sábado, 1 de outubro de 2011

No Dia da Música


 

Na Casa da Música

A Música – como a Mulher – não precisaria de um Dia Internacional. Todos os dias são dias da música. A música nasceu com a Natureza que se nos apresenta toda ela numa pauta matizada e policromada que alterna sons e silêncios. É a mais pura, a mais completa e a mais abstrata das artes, a que nos entra e toca no mas físico e no mais sentido de nós sem que a possamos ver.

Mas é moda esta dos dias internacionais. Mandam os States e a ONU e pronto! Por mim, se fosse preciso, guardaria o dia 22 de Novembro – dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos – para celebrar a música.

Toda a gente gosta de música. Ou melhor, quase toda a gente gosta de música. Há os (poucos) que não lhe dão muita importância e que o admitem e há os que não ligam muito mas dizem que gostam para não parecer mal – como em tudo e não apenas na música. Como aquelas pessoas – e todos nós conhecemos uma ou outra – que, sem terem tido qualquer educação musical ou sequer o hábito de ouvir música clássica, têm o carro ou o escritório inundados de música sinfónica, ou de câmara, ou de ópera que se obrigam e aos outros a ouvir apenas para impressionarem.

Difícil é escolher um tema para celebrar este Dia da Música: os géneros são tantos, os estilos são tantos, as canções são tantas, as árias, os trechos e as minhas preferências são ainda mais. Queria muito recordar aqui a primeira música que dancei – com o meu pai – na minha festa dos 13 anos, a primeira para a qual pude convidar alguns amigos da escola, e que foi My Foolish Heart pela finíssima orquestra de Mantovani. Mas, com grande pena minha, não encontrei na net gravação dessa versão para expor aqui. Por isso virei-me para as “minhas raízes” que foram criadas e lançadas baseadas nos gostos musicais do meu pai que tendam para a música americana e sul americana dos anos 40 e 50 – nunca vou esquecer a grande, a estupenda abertura dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, no verão de 1984, a única que segui do princípio ao fim, e que fez uma retrospetiva das excelentes música e dança norte americana – e aí escolhi uma canção lindíssima – Tonight – do extraordinário musical de Leonard Bernstein, West Side Story, numa interpretação de grande excelência.






5 comentários:

  1. Cara Carol
    Aquela do "Natal é quando um homem quiser" já está gasta, mas actual. O que seríamos de nós sem a música, especialmente aquela com conteúdo. Mas pronto aceito que há dias em que se deve lembrar mais uma ou outra coisa que até se tornou banal no nosso quotidiano. Sem referenciar o dia, lá publiquei uma daquelas que me enche as medidas.
    Abraço

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  2. Boa escolha. Há muito que não a ouvia. Cheguei a ver o filme algumas vezes.

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  3. Carol
    Excelente escolha!!!
    Concordo quando diz que não precisa de existir um dia Internacional, eu também penso que esses dias apenas servem para um maior consumismo.
    Eu preciso ouvir música para me fazer sentir viva.
    Tal como a nossa amiga Catarina também eu vi o filme algumas vezes.
    Beijinho bom domingo

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  4. Sem ela seríamos como uma praia sem mar, algo que não faz muito sentido, como os dias disto e daquilo...
    :)
    No primeiro parágrafo disse tudo. A melodia não podia estar mais perfeita.

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  5. Obrigada, amigos. Ainda bem que gostaram da escolha.

    Boa semana

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