(daqui) |
Timidamente, a Primavera lá chegou hoje, a meio da manhã.
O Sol, no seu movimento aparente, passou no equador celeste. Deu-se o equinócio, que à letra, significa «noite igual» ao dia, ou seja, as noites têm a mesma duração dos dias.
Para celebrar o equinócio que aconteceu hoje e vem introduzir a Primavera deste ano, encontrei um poema de David Mourão-Ferreira que tem precisamente esse nome - Equinócio.
Chega-se a este
ponto em que se fica à espera
Em que apetece um
ombro o pano de um teatro
um passeio de
noite a sós de bicicleta
o riso que
ninguém reteve num retrato
Folheia-se num
bar o horário da Morte
Encomenda-se um
gin enquanto ela não chega
Loucura foi não
ter incendiado o bosque
Já não sei em que
mês se deu aquela cena
Chega-se a este
ponto Arrepiar caminho
Soletrar no
passado a imagem do futuro
Abrir uma janela
Acender o cachimbo
para deixar no
mundo uma herança de fumo
Rola mais um
trovão Chega-se a este ponto
em que apetece um
ombro e nos pedem um sabre
Em que a rota do
Sol é a roda do sono
Chega-se a este
ponto em que a gente não sabe
(1966)
Chegou com ar carrancudo, mas ao início da tarde lá se abriu num rasgado sorriso
ResponderEliminarMarço, marçagão... de manhã inverno, de tarde verão...
EliminarAqui chegou com sol e tudo.
ResponderEliminarMas com uma humidade terrível!
Beijinhos
Outras latitudes, Pedro...
EliminarSó falta mesmo o bom tempo...a primavera chegou muito tímida!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Como as crianças, vai fortalecendo com o passar do tempo...
EliminarPor aqui veio veio muito instável. Ontem com sol, esta manhã choveu, agora voltou o sol.
ResponderEliminarParece que o S. Pedro está um pouco baralhado.
Um abraço
Por aqui aconteceu exatamente o mesmo; com frio e vento. Mas ainda estamos em Março...
EliminarBeijinho.
A minha época preferida do ano...
ResponderEliminarbeijinho Graça
E a minha... (apesar das minhas astenias próprias da época...
EliminarLentamente ela vai chegando, muito envergonhada esta estação primaveril, que me obrigou a levar chapéu de chuva, mas também poderia ser apenas o Inverno a despedir-se, já que no fim-de-semana a marota da Primavera, não o deixou. Ela estava desejosa de nos fazer companhia e todos agradecemos a sua chegada:)
ResponderEliminarMuito boa tarde!
Obrigada pela sua visita, Mister Vertigo! Oxalá não precise muito mais de usar o chapéu de chuva. Apesar de vir lá Abril, das águas mil...
EliminarTempo de flores, de bichos, de sol e de chuva também.
ResponderEliminarDe flores, de passaritos esvoaçando e de dias mais brilhantes - muito bom!
Eliminarpois é! e quando damos por conta lá estamos a dar banho à biqueira dos sapatos!
ResponderEliminar... e chega-se a um ponto que a gente não sabe.
beijo
... e chega-se a um ponto que a gente não sabe...
EliminarAí é que ela bate...
Amiga Graça, este teu post é dois em um :)
ResponderEliminarPrimavera e Poesia!
Um beijinho
O Toque do coração
É o nosso tempo, amiga ariana...
EliminarBeijinhos
Chega-se a um ponto que nada sabemos...
ResponderEliminarAdoro a Primavera que por aqui se mostrou mais simpática depois do almoço e também gostei do poema. Beijinhos
Obrigada, papoila, por teres gostado.
EliminarBeijinho.
Uma primavera um pouco disfarçada, aqui mais bonita com este poema que não conhecia!
ResponderEliminarAs noticias dão muita chuva para os nossos lados amanhã, espera-me mais uma viagem para Coimbra o que não me agrada conduzir com chuva, mas infelizmente é assim desde o dia 8 de Fevereiro.
Beijinho com muito carinho.
Boas viagens, minha querida!! Infelizmente assim tem de ser.
EliminarBeijinhos amigos.