, ao som dela.
:)
Bons tempos!
ResponderEliminarBons tempos!
ResponderEliminarLembro muito bem, dancei bastante ao som dela nos bailes, principalmente matinés de garagem.
ResponderEliminarBoa semana Graça
Beijinho e uma flor
Não aprecio a canção...embora adore nomes como Brassens, Ferré, Bécaud, Aznavour, Brel (é belga, mas canta em francês),...
ResponderEliminarBeijinhos
Sou apaixonada pela língua francesa, portanto também gosto desta!
ResponderEliminarAmiga Graça, lembro-me de a ouvir às escondidas na escola secundária com as minhas colegas.
ResponderEliminarAgora ao ouvi-la de novo senti uma nostalgia...
Tudo era tão diferente nesse tempo, tão deliciosamente diferente e puro.
A língua francesa era o máximo nessa altura.
beijinhos
obrigado por este momento
Fui muito feliz a dançar essa canção e até já escrevi um post sobre um episódio passado durante um convívio na Faculdade de Letras.
ResponderEliminarEssa canção marcava sempre presença nos convívios e nos bailes de garagem. Foi há tanto, tanto tempo...
Há tanto tempos mesmo!...
ResponderEliminarEm 1969 em Angola pelo Carnaval, em Luanda no Clube Pés de Salsa, frequentado pela "nata" angolana da época, lembro-me o Dr. Mário Vinhas um dos anfitriões, estar vestido com uma fantasia de Mariachi Mexicano, com um chapéu preto, a preceito, com bordados a ouro, e, incluímos este tema no reportório, tendo ele feito um grande banzé, e mandado parar a música, porque não estava dentro do espírito carnavalesco...
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