O Governo Regional da Madeira veio a público anunciar que tem uma dívida de mais de dois mil milhões de euros, se bem que os partidos da oposição falem sete mil milhões. Sejam dois, três, sete mil milhões trata-se de um buraco financeiro este sim, colossal. O seu incrivelmente desajustado governador, porém, justifica-se dizendo que “só tinha duas hipóteses: ou jogava a toalha ao chão e desistia, ou enfrentava-os e aumentava a dívida” – que foi o que fez. Nunca um ditador daqueles “democraticamente” eleito, que se recusa a governar sem a respectiva maioria absoluta, iria “jogar a toalha ao chão” já que se julga – e com muitos motivos para isso – como Nero, um governador escolhido e insuflado de divindade pelos próprios deuses.
Há trinta e tal anos no poder (Salazar ainda lhe leva a melhor!) usa habitualmente um discurso de autêntico carroceiro (sem ofensa aos ditos, que há-de haver muitos bem educados) destratando tudo e todos, sejam os governantes nacionais, sejam os presidentes da República, inclusivamente o actual – que até é do seu partido. Só recebe oficialmente quem quer lá no paraíso (fiscal?) dele, manda e desmanda, está-se nas reais tintas para os procedimentos democráticos e ... ninguém lhe toca! Os “politiqueiros” deste país e do seu próprio partido acobardam-se perante os seus desmandos linguísticos e comportamentais e os “comentadeiros” jornalísticos e telejornalísticos – a começar pelo seu correligionário que mais papaias manda na televisão, refiro-me ao cireneu Marcelo que usa de toda a complacência para ele - dão-lhe toda a cobertura e todo o tempo de antena. E, o pior de tudo, é aqueles madeirenses que não serão todos ignorantes, penso eu, continuam a apoiá-lo, a aplaudi-lo e a vota nele!
Agora, para cúmulo de todos os cúmulos, não só exige que sejamos todos nós a pagar-lhe as descomunais dívidas, como quer, com a maior das naturalidades e com toda a desfaçatez, que o PM lhe vá encerrar a campanha eleitoral! O que irá acontecer com toda a certeza!
Ora vem tudo isto – que não é novidade para ninguém – porque me pus a pensar o que é que este povo e estes politiqueiros todos e, claro está, os comentadeiros – e não me refiro apenas aos madeirenses – já lhe teriam feito se, em vez de militar no PSD, este senhor burgesso fosse militante do PS?
Votam nele porque ele tem-nos dominados. Têm um medo pavoroso do dito, há uma bufaria no arquipélago, igual aos melhores tempos da ditadura.
ResponderEliminarA Madeira actual, de facto não tem nada a ver com a ilha que eu conheci em 1965, e em 1971, nova visita em 2000, é o dia e a noite.
Fica muita obra, mas todos sabemos como se faz neste país, uma adjudicação é igual a uns milhares em luvas, e outros benefícios que entram pela porta do cavalo.
A obra é à base de betão e alcatrão e os pobres que fiquem lá encafuados nos planaltos e que não desçam à cidade para não estragarem o bilhete postal!
ResponderEliminarJá viste a derrapagem nos gastos das comemorações dos 500 anos da cidade do Funchal?
Fizesse isto o seu homólogo dos Açores, Carlos César!
Caía o Carmo e a Trindade!
É um caso patológico!
Abraço
Finalmente consegui ultrapassar os problemas que tinha e já posso comentar no seu blog.
ResponderEliminarO livro do Ribeiro Cardoso desmascara essa figurinha patética da nossa democracia a que todos têm prestado vassalagem.
Pedro Passos Coelho, claro que irá pagar a factura. resta saber como... cortando a outra metade do subsídio de Natal , ou o subsídio de refeição aos funcionários públicos?
Pois o que é que já lhes tinham feito!!! Boa pergunta Carol, acho que até o mandavam capar.
ResponderEliminarBeijinho Carol e até amanhã que já escrevi asneira.
Eu sou a favor da independência da Madeira, desde a primeira vez que o Sr Alberto João foi eleito. Ele insulta todos. Abre a boca e "vomita" o que lhe apetece, leva os subsídios que pretende e agora ainda vem dizer que há derrapagem nas contas?
ResponderEliminarClaro que o Passos Coelho vai ao encerramento da campanha. Não o viram no Pontal? Cópia fiel do Jardim nas festas da Madeira. O nosso Primeiro precisava que alguma alma caridosa lhe explicasse a diferença entre o que é ser "um senhor porreiro" e "um gajo porreiro".
Se fosse num país a sério, já estaria preso. Ainda me lembro quando fui a primeira vez à Madeira e me chocou ver um outdoor com a fotografia dele à entrada de cada localidade!
ResponderEliminarBeijocas!
Eu continuo espantada com o facto de este senhor se manter no poder. Tendo em conta as asneiradas que diz, as trapalhadas em que já se meteu... este é talvez o exemplo mais flagrante do porque de as pessoas não confiarem nos políticos (embora, paradoxalmente, ele continue a receber votos...)...
ResponderEliminarOra ainda bem! Todos ostamos bestante deste senhor!
ResponderEliminarObrigada, Carlos, por ter vindo até cá.