«Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho: não se
governa nem se deixa governar!»
Esta frase é atribuída ao General Galba, que teria sido um dos primeiros
governadores romanos na península, no Séc. A C e que a terá escrito numa carta
enviada ao imperador romano. Referia-se o general romano aos Lusitanos, uma
tribo guerreia que habitava também uma parte do atual território nacional.
Todos nós conhecemos esta frase e, de alguma forma, regozijamo-nos ao
ouvi-la aplicada a nós. Só que, parece-me, esse regozijo deveria limitar-se a
esses tempos de antes de Cristo já que se trata de um dos mitos da nossa
cultura. Na atualidade, país que somos pertencente à Europa dita civilizada, já
não me parece que nos fique tão bem. Já não temos idade (histórica, nem geográfica,
nem cultural, social ou outras) para sermos considerados “enfants terribles”…
Isto a propósito de uma notícia que me veio ter aqui ao computador, via
Jornal Económico: «Parlamento Europeu vem a Portugal para perceber o caso dos offshores.
Estrasburgo quer ouvir Vítor Gaspar, Maria Luís Albuquerque e Paulo Núncio mas
também o Banco de Portugal, Polícia Judiciária e secretários de Estado.»
Que vergonha! Temos uma “Justiça” altamente parcial e tendenciosa que se
deixou embrulhar pelas figuras político-partidárias de determinada tendência e,
assim sendo, nem se atreve a questionar os “altos vultos” desse casulo. Os meus
amigos dar-me-ão o benefício de entender que não estou a inventar nada: de
facto, a nossa “Justiça” tem mandado arquivar todos os processos que tocam os
ditos “vultos”, sem grandes (ou mesmo nem pequenas) investigações. Veja-se,
entre outros mais, o chamado caso dos submarinos que fez prisões de vulto na
Alemanha e na Grécia, enquanto por cá, tudo foi arquivado.
E agora, mesmo que nada dê em nada, passamos pela vergonha de virem de fora
tratar de “entender”, analisar, julgar um caso de polícia que a nossa
“Justiça”, tão determinada e pertinaz em casos do outro lado da nossa vida
partidária, não consegue, não pode, não quer investigar…
Mau de mais!!
Dizem que a Justiça é cega. Mas a nossa, para certos quadrantes, é cega, surda e muda.
ResponderEliminarUm abraço
É cega ou é vesga?!
EliminarHá quem venha por isso. Há quem venha para perceber como funciona a geringonça...
ResponderEliminarDecididamente, estamos na moda.
Somos os máiores,
Eliminarsim senhores!!!
Às vezes, penso que quem quer pôr a Justiça com um olho aberto e outro fechado, é justamente quem deveria pugnar para que ela fosse igual para grandes e pequenos, para políticos, banqueiros, magnatas, e simples desordeiros.
ResponderEliminarNo fundo há tanta podridão que por cá ninguém quer escavar muito no lodo profundo.
Pois que venham, que apurem responsabilidades já que a vontade de alguns é ver tudo arquivado.
Que tristeza de gente que se arroga competente.
Beijinhos.
Será que vão conseguir apurar seja o que for, Janita? Duvido... Os figurões são exímios em trocadilhos e falta de memória...
EliminarPobres de nós!
Trilhamos um tortuoso caminho...
ResponderEliminarBeijos, Graça :)
Tortuoso e assustador!
EliminarExcelente post - vou partilhar, Graça, com a devida vénia. Abraço
ResponderEliminarObrigada, Carlos. Fico honrada...
EliminarA Justiça às vezes não é cega, é zarolha! :(
ResponderEliminarBeijinhos
Vesgarolha mesmo!!
EliminarOnde assino, Graça?
ResponderEliminarObrigada, São.
EliminarBeijinho.
Não vem a propósito. Ou talvez venha? "Isto anda tudo ligado" como canta o Sérgio.
ResponderEliminarA líder centrista deu dois tiros no porta-aviões nestes últimos dias. Um para ilibar o Abrenúncio, em que a sr.a professora reconheceu pertencer a uma classe profissional sem aptidão para governar em matérias tão complexas como a das offshores. Outro tiro devastador foi a farpa que desferiu no governo a que a própria pertenceu, atingindo o ex-primeiro mai-la sua Maria Luís.
Não haverá por aqui mais setas irrevogáveis? Ou é só inspiração? Superação para comemorar um ano e entrar a matar em Lx.? Por ter sido engeitada?
Uma galinha cárácácá!!!! Uma matraca a desferir disparates...
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