Apesar do «eduquês»

Num grupo de 50 países, os alunos portugueses do 4º ano participaram nos estudos TIMMS (Trends in International Mathematics and Science Study) – que avalia o desempenho no âmbito da Matemática e das Ciências e PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study) – que avalia as capacidades de leitura e literacia – tendo revelado desempenhos muito positivos, levando Portugal a classificar-se em 15º lugar no geral e 7º a nível europeu.

Comparando com o desempenho dos nossos alunos do mesmo nível de escolaridade em 1995, último ano em que participaram no programa TIMMS, e em que Portugal se classificou nos últimos cinco lugares, verifica-se uma melhoria muito interessante que leva o nosso país a incluir-se no pequeno grupo de países que registam melhorias. 

 Este assunto merece toda a nossa atenção já que diz muito acerca do esforço realizado pelos ministérios da Educação desde os idos tempos do grande ministro Roberto Carneiro, pela melhoria de equipamentos e de recursos físicos bem como ao nível de qualificação de professores e pela imensa dedicação de milhares de professores das nossas escolas públicas que agora se veem despromovidos socialmente e desacreditados pelo grupo de tecnocratas quadrados que, para nosso mal, tomou conta do país.

Passo a transcrever parte do texto do blog jugular que acrescenta informação sobre esta questão:

«Vale a pena perceber o que se passou entre 1995 e 2011 na matemática para os alunos portugueses do 4.º ano  (ver gráfico; Portugal não participou nos estudos de 1999, 2003 e 2007). Sem os milagrosos exames no fim do ensino básico que este governo instituiu, o país passou de um dos últimos classificados em 1995 para um honroso 15.º lugar em 50 países agora; no universo dos países da União Europeia, está em 7.º. Para um dos países mais pobres e com níveis de escolarização das famílias mais baixo da União Europeia, parece-me um resultado excelente.

Vale a pena também perceber onde está a Suécia, a "menina dos olhos" dos liberais. Pois bem, está em 26.º lugar, com 504 pontos. Ou seja, é o primeiro país da segunda metade da tabela.

Mais interessante do que isso é tentar perceber como evoluiu nesta década e meia. Nos alunos do 4.º ano isso não é possível, uma vez que a Suécia antes só havia participado no estudo imediatamente anterior, o de 2007 (o resultado foi de 503 pontos). Mas podemos ver essa evolução nos alunos do 8.º ano (os alunos portugueses do 8.º ano não participaram). E é esta:

 (fim de citação)

De relembrar que também no PISA (Programme for International Student Assessement) 2009 o desempenho dos alunos portugueses melhorou de forma elevada fazendo com que o nosso país tivesse sido o único a melhor nos três domínios – leitura, matemática e ciências. 

Tudo isto apesar do modelo «eduquês», “monstro” que o ministro (C)rato inventou e tenta vender a todo o custo a este pobre povo que, quanto mais pobre mais arrogante, gosta de comprar a troco de umas tristes memórias de umas linhas de comboios que aprendia de cor à força de reguadas na 4ª classe…