quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Alpedriz

Por vezes o sábado de manhã dá para darmos umas voltas por aí. No sábado passado, manhã de solinho, vai de sair a caminho da Batalha, Azoia, Maceira, Juncal, o pinhal e desembocámos numa aldeiazinha com três belos azulejos à entrada.






Não resistimos a azulejos e toca de ir ver de perto. Demos com a história da terrinha, Alpedriz, – que até já foi uma grande terra – resumida nos painéis. De facto, pertenceu aos coutos do Mosteiro de Alcobaça por ter tido recebido do Rei D. sancho I uma comenda da Ordem de Avis. A vila de Alpedriz possuiu no passado uma Misericórdia, um Hospital de Antigos Pobres e uma Cadeia e foi sede de concelho. E, estava escrito lá nos azulejos que como restos desse passado de prestígio, existe um velhíssimo Pelourinho, que estava localizado no meio dum largo em frente da chamada Capela do Santíssimo, e que no lugar dessa Capela  está hoje instalado o referido Pelourinho.

Então se há sinais dessa história antiga, há que ir à procura deles. E lá num cantinho quase escondido lá encontrámos o velhíssimo pelourinho e um relógio de sol.








Mas, enquanto procurávamos esses vestígios de História, demos com a indicação de uma praia fluvial por perto e aí tivemos de ir investigar. E, mais à frente, lá estava o parque em redor de uma pequena ribeira que transbordara com os recentes temporais e, de alguma forma, alagou o sítio da praia.






E porque estamos na zona de Alcobaça, os pomares brotam por todo o lado. Ali mesmo na praia fluvial está um vestidinho de inverno e todo alagado.




Ainda avistámos uma pontezinha romana que liga as margens do pequeno ribeiro do Pereiro.

(Foto retirada daqui.)

12 comentários:

  1. ~
    ~ Encontraram um ótimo entretenimento, que lhes possibilitou apanhar um pouco de sol.
    ~ Para mim, foi muito curioso, porque munca tinha estado perante uma localidade que regrediu em termos de importância.
    ~ Já foi vila e sede de Concelho e hoje, nem freguesia é, pertence a uma freguesia que resulta da união de três.
    ~ Talvez a acessibilidade tivesse sido boa na época do seu tempo melhor. Muitas pontes nos deixaram os romanos!

    ~ Não sei porquê, fico melancólica! ~

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  2. O passeio parece ter sido agradável, os terrenos é que ainda não se recompuseram desta invernia de tempestades... ;)

    Beijocas

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  3. Sempre a aprender.
    Nunca tinha ouvido falar da terra.
    Beijinhos

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  4. Estimada Amiga Graça Sampaio,
    Gostei do que vi e do li, existem locais que foram importantes e hoje graças à política governamental estão dados ao esquecmento.
    Pelos visto esse belo passeio de sábado terá passado por Évora de Alcobaça?
    Abraço amigo

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  5. "Ai eu estive quase morto no deserto"
    e Alpedriz aqui tão perto...
    :)




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  6. No primeiro comentário RP coloca uma questão que se fosse apreendida nós éramos diferentes e o país era outro.
    O concelho de Alcobaça é rico em locais bonitos e com história. Infelizmente até a maioria da população desconhece o chão que pisa.

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  7. Nunca lá estive e não conhecia nem de nome ! :((
    Facto é que este ano estes panoramas de encharcamentos e inundações vão sendo muito comuns !
    Curioso como muitas aldeias deste país têm sofrido com a desertificação do território ! É triste, ver povoações que já tiveram História e hoje estão quase ao abandono ! :))

    Beijinho, Graça ! :))
    .

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  8. Muitas vezes por aí tenho passado, mas ao lado...não conhecia! E é bem certo que "há sempre um Portugal desconhecido que espera por si" (nós)...
    Cumprimentos.

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  9. A zona de alcobaça deve ser linda e encantadora a julgar pelas fotografias que nos mostras. Eu gostava de visitar muitos outros sitios de portugal sem ser na minha cidade mas acontece que o meu namorado e o meu pai não gostam de fazer viagens longas e eu tenho que respeitar isso. Beijinhos fofinhos!! http://musiquinhasdajoaninha2.blogspot.pt

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  10. Como me fizeste viajar no tempo, Graça! Uma tia minha - irmã de minha mãe - morou em Alpedriz largos anos, e eu ia sempre passar as férias de Páscoa e de verão com ela: os passeios pelos pinhais para procurar cogumelos e morangos selvagens; as idas ao rio com as mulheres da aldeia para pôr os tremoços de molho; a apanha dos frutos nos pomares; ver passar as mulheres com as bilhas à cabeça, que iam à fonte buscar água! Enfim, foram anos de aprendizagem do que era a vida do campo, para uma menina citadina. Tantas estórias, tantas recordações! Nunca mais voltei à aldeia depois de minha tia morrer e nós termos vendido a casa. É uma parte da minha vida que está guardada nas minhas memórias e que tu vieste acordar...
    Um abraço um pouco triste

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