domingo, 16 de dezembro de 2012

Tarde de televisão




Não vejo televisão durante a tarde porque fico mal disposta, com uma grande neura, vá-se lá saber porquê. E foi por acaso que passei e vi na RTP Memória as imagens de um padre católico nas tumultuosas mas belas paisagens irlandesas e deixei-me ficar. Foram quase três horas de filme, de grandioso filme dramático sem ser lamecha, tormentoso mas florido, inteligente mas fundamentalista, alternando a beleza do que é belo com a beleza do horrível. Com uma fotografia verdadeiramente poética que desenha um mar violento revelador da revolta nacionalista alternando com o mar liso e transparente que se espraia preguiçoso sobre o areal. 


A moça cultivada e ambiciosa de asas para se desprender do marasmo que a limita. E depois aquele homem lindo e educado mas destruído pelo trauma da guerra que aparece naquela paisagem angulosa e cinzenta irlandesa de uma aldeia dominada pela dureza e o atraso de uma mentalidade cegamente católica e pelo ódio pelos ingleses que os dominavam politicamente.


Um filme perturbador, muito bem realizado, com uma história avassaladora, com personagens cheias movendo-se num meio brutal e trágico; um filme belo pontuado de uma simbologia de imagens e de cores riquíssima e absolutamente encantadora.

Foi A Filha de Ryan, um filme daqueles, dos inícios de 70 que vale a pena rever.

 

13 comentários:

  1. Não sabia que ia passar hoje e por isso perdi-o :( Vi-o há muitos anos, lembro-me da história e da música.

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  2. ÀS PRIMEIRAS LINHAS DO SEU post identifiquei logo o filem. Um dos filmes da minha vida, sem dúvida.

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  3. Amigas minhas estiveram a vê-lo; a mim , passou-me , mas lembro-me deste filme. Vale o tempo. M.A.A.

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  4. Vi o filme há muitos anos, possivelmente não o compreendi bem na época, mas não gostei muito: achei-o deprimente! Provavelmente hoje veria-o com outro olhar... :)

    Beijocas!

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  5. Eu vi-o por essa altura, e ainda conservo imagens vivas dessa aldeia puritana, daquela mulher sofrida! Grande desempenho da Sarah Miles!
    Boa recordação, obrigada!

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  6. Graça minha querida, eu nunca vefjo TV durante o dia, já vi o filme, não agora, mas já à alguns anos, mas gostaria de o voltar a ver, é daqueles filmes que vejo mais do que uma vez sem esforço.
    boa semana amiga

    Beijinho e uma flor

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  7. Menina, que lindo comentário! Até apetece ver o filme outra vez, só pelo que escreves. Parabéns por tanta emoção, assim, a fervilhar...

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  8. Estimada Amiga Graça Sampaio,
    Vi em tempos esse maravilhoso filme, mas no fim fiquei sem saber se a Ryan foi ou não feliz em Durbin com seu velho marido professor.
    Cá por Macau infelizmente a RTPi só nos impigem programas super ultrapassados e muitas vezes repitos, tirando os noticiários nada de bom passa, e dizem ser a melhor tlevisão de Portugal em serviço público, puxa!....
    Abraço amigo, saudações finefolas.

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  9. Lembro-me de o ter visto há muitos anos !
    Não sei o que se passa comigo, agora, que tenho dificuldade em estar a seguir a TV ou o cinema, por tanto tempo. Dantes, via sessões duplas ! rsrs

    Beijinho, Graça ! :))
    .

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  10. Vejo muito pouco televisão. Enquanto tomo o pequeno almoço ouço um pouco as notícias, e fico elucidada :)
    Ao domingo à tarde, quando vou a casa da minha filha, vemos sempre um ou dois filmes na tv.

    A Filha de Ryan já vi há muitos anos, e lembro-me que gostei imenso.
    Mas já me falham muitos pormenores. Está na altura de rever.

    Amiga, muito obrigada pelas lindas palavras que deixaste na minha «CASA»

    Que o teu Natal seja cheio de Paz e Amor, e o Ano Novo te traga tudo (ou pelo menos uma boa parte) do que desejas.
    Beijinhos

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  11. Também o perdi!
    Como eu gostei deste filme!

    Abraço

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  12. Obrigada, Mariazita, e a todos!
    Vale mesmo a pena rever este filme. Quando o vi há anos achei-o muito triste, deprimente, revoltante. Mas agora vi-o mesmo com outros olhos e gostei ainda mais.

    Beijinhos a todos.

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