segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Dias do Desassossego

Nós somos bons é a escrever. Aquele dito de sermos «um país de poetas» é bem certo. E não é por causa dos versos escritos por uns e outros. Somos um país de escritores excelentes, daqueles que ficam inscritos nos manuais de Literatura, daqueles que escrevem obras literárias.

O mês de Novembro é sinónimo de Sophia de Mello Breyner, de Manuel António Pina, Alves Redol, Mário Dionísio, Saramago, Fernando Pessoa… São estes dois últimos, Saramago (que nasceu a 16 de Novembro) e Pessoa (que morreu a 30 de Novembro) que dão corpo aos Dias do Desassossego em Lisboa.

De facto, quer um quer o outro foram um verdadeiro desassossego em termos literários (e não só) por isso a Casa Fernando Pessoa e a Fundação Saramago acertaram-se e, conjuntamente promoveram um enorme cartaz cultural que se desenvolve na cidade de Lisboa entre essas duas datas simbólicas. São leituras, passeios literários, exposições, poesia dita, música, representações teatrais e arte urbana que têm atraído cada vez mais (este ano assistimos já à 4ª edição desta iniciativa) interessados nacionais como visitantes estrangeiros que chegam a Lisboa com a indicação de visitarem a Casa dos Bicos – sede da Fundação Saramago – bem como a Casa de Fernando Pessoa.

O nome do evento decorre, naturalmente, do título do famoso Livro do Desassossego do semi-heterónimo de Pessoa, Bernardo Soares. Por outro lado, o nosso Nobel da Literatura dizia «vivo desassossegado, escrevo para desassossegar».


Para quem puder e quiser, aqui fica o programa – ainda se vai a tempo..



16 comentários:

  1. Parece-me um excelente programa para quem possa assistir.
    Um abraço e boa semana

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Quem viver em Lisboa, pode dar-se a esse luxo, Elvira.

      Beijinho e boas novelas...

      Eliminar
  2. Respostas
    1. O que é uma pena, Pedro. Poderia dar para o conhecer ao vivo... Bem gostava.

      Beijinhos

      Eliminar
  3. De boas ideias está a Capital cheia.
    Quem quiser manter o fio da meada na mão não tem outro remédio senão calçar as tamanquinhas e (ex)pôr-se ao caminho
    É que uma coisa é ouvir com ruídos (parasitas nas coisas ditas) outra é mergulhar no palco da acção.
    Abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É bem verdade. E também não se pode «ir a todas»...

      Beijinho.

      Eliminar
  4. Quando "descobri" Alves Redol, em Moçambique, comprei tudo o que encontrei- tenho imensas obras suas, e... uma estória familiar sobre o Constantino "...guardador de vacas e de sonhos", que reforçou a minha admiração pelo autor. Sobre o programa, excelente, sem dúvida...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Em tempos, explorei «Constantino - guardador de vacas e de sonhos» com os alunos nas aulas de Português.

      Eliminar
  5. Um programa bem interessante e no desassossego da vida ... procuremos o sossego de momentos interessantes!!!
    bj amigo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Linda frase para um pensamento tão real, Gracinha.

      Beijinhos desassossegados...

      Eliminar
  6. Gosto destes eventos, mas separa-me a distancia!

    Beijinho Graça

    ResponderEliminar
  7. Hum que peninha... a distância é "meu desassossego"... só me resta lê-lo...
    Abraço.

    ResponderEliminar
  8. Excelente iniciativa.
    O que eu gostaria de vivenciá-la!
    E contigo seria uma maravilha...
    ~~~ Beijinhos lisboetas ~~~

    ResponderEliminar
  9. Voltei para dar nota do cartaz que encerra o excelente exercício de escrita da Graça (para além de muitas outras tem a função de anunciar),
    repare-se nos óculos que do designer escolheu.

    ResponderEliminar
  10. O ambiente que nos rodeia convida.
    O verso salta quando nos invade a nostalgia, a saudade, algo tão nosso.
    Boa iniciativa.
    Fiz algo para ti, não sei se pudeste ver.
    Abraços de vida, querida amiga

    ResponderEliminar