Imagine-se que, depois de muitas
datas (des)marcadas, uns amigos nos convidam (quase nos convocam) para irmos
passar o dia a Lisboa. «Esperem-nos na esplanada do café tal» e juntam fotografia
da dita esplanada, «e deixem o carro no parque tal que é o mais barato para lá
ficar o dia todo.»
Aí vamos nós com roupas práticas
e sapatos de andar para palmilhar Lisboa e mais as suas maravilhas.
Lá chegados e cumpridas as
indicações, iniciamos a nossa caminhada até, inesperadamente, nos encontrarmos
com um outro casal desconhecido de nós e tão às cegas quanto nós. Aí, em plena
rua movimentada, é-nos entregue um envelope com um «convite especial» que dizia
assim:
«Hoje aconteceu um
fenómeno natural, denominado pela física de eclipse solar.
Mas algo mais está
prestes a acontecer.
Aqui, agora, vai
começar o que já era de prever.
Do tamanho do mundo
um grande abraço. N.M.»
Entendi logo, até porque vi que
estávamos à porta da Conservatória do Registo Civil, porém a jovem com quem nos
tínhamos acabado de encontrar (que afinal era a irmã da nossa amiga) continuava
muito confusa. Até porque devia ter apanhado um avião para Bruxelas e… não
apanhou.
Foi um casamento por demais
informal: os nossos amigos – os noivos – a irmã (que devia ter embarcado para
Bruxelas) e o cunhado da noiva, nós dois
e uma jovem conservadora que, não sei se por influências astronómicas –
estávamos na Sala Luar – à sua maneira entrou na informalidade do ato que nem
teve alianças!
Os enigmas continuaram o dia fora.
«Agora vamos para Chão de Loureiro!» Pés a caminho, Lisboa abaixo, com aquela meteorologia
tépida que fazia jus ao primeiro dia de Primavera.
Encontro com os pais dos noivos também eles convidados para um daqueles almoços habituais. Mas porquê «estes senhores» – nós! – num almoço daqueles? Explicações dos noivos e recriação dramatizada do casamento, agora com alianças… Beijos e abraços, gargalhadas, grande emoção por parte da mãe do noivo (ai as mães de homens!... umas mimalhas…)
Despedida dos pais e novo enigma:
levados pela noiva colina abaixo, colina acima até um local por de mais aprazível
sobranceiro ao rio. Aí chegavam outros amigos que se perguntavam o que estavam
ali a fazer. E uma vez mais: «quem são estes senhores?» (que ninguém conhecia –
nós!)
Receção ao fim da tarde em Alfama
para amigos especiais e respectiva narrativa do sucedido. Fim de tarde quase
hollywoodesco com o Tejo por cenário.
Jantar sem surpresas para os
amigos que quiseram juntar-se – e quase todos quiseram! – no Bairro Alto.
Chegada a Leiria às três da
manhã. Que dia!!
eheheh... Casamentos assim, sim ! Valeu a pena ! ... Surpresa atrás de surpresa, "suspence", traje de passeio e muita imaginação pelo meio !
ResponderEliminarCertamente um casamento que ficará na memória ! :)))
.
Oh! Que dia maravilhoso!!! E que surpresa!
ResponderEliminar: )
Tudo está bem quando termina bem!
ResponderEliminarUm casamento informal cheio de surpresas, muita passeata a pé, e para acabar em beleza o jantar no castiço Bairro Alto.
Estes casórios, não anunciados e sem formalidades enjoativas são mesmo a minha praia!
Por vezes sabe muito bem quando as tradições já não são o que eram...
:))
~ Original e bem adaptado aos dias que correm.
ResponderEliminar~ Muito interessante terem privilegiado a amizade e boa disposição.
~ Andam tantos à espera disto e daquilo para a tal cerimónia solene...
~~~~~~~~Bj~~~~~~~~~~~~~~~
ResponderEliminarFiquei maravilhada com o que nos narraste!
Ok, sou a romântica do costume... mas fiquei maravilhada sobretudo porque adoro enigmas! Que mentes fantásticas estes noivos têm!
(pena o dia não ter dado uma ajudinha para encher de sol a linda Lisboa)
Beijinhos com sorrisos
(^^)
O que importa é o sentimento, não o cerimonial ou os papéis.
ResponderEliminarFoi isso que disse ao padre que me casou.
Beijinhos
Gostei de ler,mas também gostaria de estar nesse passeio e nestas surpresas sempre a renovarem-se.
ResponderEliminarLindas fotos.
Uma feliz aventura à descoberta do tesouro. Dava uma bela fita ...
ResponderEliminarGostei desse casamento e do modo como o descreveste. O teu humor é sempre muito subtil... Gostei das imagens, também.
ResponderEliminarUm beijo, Graça
Já nada é como antigamente. Mas a inovação é uma coisa maravilhosa. Pelos vistos valeu a pena, e vão viver felizes para sempre!
ResponderEliminarEspero que todos estivessem vestidos de "casual wear". É interessante a maneira de casar, hoje. É um assinar de papeis e já está. Pelo menos, os pais ou os noivos não gastam dinheiro em cerimónias, onde a separação já é previsível, muitas vezes. A maneira descrita é espetacular.
ResponderEliminarE não é tão bom passar assim uns dias em que se sai da rotina? Deve ter sido bem divertido, caminhando de surpresa em surpresa... :)
ResponderEliminarBeijocas
Precisa de mais o quê? A magia que envolveu o momento romântico, na certa acompanhará o casal - protagonistas da felicidade criativa! Sejam felizes!
ResponderEliminarAbraço.
Em Abril
ResponderEliminarque chovam cravos
Deve ter sido um casamento original e decerto muito feliz, pois terá sido assim que os noivos o desejavam.
ResponderEliminarUm dia o meu compadre telefona-me a dizer que no próximo sábado nos vem buscar às 8 da manhã para irmos para a Sertã, onde ele tem uma casa de férias, porque tinha feito obras na casa, tinham comprado o terreno pegado à casa e queriam que nós conhecêssemos aquilo. E que contássemos passar lá o fim de semana.
E não é que chegámos lá encontramos a casa cheia de gente, e vem o fotografo ter comigo com a minha comadre, para me levarem ao quarto que a minha afilhada estava à minha espera para a ajudar e tirar as fotos com ela, E qual não é o meu espanto quando entro no quarto e vejo a minha afilhada sentada na cama, vestida de noiva. Agora imagine quando ela me disse que íamos ser os padrinhos de casamento dela, pois uma vez que a levámos à pia baptismal queria que fossemos os padrinhos de casamento. E nós vestidinhos de forma o mais prático possível para 2 dias numa casa quase de campo. Ia-me dando um treco.
E fomos mesmo os padrinhos. Nunca me senti tão pouco à vontade num casamento. Até a prenda só lhes dei quando voltaram da viagem de núpcias.
Um abraço
Que giro, Graça!
ResponderEliminarExcitante, romântico, divertido e sobretudo confortável, que isso de estar com roupa casual e sapatos sem saltos...para mim já é um luxo :)))
Felicidades para os noivos
Adorei tudo e até gostava de saber onde é esse terraço...
bjs
Que original...
ResponderEliminarAchei original e, portanto, inesquecível! E as fotinhos são belíssimas!
ResponderEliminarBjs
Olá Graça,
ResponderEliminarSimplesmente uma maravilha!
bj amg
Que maravilha! bem ao meu estilo, aliás fiz algo parecido no meu casamento, mas há 30 anos...adorei a descrição.
ResponderEliminarBjs
Sabe bem ver um momento tão importante ser eternizado com palavras amigas e sinceras. Porque estive lá, posso comprovar todas as delícias desse dia e que dia!!!
ResponderEliminarum abraço amigo,
M.
:)))))
EliminarBeijinhos especiais.
Olá Graça!!!
ResponderEliminarEu sou a outra Graça enganada...
Gostei muito da sua descrição dos acontecimentos daquele dia. Está muito divertido.
Também gostei muito de vos conhecer.
Um grande abraço ao Sidónio e um beijo amigo para si.
Até breve.
beijos
Obrigada pelas suas simpáticas palavras, Graça.
EliminarGostei de vos conhecer e a toda a gente. Foram, realmente, momentos muito especiais e muito bem montados
Até um dia destes. Beijinhos
Olá madrinha,
ResponderEliminarEu fui surpreendida para aparecer neste dia.
À medida que o tempo ia passando e sem saber o que se estava a passar, e com a chegada da família, vi que realmente era uma coisa importante.
Depois, quando chegou a certo momento, o pedido da mão dos noivos aos pais e aos sogros, e a entrega das alianças, apercebi-me do que se tratava e fiquei muito feliz e ainda mais feliz por ver o meu filho feliz...
Achei muito engraçada a maneira como esta surpresa foi montada.
um beijinho,
a mãe mimalha
Foi tudo muito engraçado, Gabriela! E deixe-me que lhe diga que o seu querido filho é um «miúdo» (tem a mesma idade da minha filha mais velha...) muito, muito especial.
EliminarBeijinhos desta mãe que também é mimalha...