Li, há anos, “A Sombra do Vento”
de Carlos Ruiz Zafón, romance saído em 2001, com aura de maravilhoso passado na
maravilhosa cidade de Barcelona. Gostei tanto que o li “de enfiada”…
Mais tarde, em 2008, quando
apareceu “O Jogo do Anjo” do mesmo autor, apressei-me a comprá-lo mas, apesar de
seguir na mesma linha do anterior, não gostei tanto. Lembro-me que fiquei um
tanto desiludida com o final. Tanto assim que, quando foi editada a novela “Marina”,
em 2010, já não corri a comprar. A minha filha mais velha emprestou-mo com o
aviso de que não era nada de especial. Ficou por aí e, no mês passado, quando
fomos ao Algarve, peguei nele e meti-o na mala dos livros, certinha de que,
levando a neta connosco, não teria tempo para ler uma linha. Engano meu! Primeiro
porque me esqueci do livro sobre a biografia do “poeta maldito” Luiz Pacheco
que estava a acabar de ler e depois porque a Elisa se entreteve muito com os
filmes da Barbie que levou, pus-me finalmente a ler o livro “infeliz”. E
chamo-lhe infeliz também porque, em nota de autor, o escritor diz foi escrito
em 1997, antes de ser conhecido pelo sucesso de “A Sombra do Vento”, foi
editado em Espanha em 1999 “em edições péssimas”, “provocando-lhe muitos
dissabores”. Diz também que é um dos seus favoritos.
De novo passado em Barcelona,
cidade que adoro, no final da década de 70 do século passado, o livro começa logo
envolto em neblinas de mistério que nos enredam numa narrativa romântica, de
cenário também romântico, que se enleia noutra e noutra história, noutra e
noutra aventura maravilhosa que nos deixam completamente presos. Sei que entre
os passeios e as horas passadas na piscina interior com a miúda, li as 260
páginas do livro, dando comigo a ler mais umas páginas enquanto a sopa aquecia
ou o bife se fritava…
Não se trata propriamente de uma
obra literária, até porque pertence a uma fase jovem da vida de escritor em que
não tem ainda o domínio preciso na utilização da língua – por exemplo, no
introdução da história usa e abusa das metáforas e das imagens como que a
tentar impressionar o leitor. Mas para abstrair das agruras desta vida e das
maldades deste governo, é uma leitura bastante atraente.
Também li e gostei do primeiro livro, do segundo já não.
ResponderEliminarSou um leigo nesta matéria mas penso que escritores como Dan Brown, ou o nosso José Rodrigues dos Santos, descobriram o filão. Sabem do que a "rapaziada" gosta, coisa leve, e... facturam.
Tal como tu, adorei "A Sombra e o Vento"! Igualmente achei "O Jogo do Anjo" uma grande salganhada, não gostei. E este, que ainda li quando saiu, também não me seduziu. Daí ter pensado que tão depressa não compro outro livro do Zafón... :)
ResponderEliminarCom tanto bom livro para ler, não vale muito a pena perder tempo com livros que "não são carne nem peixe"!
Beijocas!
rrrsss do que eu gosto mais, realmente, neste autor é de ter sempre a minha amada Barcelona como cenário, rrrss
ResponderEliminarBons sonhos, GRacinha
Querida Graça, também eu me encantei com A sombra do vento e achei que O jogo do anjo, não está nem de perto, nem de longe, consonante com A sombra! Quanto ao Marina, gostei, mas não há amor como o "primeiro", apesar de como dizes e bem, este ser anterior.
ResponderEliminarBeijinhos. :)
Não conheço o autor,por isso não posso pronunciar-me.Ando a reler
ResponderEliminarAquilino no livro Quando os Lobos Uivam, por um simples acerto com colegas.Estou numa fase letárgica de modo que vai por X páginas cada dia.Gosto imenso da escrita de Aquilino em toda a utilização de uma língua pura,bem portuguesa,riquíssima e de fino humor.Só que, agora ao reler,sabe-me a empadão reaquecido,mas o Autor não tem culpa disso...
Obrigada pelas tuas desmerecidas referências. BOM FIM DE SEMANA
Kinkas
"A Sombra do Vento" foi prenda de anos...há já alguns anos de uma querida ex-aluna e querida colega professora na mesma escola que eu...
ResponderEliminarTambém o li de enfiada!
Fiquei entusiasmada com o que dizes deste que por acaso vi num dos escaparates da Feira do Livro!
Abraço
Graça querida
ResponderEliminarLi já á anos "A Sombra do Vento" e gostei, mas não li conheço mais nenhum.
Beijinho e uma flor
Parece que estamos todos de acordo...
ResponderEliminarTambém me parece que é outro José Rodrigues dos Santos - mas esses é que vendem e ganham dinheiro. Os outros, os verdadeiros escritores, não lhes chegam "aos calcanhares" em termos de vendas.
Agora Aquilino... é outra coisa! É arte! É domínio da língua, é encantamento. Nada que se compare.
Bom fim de semana para todos e boas leituras.
Gosto Muito de Zafón, já li vários livros dele, mas não Marina.
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