terça-feira, 10 de maio de 2016

Palavras

Nada seríamos sem as palavras. São o grande prodígio da criação humana. Uma arte. Como arte é saber usá-las. Para o bem e para o mal.

«Vivemos de palavras. Vamos até à cova com palavras. Submetem-nos, subjugam-nos. Pesam toneladas, têm a espessura de montanhas. São as palavras que nos contêm, são as palavras que nos conduzem.» (Raul Brandão)

«As palavras são a nossa condenação. Com palavras se ama, com palavras se odeia. E, suprema irrisão, ama-se e odeia-se com as mesmas palavras!» (Eugénio de Andrade)


19 comentários:

  1. As palavras podem magoar irreversívelmente....
    Bjs

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  2. Linda a canção! Deliciei-me a ouvir, por duas vezes. E eu até nunca fui grande fã dos Bee Gees, mas esta canção soou-me de um modo muito especial, Graça! Gostei muito.

    As palavras são uma das formas de expressão mais complexas, porque tal como escreveu também Eugénio de Andrade; tanto podem ser como um cristal, como um incêndio ou ferirem tanto como um punhal, mas também podem ser frescas e abençoadas como gotas de orvalho.
    Uma palavras depois de proferida, jamais se pode recuperar, tal como uma pedra que se lança e não volta atrás.
    Há que ter muito cuidado...

    Beijinhos e boa noite, Graça!

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    1. Gostei sempre muito dos Bee Gees, desta e de outras muitas das suas canções.

      Beijinho.

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  3. Ditas, escritas, lidas, são sempre essenciais.
    Beijinhos

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    1. Sem dúvida, Pedro. Temos é de as saber usar muito bem...

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  4. Graça, o Eugénio de Andrade é de uma clarividência...
    E gostei de recordar a música dos Bee Gees!
    Beijo

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    1. Belíssima a poesia de Eugénio de Andrade. Usa as palavras de uma forma serena e sensível. Sempre muito bem.

      Beijinho.

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  5. Há quem fale sem palavras, Graça.

    E diga muito, por isso...

    abraço

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  6. Adorei recordar esta canção. Era fã deles no meu tempo de menina e moça.
    Quanto às palavras, deixo aqui uma frase do Oscar Wilde que gosto:
    "Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo."

    Beijos Graça

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    1. E tinha muita razão o Oscar Wilde, Manu!
      Obrigada pela tua presença aqui.

      Beijinho.

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  7. ~~~
    «Habitamos as palavras e elas nos habitam
    E no corpo das palavras fecundamos a vida.
    E o tempo...»

    Do belíssimo poema «Solicitude das palavras»,
    do nosso amigo, Manuel Veiga, publicado no
    «Relógio de Pendulo», em Janeiro de 2009.
    O Poeta anda envolvido na publicação
    de um outro novo livro de poesia,
    como consta no seu blogue.

    ~~~~~ Beijinhos.~~~~~

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    1. ~Ps~
      Cumpre-me precisar que o novo livro de Manuel da Veiga,
      «Do esplendor das coisas possíveis» vai ser apresentado no
      dia 13 de Maio em Lisboa, na associação 25 de Abril - 18.30.

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    2. muito obrigado. Majo. pela tua gentileza. fico sensibilizado.

      mas não posso deixar de interrogar se não estaremos a abusar do espaço da nossa amiga Graça.

      grato. beijos para as duas

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    3. A poesia do Manuel Veiga é muito especial, Majo. Incisiva, retilínea, escultural, mas de uma enorme sensibilidade e beleza. De facto, usa sempre muito bem as palavras.
      Boa lembrança a tua, Majo.

      Beijinhos.

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    4. Este "meu" espaço é sempre vosso, heretico. Tenho sempre muito gosto em receber-vos aqui e atender às vossas opiniões e aos vossos diálogos.
      Todo esse movimento enriquece este blog.

      Bem hajam! E muito êxito no próximo dia 13 e sempre, heretico.

      Beijinhos para ambos.

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  8. Grato, Graça.
    pela apreço que tens acerca dos meus textos
    e pela simpatia, amizade e boa disposição com que aceitas as "impertinências" do herético.
    beijo

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