terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Chove

(e ainda bem, que a seca vai severa e longa por esse país fora)

Chove como sempre. E,
sempre que chove,
as pessoas abrigam-se
(as que não estavam à
espera que chovesse);
ou abrem, simplesmente,
o chapéu-de-chuva - de
preferência com fecho
automático. Porque, quando
chove, todos temos de
fazer alguma coisa: até
nós, que estamos dentro
de casa. Vão, uns, até
à janela, comentando:
“Que Inverno!”; sentam-se,
outros, com um papel
à frente: e escrevem
um poema, como este.

(Nuno Júdice | "Um Canto na Espessura do Tempo", 1992)




7 comentários:

  1. Gostei do poema. E gosto que esteja a chover. Podia era vir sozinha e não trazer o vento furioso atrás. Não havia necessidade do vendaval que está lá fora.
    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Por muito que nos desagrade já todos, os de bom senso, a desejavam.
    Bendita seja a chuva, se não for para estragar!
    O frio e o vento que a acompanharam é que eu dispensava bem. Já hoje apanhei uma grande molha...

    Um beijo, Graça.
    Que te encontres bem, e o teu marido também.

    ResponderEliminar
  3. aqui também era suposto chover.
    Está um sol radioso!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  4. Lindo. Bom dia.
    Chove sim. Adorei :))

    Bjos
    Votos de uma boa Quarta-Feira

    ResponderEliminar
  5. Grande autor o Nuno Júdice !!!
    É bom que consigamos manter-nos (como aqui verificado) a relativizar os problemas !
    Li hoje um artigo muito interessante do Jornalista Ricardo Marques - "Chove. E é triste" ! :
    "Estranho mundo este em que um dia de chuva nos preocupa como se fosse uma guerra e uma guerra nos parece tão banal como um dia de chuva".

    Abraço, Graça ! :)

    ResponderEliminar
  6. Não gosto de chuva, muito menos do vento gelado que a acompanha, no entanto ela está a fazer imensa falta, que chova e não destrua!
    Não conhecia o poema, gostei.

    Beijinho querida.

    ResponderEliminar