Passaram já 48 anos. E foi a
enterrar meses antes de completar os 50.
Em meia hora ficou-se-nos nos braços,
sem avisar. Um coração frágil de nascença que o atraiçoou algumas horas depois do
tremendo abalo de terra que agitou Lisboa em 69. Dissera sempre que, se alguma
vez desse conta de um tremor de terra, não lhe sobreviveria e assim aconteceu.
O inigualável bramido que se ouviu vindo do mais profundo da serra (de Sintra)
e o tremor que parecia não ter fim naquele casarão sobre o qual parecia que
pendiam dois enormes penedos apanharam-no (e a todos nós) de surpresa. Aterrador.
Essa enorme comoção e a imediata
saída para Lisboa aonde foi apanhar ao aeroporto o filho que chegava de Cabinda
depois de a sua companhia ter sofrido um ataque emboscado do qual só por
milagre se salvou foram de mais para o dito coração frágil que soçobrou horas
passadas.
Foi a enterrar meses antes de
completar os 50. Passam hoje 48 anos. Uma vida. Parece que foi ontem.
Porque às vezes as palavras sobram, deixo um abraço amigo.
ResponderEliminarApesar de conhecer a história fico sempre com o coração num nó.
ResponderEliminarNão sabia da chegada do teu irmão, ainda bem que estavam todos juntos.
Ficaram-vos os seus lindos discos de vinil...
~~~ Terno abraço, muito comovido ~~~
Lembro-me muito bem desse tremor de terra, aterrador.
ResponderEliminarDeixo um abraço para este dia especial.
Bjs
Bjs tantos
ResponderEliminarLamento a lembrança da data, Graça. :(
ResponderEliminarQuanto ao tremor de terra de 28 de Fevº 69, às 3:40, lembro-me como se fosse hoje !
Tinha nesse dia mudado de casa, para uma moradia com persianas de alumínio e próxima da linha de comboio. No dia seguinte, 1/3 começaria a trabalhar numa nova empresa.
Àquela hora, a persiana fazia um barulho enorme e a minha "sorte" foi pensar que seria um comboio a passar, só que era comprido que nunca mais passava. Tomei então consciência do que se tratava e a minha preocupação virou-se para os meus filhos. Fui buscá-los e ficamos com eles ao colo, até que entretanto, passou. Uuufaaa ! Começaram-se então a ouvir as pessoas nas ruas e a falar das janelas para a rua ! :((( ... Noite que, por esses motivos, jamais esquecerei os pormenores !
Tão jovem...
ResponderEliminarvou só deixar um beijinho (aqueles de quem gostamos não deviam morrer nunca)
Um beijo meu!
ResponderEliminarLídia
De facto a amiga Elvira tem razão, Graça. Há momentos em que as palavras sobram!! Um abraço sentido e comovido.
ResponderEliminarUm beijinho, também.
Mas que a marcou tanto que ainda hoje não o esquece, Graça.
ResponderEliminarBeijinhos, bfds
Momentos em que sobram emoções...
ResponderEliminarEnvio minhas orações e abraço.
Célia.
Partiu tão novo. O meu abraço.
ResponderEliminarO que muito dói
ResponderEliminarnão tem tempo
embora tenha data
São momentos necessariamente traumáticos. Sei-o por experiência própria.
ResponderEliminarBj.
Uma vez mais a minha gratidão pelas vossas palavras, pela vossa sensibilidade, pela vossa amizade.
ResponderEliminarBeijos especiais.
O meu pai também faleceu muito novo. Tinha apenas 48 anos.
ResponderEliminarUm grande abraço, Graça, com muita amizade.